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Vander Lúcio comenta no 7Minutos

Em Goiás cães e gatos passam a ser sujeitos de direito.

Como assim?

Estado se tornou o quinto da federação brasileira a reconhecer cães e gatos como seres sencientes e sujeitos de direito, graças à Lei nº 22.031/2023, que entrou em vigor em 16 de junho

Além de Goiás, Santa Catarina, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraíba também possuem leis que fortalecem a luta pelos direitos e a proteção dos animais.

A nova legislação em Goiás foi proposta pelo deputado Delegado Eduardo Prado (PL), que destacou a senciência dos animais, ou seja, sua capacidade de sentir e reagir a estímulos de forma consciente. O deputado ressaltou que a Constituição Federal já sinalizava nesse sentido ao reconhecer a senciência dos animais.

Em entrevista ao portal Rota Jurídica, a advogada Pauliane Rodrigues da Silva Mascarenhas, especialista em direito animal e presidente da Comissão Especial de Direito Animal da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO), considera a nova lei um avanço significativo.

“Agora, os animais podem ser objeto de demandas judiciais, com direito a um representante legal.

Abrigos de animais de rua, por exemplo, podem entrar com processos contra tutores, exigindo indenizações por danos morais e materiais”, destaca a advogada.

Pauliane frisa que a lei trata da dignidade dos animais e assegura direitos fundamentais para eles, como o direito à saúde e à vida. Ela ressalta que a OAB-GO reconhece o Direito Animal como uma disciplina autônoma, incluindo a Advocacia Animalista em sua tabela de honorários.

A advogada também afiança que a alteração na lei de Goiás reforça o princípio de que os animais têm dignidade, o que já é previsto na Constituição Federal. Desde 2012, a comunidade científica reconhece que os animais são seres sencientes, conscientes e merecedores de uma existência digna.

Em nível nacional, o Senado aprovou o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 27/2018, que reclassifica os animais como sujeitos de direitos despersonificados, retirando-os da categoria de objetos.

O projeto aguarda nova análise na Câmara dos Deputados. Além disso, a Câmara já recebeu o Projeto de Lei 179/2023, que busca regulamentar a família multiespécie e garantir direitos aos animais de estimação, como pensão alimentícia e participação no testamento do tutor.

Essas iniciativas refletem uma evolução nos direitos animais e reconhecem a importância de proteger os animais como seres sencientes e dignos de consideração moral e jurídica.

por  Vander Lúcio Barbosa
Vander Lúcio Jornalista e editor do Jornal Contexto, também é colunista no Portal 7Minutos

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    Fundador e diretor do Jornal Contexto; foi repórter mirim, aos 15 anos, do Jornal de Brasília; editor, repórter e apresentador da TV Tocantins e editor de vários jornais, revistas e publicações periódicas. Também foi presidente da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE e diretor de comunicação da Associação Comercial e Industrial de Anápolis (ACIA), dentre outras atividades.

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