Instituto de pesquisas Brain
Em 5 anos e 9 meses, lotes em condomínios horizontais valorizam 2,5 vezes mais do que a inflação, em Goiânia
O estilo de moradia, que já é o queridinho dos goianos, também atrai investidores. Especialistas explicam os motivos da valorização
Um levantamento da Associação de Desenvolvedores Urbanos e para o Sindicato dos Condomínios e Imobiliárias, ambos de Goiás (ADU-GO e Secovi-GO), realizado pelo instituto de pesquisas Brain, aponta que a média da valorização dos lotes em condomínios horizontais em Goiás entre o 1º trimestre de 2019 ao 4º trimestre de 2024 chegou a 93%.
No período, de 5 anos e 9 meses, a majoração foi de 2,5 vezes a inflação oficial do País (37,18%), medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
A valorização dos lotes ficou à frente também de outros investimentos como o Ibovespa (44,83%), o dólar (41%), a poupança (nova = 33,67%; antiga = 45,97%).
O Certificado de Depósito Interbancário (CDI) que é a base de correção de de investimentos em renda fixa chegou a 55,92%.
Os números apontam que os condomínios horizontais, além de serem um estilo de vida que muito agrada aos goianos, também são uma opção de investimento rentável.
A média do preço do metro quadrado dos lotes em condomínios fechados em Goiás ficou em R$ 907, segundo a pesquisa.
Se for considerado apenas os condomínios horizontais de Goiânia, a valorização e rentabilidade são ainda maiores, uma vez que o metro quadrado médio dos lotes na capital estava em R$ 1839, o dobro da média em todo estado.
Especialista em mercado imobiliário há mais de 20 anos, Leandro Chaer explica que estes números são ainda mais potencializados após a entrega da infraestrutura para os proprietários construírem seus imóveis.
Via de regra, na medida em que o condomínio vai recebendo as casas, mais pessoas são atraídas para o local
e a escassez gera uma valorização ainda maior , diz ele, que é sócio do Grupo Urbs.
Leandro avalia que, mesmo após a entrega, quando o proprietário começa a pagar condomínio, a valorização ainda compensa o custo, se o comprador fizer uma pesquisa para entender os diferenciais do projeto, os preços dos concorrentes e a adesão daquela localização antes de fechar o negócio.
Comprando bem, o gasto com a taxa de condomínio não vai impactar negativamente na rentabilidade, indicou.
A GO-020 vem se tornando o principal destino dos lançamentos do tipo, sendo que alguns registraram valorização muito acima da média.
É o caso do Plateau D’Or. Lançado em junho de 2019 e já entregue aos moradores, já acumulou uma valorização de 300% em seus lotes, ou seja – superior a três vezes a média da pesquisa.
Desenvolvido pelo Grupo Mauá, o condomínio conquistou em 2024 o 1º lugar na categoria de Melhor Projeto de Loteamento e Desenvolvimento Urbano do País, concedido pela o GRI Awards 2024 – o GRI é uma organização internacional que conecta líderes e investidores do setor imobiliário em mais de 20 países.
Entre os seus diferenciais, estão as matas, que possuem trilhas e mirante para favorecer a contato dos moradores com o verde, o Fitness Center, que vai muito além de ser uma academia e inclui também espaço de reabilitação, pilates, sauna, piscina e para prática de esporte de areia.
Além disso, na parte externa ao condomínio, a Mauá está desenvolvendo um hub que irá abrigar infraestruturas e serviços que irão atender, não só os moradores do residencial, mas também toda a comunidade que vive ou transita pela região sudeste da capital goiana.
O Plateau d’Or nasce de um conceito visionário dos sócios e de um investimento expressivo em pesquisa e qualificação,
reunindo talentos de classe mundial, como o prestigiado escritório inglês Broadway Malyan, responsável pelo conceito urbanístico do projeto.
Nossa missão foi conceber um novo polo urbano, planejado de forma estratégica para gerar desenvolvimento sustentável
e fortalecer o crescimento econômico da região, consolidando um legado duradouro para a cidade,
considera o engenheiro Victor Nakamura, CEO da Mauá.
Outro exemplo de residencial que está na GO-020 é Portal do Sol Golfe, onde já vivem mais de 500 famílias em dois condomínios já habitados.
Outras 200 estão construindo para se mudar em breve e a Portal do Sol Urbanismo já anunciou o lançamento de mais um residencial para este ano para o complexo, que possui área superior a 3,7 milhões de metros quadrados, com quase um milhão de metros quadrados de mata nativa preservada.
Os residenciais são erguidos no entorno de um campo de golfe oficial, inédito em Goiânia.
A farta presença de verde é um grande atrativo, as pessoas querem isto.
Além disso, oferecemos infraestrutura e comodidades para facilitar o dia a dia dos moradores,
salienta Ediberto Jardim, coordenador comercial do empreendimento.
Minimercado, espaços de gastronomia, aulas de esportes, horta são alguns dos diferenciais dos condomínios, que possuem ainda lagos e matas privativas.
Construir em condomínios
Um outro estudo realizado pelo instituto de pesquisa Brain, realizado em junho de 2024, mostrou que pelo menos uma a cada três pessoas que tinham intenção de comprar imóveis nos próximos dois anos objetivavam a aquisição com investimento – para revenda futura ou aluguel.
O levantamento envolveu 1200 entrevistados no Brasil inteiro.
Nos condomínios horizontais, a busca pelo investimento não se detém à compra do lote para venda futura, mas também na construção de casas para venda.
Leandro Chaer informa que, considerando imóveis prontos, nos condomínios horizontais estão os imóveis mais valorizados de Goiânia, uma vez que casas são vendidas a R$ 20 mil o metro quadrado.
Inclusive o imóvel mais cara de Goiânia foi vendido em um condomínio da GO-020, ano passado, por R$ 37 milhões, revela.
Para os investidores, no entanto, ele recomenda cautela e profissionalismo antes de partir para a construção de uma casa com objetivo de venda.
É um mercado atrativo, porém não deve ser feita de forma amadora, recomenda Leandro.
Demanda
A demanda pelos condomínios horizontais deve continuar nos próximos anos, a julgar pelo comportamento do público goiano.
Mais de 1,7 milhão de domicílios estão dentro de condomínios horizontais no Brasil, segundo dados do censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2022 e este número cresceu 76% nos últimos 12 anos conforme a comparação com o censo anterior, de 2010.
Em Goiânia, o aumento foi maior que o dobro no mesmo período: 124%.
Em 2022, eram 56.668 moradores em condomínios horizontais ou de casas na capital.
No Censo anterior, divulgado em 2010, esse número era de 25.233.
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