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Agronegócio:

Exportações do setor passam de R$ 120 bilhões em 2021

O saldo passou de US$ 105 bilhões, valor quase 20% maior do que o registrado em 2020.

Dizer que o agronegócio sustenta a economia do País poderia até ser força de expressão de quem vive o setor de perto. Mas os números estão
sempre comprovando essa condição, tanto dentro quanto fora das fronteiras brasileiras.

Se por um lado o agro representa mais de 26% do
Produto Interno Bruto (PIB) nacional, segundo o Centro de Estudos Avançados

em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, e a Confederação
da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), por outro foi também o único
setor superavitário na balança comercial em 2021.

O saldo passou de US$
105 bilhões, valor quase 20% maior do que o registrado em 2020.

Esses dados sobre a balança comercial do agro acabam de ser divulgados
pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), órgão vinculado ao
Ministério da Economia.

De acordo com a instituição, as exportações
agropecuárias passaram de US$ 120 bilhões, um novo recorde nacional,
enquanto as importações somaram pouco mais de US$ 15 bilhões.

O estudo
mostra ainda que os demais setores da economia brasileira fecharam 2021
com déficit de quase US$ 44 bilhões.

Entre os produtos que mais se
destacaram, sobretudo quanto à valorização, estão os do complexo da soja
(grãos, farelo e óleo), as carnes bovina e de frango e açúcar.

Segundo o relatório do Ipea, 2021 foi um ano de recuperação de preços,
considerando que todas as 15 commodities acompanhadas apresentaram alta
nas cotações médias.

A exemplo dos valores do óleo de soja, que
avançaram 78%, e dos preços de couros (e produtos derivados), com
aumento de 63%. Sem dúvida, a elevação do dólar frente ao real e a
demanda internacional contribuíram para tais resultados, mas não
faltaram desafios nessa trajetória.

O ano passado marcou a agropecuária
brasileira também por excesso e falta de chuvas, geadas, barreiras
sanitárias e comerciais, problemas de logística, entre outros fatores.

Para este ano, a perspectiva é de que o desempenho da balança comercial
do agro seja ainda melhor, levando-se em conta as boas estimativas de
safra e a maior agregação de valor aos produtos nacionais.

Além da
contribuição das entidades que representam as cadeias produtivas
agropecuárias, pois realizam um trabalho permanente junto aos
compradores internacionais, seja para manutenção de mercados, seja para
a conquista de novos consumidores.

É assim que o Brasil agro tem
garantido sua entrada no território de diversas nações e ocupado mais
espaço no mapa do comércio internacional com grãos, proteína animal,
algodão, madeira e celulose, açúcar, frutas, sucos e por aí vai.

O agro representa mais de 26% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional,
segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea)
(Crédito: Claudio Neves/Portos do Paraná)
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  • Gildo Ribeiro

    Gildo Ribeiro é editor do Grupo 7 de Comunicação, liderado pelo Portal 7 Minutos, uma plataforma de notícias online.

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