MUNDO
Novo ‘Queermuseu’? Quadro é acusado de pedofilia
Imagem mostra jovem ajoelhado, que seria uma criança com as mãos amarradas para trás, fazendo sexo oral em homem adulto

A França enfrenta um debate semelhante ao que ocorreu no Brasil, em 2017, com a exposição Queermuseu, patrocinada pelo banco Santander, que teria relação com a pedofilia.
Desde a semana passada, o quadro Fuck Abstraction!, da artista suíça Miriam Cahn, vem causando polêmica em uma galeria de Paris.
Isso porque a obra foi acusada por populares de fazer apologia da pedofilia.
A imagem mostra um jovem que lembra uma criança, de joelhos e com as mãos amarradas para trás, fazendo sexo oral em um homem adulto.
O quadro gerou indignação, a ponto de um idoso jogar tinta na obra.
O homem foi detido no local.
Em exposição desde fevereiro deste ano no Palais de Tokyo, o quadro só chamou atenção quando quatro associações francesas de proteção da família (Juristas pela Infância,
A Infância Partilhada, Diante do Incesto e Inocência em Perigo) acionaram a Justiça para remover a obra.
Os grupos conservadores afirmaram tratar-se de “uma peça de pornografia infantil”. Em abril, contudo, o Tribunal Administrativo de Paris rejeitou os recursos. O Conselho de Estado — uma instância superior — confirmou a decisão.
Depois da polêmica, a autora do quadro minimizou as críticas e disse que a obra “é a representação do estupro como arma de guerra e crime contra a humanidade”.
Queermuseu acusado de pedofilia
Nas redes sociais, brasileiros compararam o caso francês ao Queermuseu, que dividiu opiniões em 2017, por supostamente ser uma exposição de promovia a pedofilia.
À época, uma exposição patrocinada pelo Santander em uma galeria de Porto Alegre recebeu uma série de críticas, por obras acusadas de pedofilia com os dizeres
Criança viada,
zoofilia e intolerância religiosa, com sátiras a Jesus Cristo.
