Agro7 : Política

J. R. Guzzo

Lula comete suicídio econômico ao eleger agronegócio como inimigo do Brasil.

Diante de númros do setor para o País, é como se a Arábia Saudida ficasse contra exploração de petróleo

Você se lembra qual foi a última vez em que uma “missão do FMI” veio ao Brasil?

A mídia, os economistas e os “agentes econômicos” entravam em transe.

Não temos dólar nem para comprar uma caixinha de chicletes no exterior; será que eles vão nos emprestar mais uns trocados?

Será que topam fazer mais um “empréstimo ponte”?

E o “Clube dos Credores” – o que estará achando?

Discutia-se, com paixão, as “mudanças na política econômica” que o Brasil teria de fazer, e quais as instruções que teria de seguir, para satisfazer os comissários do FMI.

Falava-se da “soberania nacional”.

Eram os tempos da “dívida externa”, da crise cambial e do controle da compra e venda de dólares para viajar ao estrangeiro. Eram as angústias do default – ou, na língua portuguesa, do calote. Eram, em suma, as misérias de um país sem divisas no caixa.

Nada disso existe mais.

O Brasil, hoje, tem mais de US$ 320 bilhões em reservas internacionais.

Não precisa do FMI, do Banco Mundial e da caridade financeira mundial.

O governo e as empresas podem levantar dinheiro nos mercados voluntários de crédito.

Enfim: não se fala mais da “dívida externa”.

O que aconteceu para haver essa revolução?

Aconteceu o agronegócio.

Foi a produção rural que deu ao País os dólares que ele nunca teve; é por causa do agronegócio, simplesmente, que o Brasil deixou de ser um país mendigo.

A agricultura, a pecuária e a atividade industrial que está ligada a elas respondem, hoje, por metade de todas as exportações brasileiras.

Foram US$ 160 bilhões em 2022, num total de US$ 330 bilhões – e um novo recorde pode ser alcançado neste ano.

É o agro que responde pelos atuais US$ 60 bilhões de superávit na balança comercial, fator fundamental para a independência financeira do País.

Nada transformou tanto a economia do Brasil quanto a produção do campo – e nada faz o Brasil tão competitivo no mercado externo. Criou-se um país que não existia.

Para ficar num exemplo só: Mato Grosso, sozinho, produz mais soja do que a Argentina inteira.

 

O governo Lula, porém, declarou que o agro é ruim para o Brasil; na verdade, é o seu principal inimigo no momento.

É uma proposta de suicídio econômico – é como se a Arábia Saudita ficasse contra a exploração do petróleo em seu território.

Lula e os extremistas de Brasília inventaram a fantasia de que o MST é uma grande força produtiva e que vai “alimentar” o Brasil, com suas abóboras e o seu “arroz orgânico”.

O MST não produz nada; não conseguiria alimentar a cidade de Jundiaí.

Acham, também, que o País precisa de uma “neoindustrialização”.

Continuam fiéis às noções econômicas do tempo dos faraós.

Por   J. R. Guzzo

Link original da matéria:

https://www.estadao.com.br/politica/j-r-guzzo/lula-comete-suicidio-economico-ao-eleger-agronegocio-como-inimigo-do-brasil/?fbclid=IwAR129R1QYQUEUcckhQyWxXQFOmH2IqTkD08IYN9yZ9Foov8HphIS-DSJ0t0

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  • Gildo Ribeiro

    Gildo Ribeiro é editor do Grupo 7 de Comunicação, liderado pelo Portal 7 Minutos, uma plataforma de notícias online.

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