Alternativa da agricultura familiar
Sistemas Agroflorestais mecanizados proporcionam nova dinâmica para agricultores no DF
A mecanizada concilia a produção rural e o plantio de espécies nativas do Cerrado com o uso de tecnologias inovadoras

Os Sistemas Agroflorestais (SAFs) são uma boa alternativa para a agricultura familiar, promovendo o cultivo de espécies com o objetivo de obter maior oferta de produtos, garantir mais segurança alimentar e otimizar o espaço rural, permitindo uma produção sustentável sem o uso de agrotóxicos.
E no Distrito Federal, com apoio do projeto CITinova, a Secretaria de Meio Ambiente do Distrito Federal tem feito um forte investimento em SAFs mecanizados, aprimorando ainda mais a produção e comercialização.
Os SAFs mecanizados consistem no uso de tecnologias para apoiar as famílias que vivem da agricultura. Já são quase 40 agricultores e agricultoras que receberam máquinas para apoiar seus trabalhos.
Estes produtores rurais estão situados próximos às Bacias do Paranoá e Descoberto. Isso representa 20 hectares em propriedades que, com o manejo correto, têm seu solo mais protegido. Vale destacar que os mananciais do Paranoá e Descoberto são responsáveis por 80% do abastecimento hídrico do DF.
A agrofloresta com mecanização é uma experiência-piloto do Projeto CITinova de planejamento integrado e tecnologias sustentáveis. O propósito é garantir que esses sistemas agrícolas favoráveis ao meio ambiente contribuam para a continuidade de produção de água em qualidade e quantidade nas duas bacias hidrográficas que abastecem a maior parte da população de Brasília.
Foram plantadas em média 400 mudas por propriedade, de diferentes espécies produtivas, e todas as áreas receberam um kit de sementes com espécies nativas que foram semeadas nos SAFs. Implementos agrícolas inéditos estão sendo testados para essa atividade.
A escolha das espécies foi feita a partir de um diagnóstico ambiental das propriedades, assim como a densidade de plantio, dos consórcios desejados pelas famílias e as estratégias logísticas e operacionais de implantação. Também foram feitas entrevistas com cada família beneficiária sobre os objetivos do SAF, os anseios dos agricultores, acesso a mercado de venda, melhor local de implantação, espécies de interesse e histórico da área.
O Projeto CITinova adquiriu três implementos agrícolas para manejo de agroflorestas produtivas biodiversas: subsoladora com enxada rotativa, que prepara os canteiros para o plantio; a ceifadeira-enleiladeira, que ceifa e enleira o capim para manter o solo coberto; e o podador de altura, que facilita a elevação do operador da motosserra ou da tesoura hidráulica para fazer a poda das árvores em altura. A Secretaria de Agricultura do DF, parceira no projeto, disponibilizou equipamentos complementares, como trator e roçadeiras.
Os plantios tiveram por objetivo conciliar a restauração ambiental com a produção agrícola. Para tanto, foram consorciadas diversas espécies nativas com árvores frutíferas comerciais, intercalando canteiros de árvores (madeireiras/adubadeiras, bananas, árvores frutíferas e culturas anuais) com plantios diversos entre estas linhas de árvores, podendo ser de hortaliças (para auto-sustento e renda dos agricultores), de produção de adubação verde (capim braquiária ou mombaça) ou culturas anuais (“roça”: mandioca, feijão, milho).
As famílias beneficiadas pelo projeto também vem participando de oficinas de capacitação técnica e prática, além de mutirão para o plantio da agrofloresta, contando, inclusive, com a mentoria de alunos da Unipaz e técnicos da SEMA/CITinova, o que tem motivado produtores rurais a abraçar a causa agroflorestal. Também foi oferecido para as famílias o curso para formação de Comunidades que Sustentam a Agricultura (CSAs), com 32 horas em quatro módulos de aulas teóricas e práticas.
Comunidade que Sustenta a Agricultura O CSA é um modelo de um trabalho que une produtores de alimentos orgânicos e consumidores: por meio de uma cota fixa mensal, os co-agricultores — pessoas que apoiam a agricultura familiar — recebem uma caixa de produtos agrícolas, entre frutas, verduras, legumes e o que mais estiver combinado. O combinado segue a estação e a safra do período, respeitando os tempos da natureza e também do produtor.
Assim, no sistema CSA, a agricultura agroecológica é apoiada pelos co-agricultores, que compram diretamente do produtor, num pacto de financiamento a médio prazo que garante o sustento das famílias de produtores e a produção de alimentos com controle biológico de pragas.
O modelo tem tido sucesso no Distrito Federal. A Rede de CSA acompanhada pelo CITinova já conta com mais de 30 comunidades em uma abordagem de comercialização, mais justa entre produtores e consumidores, que fortalece a cadeia produtiva dos sistemas agroflorestais.
Projeto CITinova
O CITInova é um projeto multilateral que oferece soluções tecnológicas, metodologias e ferramentas de planejamento urbano para apoiar gestores públicos. Ele é realizado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), com apoio do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF, na sigla em inglês), implementação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e executado em parceria com a Agência Recife para Inovação e Estratégia (ARIES) e Porto Digital, Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), Programa Cidades Sustentáveis (PCS) e Secretaria do Meio Ambiente (SEMA/GDF).
Projeto CITinova
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