Causada por diferentes sorovares
Leptospirose bovina requer mais atenção em meses quentes e chuvosos
A principal via de transmissão é a urina de animais infectados, que pode contaminar a água, o solo e os alimentos
A leptospirose é uma doença infectocontagiosa de caráter zoonótico que ocorre com maior frequência em países de clima tropical e subtropical, principalmente em períodos com altos níveis pluviométricos – mais favoráveis à sobrevivência de bactérias do gênero Leptospira.
No verão, por exemplo, a intensificação das chuvas aumenta o risco de exposição e contaminação dos bovinos, resultando em prejuízos produtivos e reprodutivos no rebanho.
A doença provoca perdas econômicas à pecuária, pois influencia diretamente o potencial reprodutivo do gado.
Isso acontece porque a leptospirose está direta e indiretamente ligada a falhas reprodutivas, como infertilidade e abortamento, à queda da produção de carne e de leite, além dos custos para o tratamento dos animais,
explica o médico-veterinário Fernando Santos, Gerente Nacional de Vendas de Grandes Animais da Syntec do Brasil.
A principal via de transmissão é a urina de animais infectados, que pode contaminar a água, o solo e os alimentos, podendo ocorrer também via mucosas e lesões na pele.
O principal transmissor são os roedores infectados, que eliminam a bactéria Leptospira via urina, podendo infectar os humanos e animais domésticos.
Fernando explica que um único bovino pode urinar mais de 30 litros por dia, tendo em vista que a urina é a maior fonte de transmissão da leptospirose e que os bovinos são animais gregários, passando a maior parte do tempo juntos.
O contágio acontece de forma rápida e acentuada, assim como o surgimento dos prejuízos econômicos para o produtor.
Um animal acometido com a Leptospirose pode eliminar a bactéria por 180 dias em sua urina, o que totaliza 5.400L de urina contaminada eliminada por animal.
Por isso, um animal acometido pode facilmente contaminar os demais animais da propriedade.
A leptospirose pode se manifestar de forma aguda ou crônica. Os sintomas incluem febre, perda de apetite, depressão, icterícia (coloração amarela da pele e das mucosas), assim como os já citados, abortos e infertilidade.
Em animais jovens e adultos, ocorrem lesões nos rins que podem levar à falência desses órgãos fundamentais para a manutenção da vida.
A forma crônica pode ser assintomática e, nesse caso, é mais perigosa, pois um único animal pode ser fonte de infecção para o rebanho inteiro,
alerta o especialista.
O veterinário informa que a leptospirose em bovinos pode ser causada por diferentes sorovares (variantes) de Leptospira, sendo o sorovar Hardjo um dos mais comuns em bovinos.
o sorovar Hardjo é o mais prevalente no rebanho bovino, causando importantes prejuízos econômicos e ao bem-estar animal na propriedade.
Até pouco tempo, não tínhamos disponível no mercado veterinário brasileiro uma vacina para prevenção contra esse importante sorovar.
De acordo com Santos, para controlar e prevenir essa enfermidade, é importante a aplicação de medidas de higiene e identificação de fontes de transmissão.
Outras ações essenciais são o diagnóstico e tratamento adequado dos bovinos acometidos e sempre manter o calendário de vacinação em dia.
Assim, é possível evitar a leptospirose e proteger a saúde do rebanho e, também dos próprios criadores – por se trata de uma zoonose, finaliza.
Para auxiliar os criadores na prevenção da leptospirose bovina, a Syntec do Brasil disponibiliza a vacina Leptotec 8, que conta com os principais sorovares que acometem os bovinos, equinos e suínos, sendo a única no mercado que possui 3 sorovares de Hardjo.
A vacina possui 30 doses e possui como diferencial o adjuvante CFM, que causa menores reações vacinais e melhor resposta imunológica.
Fonte: Mariana Tabatiano
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