POLITICA & ECONOMIA
Caiado vai a Brasília tentar adiar tramitação da reforma tributária
O chefe do Executivo tem reuniões com o líder da bancada do Republicanos, deputado federal Hugo Motta, e com a bancada federal goiana
O governador Ronaldo Caiado (UB) tem agendas nesta terça-feira (4), em Brasília, em sua empreitada contra a reforma tributária.
O chefe do Executivo tem reuniões com o líder da bancada do Republicanos, deputado federal Hugo Motta, e com a bancada federal goiana.
Caiado tem se manifestado reiteradamente contrário ao texto da reforma tributária que tramita no Congresso Nacional. A ideia é ir a Brasília na tentativa de pelo menos adiar as discussões na Câmara dos Deputados para depois do recesso de meio de ano. Ele prega que é preciso ter mais tempo para discussões.
🚨QUE PAULADA
O Governador de Goiás, Ronaldo Caiado, falando sobre a Reforma Tributária na Globo News, foi incisivo ao se posicionar contra, e ainda fala da venezualização da política brasileira. pic.twitter.com/WwEtMPrHTC— @Jopelim (@PrJosiasPereir3) July 5, 2023
Arrecadação dos estados
Uma das principais críticas de Caiado se refere à forma como o imposto único está na forma de recolhimento de imposto, que, segundo o texto, seria modificado para o local de consumo, a partir da simplificação de cinco impostos substituídos por um Imposto sobre Valor Agregado (IVA) dual, pago à União e outro para estados e municípios. Para Caiado, a unificação de impostos federais afetaria quase 80% da arrecadação de estados e municípios.
Para isso, o governador busca mobilizar a bancada de deputados goianos, empresários e prefeitos para pressionar que o texto seja modificado.
Parte do convencimento foi realizado em evento na semana passada, quando a secretária interina de Economia, Selene Peres Peres Nunes, e o secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima, apresentaram gráficos aos representantes dos diversos setores sobre possível perda da autonomia dos entes federados. Além disso, argumentaram que o texto promove indefinição sobre alíquota a ser cobrada pelo futuro Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) – que substituirá o ICMS e o ISS a partir de 2033 –, prejuízo para os setores de educação, saúde e alimentação, e risco de desemprego e de concentração industrial.
A preocupação de Caiado ganhou coro nos últimos dias com os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), que também passaram a articular adiamento da votação no Congresso para depois do recesso.
Durante agenda em Goiânia, na manhã do último sábado (1), o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), por outro lado, reforçou a necessidade da reforma tributária no País.
Ele disse que o sistema tributário atual é anacrônico e penaliza o empreendedorismo. Por isso, salientou que “precisamos migrar para um modelo mais racional, que está desenhando em linhas gerais no modelo apresentado.
Precisa de ajustes, mas está na direção correta”.
Por Eduardo Pinheiro
O IVA (Imposto sobre Valor Agregado) se mostrou incapaz de diminuir desigualdades tributárias em vários países. #ReformaTributária deve simplificar o sistema, mas precisa começar pelos tributos federais – que são a maior parcela – e não pode engessar estados e municípios. pic.twitter.com/arKn8SI2se
— Ronaldo Caiado (@ronaldocaiado) July 5, 2023
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