Variedades : Cinema e Teatro

Indiana Jones

Para Onde a Série Pode Ir Depois De Harrison Ford

“Indiana Jones e a Relíquia do Destino”, filme que estreia nesta quinta-feira (29), marca o fim de uma era. Depois de 42 anos, é a despedida de Harrison Ford do personagem. Os produtores da aventura sugerem que, sem Ford, seria também o fim da série iniciada em 1981 com “Os Caçadores da Arca Perdida”.

Essa é, claro, uma noção romântica. É bacana imaginar um ciclo completo para Indiana Jones, especialmente quando observamos o quanto o herói se tornou emblemático no tecido da cultura pop. Por outro lado, renunciar a uma propriedade intelectual tão valiosa seria uma atitude improvável. Como arqueólogo, Indiana vive em busca do passado. Como produto, ele precisa encarar o futuro.

Nada melhor, portanto, do que praticar o esporte da futurologia especulativa, para buscar alguma alternativa que não nos prive de mais aventuras com o herói. O cinema é espaço nobre, mas a essa altura não é nem de longe o único para trazer novas histórias. Vejamos, portanto, de que forma “Indiana Jones e a Relíquia do Destino” pode não ser um bom respiro, mas não um ponto-final.

Phoebe Waller-Bridge como Helena Shaw em ‘Indiana Jones e a Relíquia do Destino’

Reboot é a palavra!

O caminho mais óbvio talvez seja apertar o botão de reset e recomeçar a série de cara nova. Na prática, escolher um novo ator para assumir o chapéu e o chicote de Indiana Jones. Não seria nada inédito: num passado recente, “Batman Begins” e “007 – Cassino Royale” repaginaram personagens emblemáticos com aplausos de crítica e público.

Claro que, no caso de James Bond e do Cavaleiro das Trevas, falamos personagens que já haviam sido interpretados por inúmeros atores antes de Daniel Craig e de Christian Bale arriscarem sua versão. Por outro lado, quando J.J. Abrams recuperou “Star Trek” no cinema, colocou gente nova no papel de Kirk e Spock — personagens fortemente ligados a seus intérpretes originais — e o mundo não deixou de girar.

O problema aqui seria encontrar alguém com o mesmo charme e senso de humor de Harrison Ford, sem buscar uma cópia de Harrison Ford! Afinal, “Han Solo” colocou Alden Ehrenreich como o herói de “Star Wars” e ninguém deu a mínima. Portanto, a opção do reboot deve ficar na gaveta — ao menos por enquanto.


Passando a tocha!

Escalar outro personagem para continuar a série é uma ideia que reverbera há tempos. Foi assim quando Shia Labeouf fez Mutt Williams em “Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal”. A volta de Ke Huy Quan (e seu Oscar de melhor ator coadjuvante) fez com que os fãs pedissem mais Short Round. E a discussão se repete agora com Phoebe Waller-Bridge, que faz Helena Shaw em “Relíquia do Destino”.

Existe um motivo para que estes personagens sejam coadjuvantes. Ao contrário de uma série como “Velozes & Furiosos”, que rendeu “Hobbs & Shaw” como derivado, a “marca” aqui é Indiana Jones. Acho improvável uma continuação da série sem seu protagonista. De “Missão: Impossível” a “007”, coadjuvantes bacanas sempre estiveram à frente de discussões de como eles “tomariam a frente”. Nunca aconteceu. Não deve acontecer também.

O filme já está em cartaz nos principais cinemas do Brasil – garanta o seu ingresso para “Indiana Jones e a Relíquia do Destino” por meio do nosso site da Ingressar.

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  • Rosiane Stephanie

    Rosiane é editora de conteúdo de várias editorias no portal 7Minutos.

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