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Reeleito, Macron critica extrema-direita e promete governar para todos
"Muito dos nossos compatriotas votaram em mim não pelas minhas ideias, mas para barrar as ideias da extrema-direita", ponderou

No primeiro discurso como presidente reeleito, Emmanuel Macron agradeceu a confiança dos franceses, criticou a extrema-direita e prometeu governar para todos. Macron garantiu que irá fazer da França uma grande nação ecológica.
Neste domingo (24/4),
atual chefe do Palácio do Eliseu angariou 58% dos votos no segundo turno das eleições.
“Os próximos anos não serão tranquilos, mas serão históricos e juntos poderemos reescrevê-los para novas gerações”, iniciou.
Macron
afirmou que muitos dos eleitores o escolheram para impedir que a extrema-direita chegasse ao poder.
“Muito dos nossos compatriotas votaram em mim não pelas minhas ideias, mas para barrar as ideias da extrema-direita”, ponderou. Ele completou: “Imagina a decepção deles esta noite.”
O chefe do Palácio do Eliseu prometeu governar para todos e pregou união do país. “Sou presidente de todas e todos. Ninguém será deixado ao longo do caminho”, concluiu.
Derrota
Antes do discurso de Macron, a candidata de extrema-direita da França Marine Le Pen reconheceu a derrota.
Aos apoiadores, Le Pen prometeu fazer oposição ao governo. A representante da direta radical comemorou, apesar da derrota, os índices conquistados na votação: cerca de 40%. “Não posso deixar de sentir esperança”, afirmou.
“Continuarei meu compromisso com a França e os franceses com a energia, perseverança e carinho que vocês conhecem”, frisou.
A eleição
Macron comandará a França pelos próximos cinco anos. O país é a segunda maior economia da União Europeia e o único membro permanente do Conselho de Segurança das Organização das Nações Unidas (ONU) do bloco europeu.
O presidente francês e Le Pen repetiram o mesmo cenário da eleição de 2017. À época, Macron saiu vitorioso com uma vantagem maior que agora: 66%. Macron é o primeiro mandatário a ser reeleito desde Jacques Chirac (1995-2007).
Macron é um centrista pró-Europa de 44 anos. Ele é muito criticado por sua imagem de elitista e arrogante.
O primeiro
mandato foi marcado por altos e baixos. O chamado movimento dos “coletes amarelos”, em 2018, foi desencadeado por suas políticas favoráveis ??aos negócios e cortes de impostos para os ricos.
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