Considerado um dos cosméticos mais antigos do mundo, a história do batom é marcada por uma trajetória de resistência e empoderamento feminino ao longo dos anos.

História e Preconceito

A origem do batom não é consensual.

Enquanto alguns especialistas acreditam que o produto foi criado no Antigo Egito, outros apontam os Sumérios como os pioneiros, com a invenção datada de cerca de 3 mil anos antes de Cristo.

Apesar de sua longa história, o batom enfrentou resistência significativa ao longo dos séculos. Na Grécia Antiga, o uso de batom era restrito às prostitutas, como uma forma de identificá-las, e a ausência do cosmético podia resultar em punição.

No Reino Unido, em 1770, o Parlamento criou uma lei que condenava mulheres que usassem batom vermelho, acusando-as de bruxaria.

No século XIX, embora os primeiros produtos para os lábios começassem a ser comercializados, o batom ainda enfrentava oposição de setores conservadores e religiosos.

Foi somente no século XX que o batom, em sua forma moderna, consolidou-se como um ícone de beleza.

Um marco significativo ocorreu em 1912, quando mulheres sufragistas de Nova York usaram batom vermelho como símbolo de rebeldia feminina.

A popularidade do batom foi ainda mais impulsionada pelas estrelas de cinema, que associaram o produto à elegância e sofisticação nas grandes produções.

O Produto no Brasil
No Brasil, a história do batom também é rica e variada. A primeira linha de maquiagem da Natura, lançada no final dos anos 70, incluiu um batom que rapidamente conquistou o mercado nacional.

Desde então, o batom passou por várias mudanças de formato e adaptações; no entanto, continua sendo um dos produtos mais queridos da maquiagem.

Apesar da competição com gloss e batom líquido, o batom em bala ainda é a grande estrela da maquiagem brasileira e, por isso, encontramos uma ampla variedade do produto, afirma Marcos Costa, maquiador oficial da Natura, em entrevista ao portal O TEMPO.

Além disso, Costa destaca que as novelas e atrizes brasileiras desempenharam um papel crucial na popularização do batom e na criação de novas tendências. Ele observa que a preferência por cores tem evoluído ao longo dos anos.

Por exemplo,

os tons favoritos mudaram ao longo do tempo.

No passado, os nudes e rosas eram predominantes, enquanto nos anos 80 os pinks e fúcsias dominaram.

Nos anos 90, os nudes ganharam destaque novamente. Atualmente, o batom vermelho é um favorito, mas os tons de marrom, rosa e os nudes claros também são muito populares.”

Além disso, Costa celebra a liberdade das mulheres negras em relação ao uso do batom. Ele afirma:

Fico feliz em ver que as mulheres negras hoje têm a liberdade de usar qualquer cor que desejarem, sem restrições.

Por fim, para Costa, a escolha do tom ideal de batom deve refletir a personalidade e o estado de espírito da pessoa.

Não há regras rígidas para escolher o tom perfeito. O ideal é aquele que combina com seu estado de espírito, traços fisionômicos e personalidade.

Às vezes, você pode optar por um nude, enquanto em outras ocasiões pode querer algo mais vibrante, como um fúcsia, vermelho ou até azul.

O importante é se conhecer e entender o que você gosta, conclui.

05 benefícios
Realça a Aparência: O batom adiciona cor e definição aos lábios, ajudando a realçar a aparência geral do rosto e complementando o visual.

Aumenta a Confiança:

Usar batom pode fazer você se sentir mais confiante e pronta para enfrentar o dia, proporcionando um toque final à maquiagem.

Expressão Pessoal:

Com uma vasta gama de cores e acabamentos, o batom permite que você expresse sua personalidade e estilo único.

Melhora a Estética dos Lábios:

O batom pode hidratar e suavizar os lábios, além de oferecer uma aparência mais uniforme e bem cuidada.

Versatilidade de Looks:

O batom pode transformar rapidamente um look, passando de casual para sofisticado ou ousado, dependendo da cor e do acabamento escolhidos.

Com sua rica história e contínua popularidade, o batom continua a ser um símbolo de expressão pessoal e empoderamento feminino.

Com informações de O Tempo.

Por: Anna Rhaissa