Bolsonaristas ganharam 51.528
Joice Hasselmann ruma para 400 mil seguidores perdidos, diz Bites
Deputada já perdeu 240 mil seguidores
A deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), ex-líder do governo no Congresso e contrária ao presidente no racha que vem afetando o PSL, perdeu cerca de 240 mil seguidores desde 5ª feira (17.out.2019) –queda de 4,7%.
Os dados são da consultoria Bites. As projeções apontam que ela pode perder 400 mil até o final da próxima semana.
Destituída da Liderança do Governo no Congresso após conflitos com a família Bolsonaro, Hasselmann perdeu 126.920 seguidores em suas contas oficiais no Twitter, Facebook, Instagram e YouTube em 24 horas.
A debandada nas redes da deputada se deu imediatamente após o distanciamento de Joice e os Bolsonaro ser escancarado.
A deputada assinou nesta semana uma lista de apoio à permanência do deputado Delegado Waldir (GO) na Liderança do PSL na Câmara, contrariando interesses do presidente, que articulou para que seu filho 03, Eduardo Bolsonaro (SP), assumisse o posto.
“Joice, como observamos, é mais afetada porque existe uma campanha específica no Twitter, em grupos do Whatapps na direção de estimular que bolsonaristas leais deixem de seguir seus perfis”, escreveu a consultoria em nota.
Segundo a Bites, a baixa de Joice só é comparável com o que aconteceu com a deputada Tábata Amaral (PDT-SP), que após se posicionar contra a orientação do partido na votação da reforma da Previdência perdeu 83.432 inscritos em suas redes sociais desde julho.
A ex-líder de Bolsonaro, contudo, não foi a única a sofrer com a cisão no partido. Outros 4 deputados considerados bivaristas – ala de apoio ao presidente da sigla, Luciano Bivar – perderam 10.597 seguidores.
São eles: Prof. Dayane Pimentel (PSL-BA), Felipe Francischini (PSL-PR), Delegado Waldir (PSL-GO) e Julian Lemos (PSL-PB).
Por outro lado, os deputados que se mantiveram ao lado de Bolsonaro foram beneficiados nas redes sociais, mas não na mesma proporção.
Um grupo de 9 congressistas ganhou 51.528 seguidores desde o início da crise.
A disputa pela hegemonia dentro do partido do presidente tem sido destaque também na mídia. Nas últimas 24 horas, o assunto é o de maior propagação nos sites de notícia e portais da mídia alternativa.
Segundo a consultoria, entre 28.296 artigos publicados nesse período em todo o Brasil sobre diversos assuntos, o post de Eduardo com a nota de três reais estampado com o rosto de Joice lidera os compartilhamentos, com 184 mil.
Pode chegar até a 261 mil.
OUTRO LADO
A deputada foi ao Twitter para tentar se defender dos ataques que tem sofrido e da perda de seguidores pelo que ela classifica de atuação da “milícia e por oportunistas”. Ela nega que tenha rompido com o presidente da República.
Eis as justificativas de Joice Hasselmann:
“Tem gente mto mal informada pela milícia e por oportunistas q espalha q eu “rompi” com Jair Bolsonaro.
Deixo claro que NÃO ROMPI COM NINGUÉM.
Não traí ninguém, pelo contrário, fui traída, mas sigo com propósito de ajudá-lo a reconstruir o Brasil, eqto ele trabalhar pelo Povo”;
“Fui voz crítica dentro do Palácio e sempre fiz questão de dizer ao presidente quando ele estava errando e fazia isso pelo bem dele.
Puxa-sacos estão no entorno aplaudindo ações que prejudicam o próprio presidente e o Brasil. Eu não faço parte disso. Sempre falei a verdade”;
“Não posso compactuar com golpes brancos, nem com o uso do Palácio para pressionar deputados e fazer a vontade de um filho mimado.
Essas ações podem levar o presidente e o Brasil a ruína.
Não tenho compromisso com o erro.
Meu compromisso é com BRASIL e com a verdade”;
“Disse e repito: sigo 100% fiel ao meu país e a meu povo e apoio o Jair Bolsonaro em TUDO o q ele fizer de bom para o Brasil.
Mas não apoiarei ações que podem prejudicá-lo, mesmo q sejam dele mesmo.
Não posso estimular o PR a se autoimplodir como mtos tem feito. Sigo ajudando”.
Link original da matéra:
https://www.poder360.com.br/congresso/joice-hasselmann-ruma-para-400-mil-seguidores-perdidos-diz-bites/
Joice foi comparada a uma nota de R$ 3 pelo filho do presidente e deputado federal, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP)[/caption]
