ONU registra queda global
ONU: preços dos alimentos entram no 10º mês seguido de queda mundial
Brasil aumenta a produção e colabora com a redução

Pelo décimo mês seguido, a Organização das Nações Unidas (ONU) registrou queda global nos preços dos alimentos em janeiro.
Nos últimos dois anos, houve a explosão do índice criado pela instituição para monitorar esse custo ao redor do mundo.
Em janeiro, o índice de preços dos alimentos da Organização para Agricultura das Nações Unidas (FAO, na sigla em inglês) fechou em 131 pontos.
O valor é o menor em 15 meses.
Em dezembro de 2019, quando a covid-19 fez suas primeiras vítimas na China, o indicador ultrapassou os 100 pontos. Essa barreira não era quebrada desde agosto de 2017.
Contudo, a grande disparada começou em novembro de 2021, com o indicador chegando a 105 pontos — a marca mais elevada desde dezembro de 2014.
Depois de quase dois anos de pandemia, com o vírus alastrado pelo mundo e as cadeias de suprimento desorganizadas pelas medidas de restrição, as tensões entre Rússia e Ucrânia pressionaram ainda mais o custo da alimentação.
Em meio à invasão russa à Ucrânia, no fim de fevereiro de 2022, o indicador foi a quase 117 pontos. Nos meses seguintes, a escalada se manteve praticamente ininterrupta até o pico registrado em março do ano passado: quase 160 pontos.
Daí em diante, o índice de preços se manteve em queda, apesar do conflito não ter cessado e da redução drástica das exportações ucranianas. O Brasil teve papel fundamental para a melhora no custo.
Produção de alimentos e o Brasil
O conflito, entre outros problemas, ameaçava os suprimentos de fertilizantes, um insumo vital para a agricultura brasileira — um dos maiores fornecedores alimentares do planeta.
A política externa adotada pelo então presidente Jair Bolsonaro, entretanto, garantiu o abastecimento do insumo.
Com isso, o país conseguiu registrar recordes de produção de grãos e ainda ampliar a exportação de proteína animal, colaborando com a segurança alimentar do planeta.
Por Artur Piva
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https://revistaoeste.com/agronegocio/onu-precos-alimentos-entram-no-10o-mes-seguido-de-queda-mundial/