Agro7 : Pecuária

Fechou com 3,34 milhões de suínos

Com auxílio do Fesa no controle sanitário, o rebanho em MT cresce com sucesso

No ano passado o estado fechou com 3,34 milhões de suínos vivos, 27% a mais que dois anos antes, quando a população suína era de 2,63 milhões de animais.

O número de suínos em Mato Grosso oscilou nos últimos anos. Ao comparar as estatísticas do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea), houve aumento em 2022 em relação a 2020.

No ano passado o estado fechou com 3,34 milhões de suínos vivos, 27% a mais que dois anos antes, quando a população suína era de 2,63 milhões de animais.

Já quando a comparação é feita com 2021, no ano passado houve diminuição do rebanho. Há dois anos, Mato Grosso tinha 3,4 milhões de suínos, 1,8% a mais que em 2022.

É quase uma lateralização dos números totais, só que com concentração maior de queda no volume de matrizes.

De acordo com o diretor executivo da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat),

Custódio Rodrigues, há explicação.

Nos últimos anos tanto o rebanho total, quanto o rebanho de matrizes registrou queda por conta do período de crise enfrentado pela atividade.

Em 2020 o rebanho de matrizes era de 144, 98 mil, e registrou queda nos próximos dois anos, com 142,13 mil em 2021, e 131,87 mil em 2022.

A Acrismat estima que em 2023 esse número tenha reduzido para aproximadamente 125 mil.

Apesar da crise que afetou o setor, causada pelo aumento expressivo do preço da ração e a estabilização do consumo, que fizeram diminuir a rentabilidade do criador, algumas políticas públicas têm ajudado na manutenção da atividade.

A suinocultura mato-grossense, não diferente da brasileira e da mundial, nessa situação da pandemia, passou por uma crise extremamente forte e aí reflete diretamente no fator lucro do suinocultor.

O estado tomou algumas atitudes acionadas pelo setor. Uma delas, e muito eficiente, foi o PRODER, o Programa de Desenvolvimento Rural,

aberto a todas as cadeias, mas no caso da suinocultura nós conseguimos um abate de 50% no ICMS de animais a serem retirados do estado.

Se não houvesse uma intervenção pública nessa condição, iria piorar ainda mais, explica o diretor secretário da Acrismat, Itamar Canossa.

Em relação às aves, a relevância do estado tem sido destaque. Mato Grosso tem 285 granjas de frango de corte, 36 de postura e 16 de reprodução. São cerca de 68 milhões de aves, sete frigoríficos e a oitava posição no ranking nacional de exportações de carne de frango, o que corresponde a cerca de 3% da participação nacional. Além de sua contribuição para a alimentação global, a avicultura também movimenta o mercado de trabalho, gerando empregos no campo e na cidade.

Mato Grosso tem aumentado a sua produção de aves porque é uma indústria muito rentável e aproveitando a produção de milho que é a alimentação dessas aves.

A gente tá percebendo isso em algumas regiões do estado, especialmente as de grande produção agrícola como Lucas do Rio Verde, Campo Verde e também municípios próximos, como Nova Marilândia.

O que acontece é isso, a visibilidade de que é uma agregação de valores muito importante, a industrialização dessas aves e a expansão do mercado mundial para isso.

Essa estrutura de aves é uma tradição no Sul do país, especialmente em Santa Catarina, e foi responsável por dinamizar muito a economia daquela região e

Mato Grosso agora entra nisso, explica o superintendente do Ministério da Agricultura (MAPA), Maurício Munhoz.

A questão sanitária entra como um dos principais fatores que dão suporte ao crescimento e segurança dessas atividades.

Tanto a suinocultura, como a avicultura seguem padrões sanitários rígidos, que protegem os animais de doenças graves e epidemias.

Somos o único estado em nível mundial a ter uma apólice de seguro avícola e sem nenhum centavo de dinheiro público.

Isso foi assinado pela Associação Mato-grossense de Avicultura (Amav) e nos dá um pouco mais de segurança e tranquilidade para investir cada dia mais em biossegurança nas granjas,

onde trocamos todas as telas, aumentamos o número de arcos de desinfecção, intercalamos os horários dos colaboradores, proibimos todas e quaisquer visitas e

damos suporte em materiais ao órgão de defesa nas suas campanhas voltadas à avicultura do estado, contextualiza o presidente da Amav, Lindomar Rodrigues.

Além dos cuidados por parte dos criadores, ainda há o controle sanitário feito pelo Indea. Uma das medidas que garante essa segurança sanitária é comunicar o número de animais à entidade.

Em novembro, todos os criadores de bovinos, bubalinos, ovinos, aves, suínos, equídeos, peixes e abelhas devem informar quantos animais possuem em suas propriedades.

Essa é a segunda Campanha de Atualização de Estoques de Rebanhos.

O prazo de comunicação termina em 30 de novembro e quem descumprir poderá pagar multa de 29 UPFs (aproximadamente R$ 6 mil).

No caso do rebanho bovino o procedimento substitui a vacinação contra a febre aftosa, que não é mais necessária a partir deste ano, após 40 anos de imunização.

Pelo lado do produtor, do pecuarista, quando você tem um órgão que faz um controle eficiente,

você sabe que dificilmente a probabilidade é mínima de incidir alguma doença, algum problema sanitário.

Com isso o produtor trabalha de uma forma mais tranquila, sabendo que ele vai produzir, vai criar o

animal, seja o bezerro, o suíno ou a ave e ele vai poder exportar. Essa é a função principal de ter um controle sanitário eficiente, conclui Canossa.

Desde o dia 09 de novembro a emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA), exceto para abate, só pode ser emitida caso a comunicação tenha sido feita.

Para comunicar, o criador deve ir até uma unidade do Indea ou fazer a declaração de maneira eletrônica pelo Módulo do Produtor.

Por FESA MT

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  • Gildo Ribeiro

    Gildo Ribeiro é editor do Grupo 7 de Comunicação, liderado pelo Portal 7 Minutos, uma plataforma de notícias online.

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