Washington convidou Israel para participar da conferência patrocinada pelo Secretário de Estado Steven Mnuchin, pela paz no Oriente Médio e planeja a ser realizada em 25 e 26 de junho, em Manama, capital do Bahrein, de acordo com um relatório Canal 13 da televisão israelense.

O canal cita uma alta fonte de Jerusalém, indicando que o convite está a caminho pelos canais diplomáticos. Israel deve aceitar o convite, acrescentou o funcionário.

O ministro das Finanças, Moshe Kahlon, pretende participar da “oficina” econômica no Bahrein, disse seu porta-voz; embora ele ainda não tenha recebido o convite formal, que chegará em questão de dias.

Se você permanecer em sua posição atual durante a conferência, certamente desejará participar.

A Casa Branca revelará no Bahrein a primeira fase de seu tão aguardado plano de paz, que se concentrará nos enormes benefícios econômicos que podem ser alcançados se o conflito israelo-palestino for resolvido.

O plano inclui grandes investimentos e obras de infraestrutura faraônica, que serão financiadas pelos ricos países árabes do Golfo Pérsico, nos territórios controlados pelos palestinos.

A Casa Branca decidiu, para facilitar o processo de paz, dividir a parte econômica da política do plano; portanto, neste estágio, as questões centrais do conflito, como as fronteiras finais, o status de Jerusalém, o destino dos refugiados e os requisitos de segurança de Israel, não serão discutidos.

Os palestinos rejeitaram completamente o plano de paz do presidente dos EUA, Donald Trump, chamado de “Acordo do Século”, embora ninguém tenha visto ainda.

O primeiro-ministro palestino, Mohammad Shtayyeh, criticou instantaneamente a conferência do Bahrein.

“Qualquer solução para o conflito na Palestina tem que ser política e baseada no fim da ocupação”, disse ele em uma reunião do gabinete da Autoridade Palestina. “A atual crise financeira é o resultado da guerra financeira travada contra nós e não vamos sucumbir à chantagem e à extorsão, e não negociaremos nossos direitos por dinheiro.”

Jason Greenblatt, enviado especial de Trump para o Oriente Médio, disse: “É difícil entender por que a Autoridade Palestina rejeita um workshop criado para discutir uma visão com o potencial de transformar radicalmente vidas e colocar as pessoas no caminho para um futuro brilhante”. .

“A história julgará duramente a Autoridade Palestina por desistir de todas as oportunidades que podem dar aos palestinos algo tão diferente e algo muito positivo, comparado ao que eles têm hoje”, disse Greenblatt.

Como outro bofetão diante dos esforços dos EUA, Bashar Masri, um importante industrial palestino com grandes empresas na Cisjordânia (Judéia e Samaria), rejeitou o convite para a conferência.

“Não participarei desta conferência e nenhum representante de nossas empresas participará”, disse ele em sua conta no Facebook. “Reafirmamos nossa posição clara: não vamos lidar com nenhum evento que esteja fora do consenso nacional palestino”.

Por
Abraham Jacob Serruya
Mestre em imunologia pela UNB. Biomédico formado pela Universidade Federal do Pará. Professor universitário das disciplinas de Hematologia e Imunologia Clínica. Patologista clinico, atuou na Faculdade União de Goyazes (FUG) como coordenador acadêmico.
Atualmente mora em Jerusalém – Israel e é colunista do Portal 7Minutos.

Link original da matéria:
http://www.aurora-israel.co.il/eeuu-invita-a-israel-a-la-conferencia-de-bahrein-sobre-los-palestinos