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Como o Brasil está salvando o mundo de uma crise alimentar catastrófica

O Brasil é o quarto maior produtor de alimentos do mundo.

O país é totalmente autossuficiente em alimentos básicos e é o maior produtor mundial de banana, cacau, mandioca, café, milho, milho, arroz, soja e açúcar.

 

Embora

a maior parte desses produtos seja consumida internamente, uma parte considerável também é exportada, incluindo laranja, óleo de palma, alho, amendoim, chá e assim por diante.

 

Mas o Brasil

precisa de um suprimento constante de fertilizantes para alimentar sua poderosa indústria agrícola. O maior fornecedor internacional de fertilizantes do país é a Rússia, que responde por 44% do total que o Brasil consome a cada ano.

 

Desde o início da guerra

na Ucrânia, o presidente brasileiro Jair Bolsonaro disse que seu país permaneceria neutro. Ele se encontrou com o presidente russo Vladimir Putin em Moscou em 16 de fevereiro e, na ocasião, Bolsonaro disse :

“Estamos ansiosos para cooperar [com a Rússia] em vários campos. Defesa, petróleo e gás, agricultura. O Brasil se solidariza com a Rússia.”

Como se pode esperar, esta visita à Rússia foi fortemente criticada pelo governo dos EUA porque ocorreu em meio a tensões ocidentais com a Rússia sobre a Ucrânia. No entanto, Bolsonaro não recuou.

 

A Amazônia

é um enorme banco de recursos naturais infinitos para os brasileiros. Possui a porcentagem mais significativa de água doce, minerais valiosos e petróleo em todo o mundo. Não é à toa que as elites globais estão apelando para as questões ambientais na tentativa de minar a soberania do Brasil sobre a região. Na realidade, as áreas de proteção ambiental no Brasil somam impressionantes 25% de todo o seu território – 50% apenas na Amazônia. No entanto, estamos constantemente testemunhando uma campanha de desinformação sobre o desmatamento da Amazônia.

 

Por outro lado,

também é verdade que o Brasil ainda precisa importar 97% dos cerca de 10 milhões de toneladas métricas de potássio que usa para a produção agrícola a cada ano, tornando-se o maior importador do mundo. Então, a pergunta fundamental é esta: de onde o Brasil poderia encontrar mais fertilizantes?

 

As reservas de potássio

no Brasil estão principalmente em suas terras indígenas na região amazônica. Segundo Márcio Remédio, diretor do Serviço Geológico do Brasil, empresa estatal vinculada ao Ministério de Minas e Energia, “Essas reservas são de classe mundial. Eles têm potencial, se não mais, do que os dos Montes Urais produzidos pela Rússia e Bielorrússia e também de Saskatchewan no Canadá.”

 

Nas terras indígenas

brasileiras, apenas 3% de todas essas terras são desmatadas, índice inferior ao das terras governamentais e privadas. A Constituição brasileira define como terras indígenas aquelas tradicionalmente ocupadas por tribos brasileiras, bem como “aquelas utilizadas para suas atividades produtivas, aquelas indispensáveis ​​à preservação dos recursos ambientais necessários ao seu bem-estar e à sua reprodução física e cultural, de acordo com o art. seus usos, costumes e tradições”. Essa descrição é tão ampla que um eminente professor de direito constitucional, Manoel G. Ferreira Filho, brincou que seria mais fácil se a Constituição tivesse definido quais terras os não indígenas poderiam ocupar.

 

A lei federal

no Brasil autoriza a exploração de riquezas minerais nas terras indígenas. Uma parte do lucro deve ser transferida para a comunidade indígena relevante que ocupa a região, que não pode ser removida da terra, exceto em casos extraordinários de catástrofe ou epidemia. Mesmo assim, essas pessoas se reservam o direito de retornar à terra assim que os riscos cessarem.

 

Ao fazer um acordo com a Rússia,

o Brasil impediu a mineração de potássio que poderia prejudicar a Amazônia, infringir os direitos indígenas e potencialmente salvar o mundo de uma crise alimentar catastrófica .

“Se o Brasil recuasse no ano que vem por falta de fertilizantes, isso certamente seria uma má notícia para uma crise global de alimentos”,

disse Joseph Schmidhuber, economista que estudou o impacto do conflito sobre os alimentos para a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação. Organização.

 

A guerra na Ucrânia,

juntamente com as sanções econômicas do Ocidente, colocou a segurança alimentar do mundo em enorme risco. Essas sanções foram feitas para punir a Rússia por sua invasão da Ucrânia, mas estão causando um sério perigo à capacidade do mundo de se alimentar.

 

Nesse sentido,

o governo brasileiro apresentou recentemente à Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação uma proposta crítica de exclusão de produtos fertilizantes de quaisquer sanções impostas à Rússia. A ministra da Agricultura brasileira, Tereza Cristina Dias, pediu aos países que encontrem uma solução internacional para a questão, observando que a escassez de fertilizantes provocaria “inflação de alimentos e potencialmente prejudicaria a segurança alimentar”.

 

Para concluir,

o governo brasileiro não apenas evitou uma crise alimentar ao reabastecer os estoques do país com a ajuda da Rússia, mas também tem desempenhado um papel de liderança na busca de soluções internacionais para uma crise emergente de emergência alimentar que, no pior cenário, poderia ver milhões de pessoas morrendo de fome, especialmente nos países mais pobres.

 

Assim sendo,

o mundo deve esperar que Bolsonaro seja devidamente reeleito pelos brasileiros nas eleições presidenciais de outubro.

As opiniões expressas neste artigo são as opiniões do autor e não refletem necessariamente as opiniões do Epoch Times.

By: Augusto Zimmermann
Augusto Zimmermann é professor e chefe de direito do Sheridan Institute of Higher Education em Perth. Ele também é presidente da Associação de Teoria Jurídica da Austrália Ocidental (WA) e atuou como membro da comissão de reforma jurídica da WA de 2012 a 2017. Zimmermann é professor adjunto da Universidade de Notre Dame Austrália e é coautor de vários livros, incluindo Restrições COVID-19 e Vacinação Obrigatória – Uma Perspectiva do Estado de Direito (Connor Court).

Link original da matéria:
https://www.theepochtimes.com/how-brazil-is-saving-the-world-from-a-catastrophic-food-crisis_4516470.html?slsuccess=1

Trabalhadores rurais brasileiros cortam frutos de cacau na fazenda Altamira, em Itajuípe, Bahia, Brasil, em 13 de dezembro de 2019. (Rafael Martins/AFP via Getty Images)
O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, fala durante uma cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília, Brasil, em 25 de maio de 2022. (Sergio Lima/AFP via Getty Images)
Um trator pulveriza pó de pedra em um campo próximo a uma pilha de pó de pedra na fazenda Vargem Dourada em Padre Bernardo, Goiás, Brasil, em 19 de maio de 2022. (Evaristo Sa/AFP via Getty Images)
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  • Gildo Ribeiro

    Gildo Ribeiro é editor do Grupo 7 de Comunicação, liderado pelo Portal 7 Minutos, uma plataforma de notícias online.

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