Se complicou de vez
Governador quer responsabilizar desembargador por fala de “acabar com a PM”
O governador Ronaldo Caiado gravou um vídeo para as redes sociais, onde afirma que solicitou à Procuradoria do Estado tomar providências sobre a fala do desembargador Adriano Roberto Linhares Camargo, sobre extinguir a Polícia Militar.

Na fala, o desembargador goiano- que já foi juiz na Comarca de Anápolis- cita que há excessos na ação da PM e que não seria falta de preparo.
Ele também diz ser uma reflexão pessoal: “para mim, tem que acabar com a Polícia Militar”. E, na sua opinião, instituir “uma forma diferente de atuação na área de investigação e da repressão ao crime”. “A Polícia Militar é como uma reserva técnica do Exército, é para enfrentar o inimigo, disse o magistrado.
Ainda, falou que a Polícia Militar é “invisível”.
No vídeo, o governador, por sua vez, afirmou que a PM está sob seu comando e as críticas deveriam ser feitas diretamente a ele. Diz também que o Tribunal de Justiça não tem nenhuma conivência com a fala do desembargador, que na sua avaliação, “não tem qualificação para o cargo”. “Respeite a PM”, bradou Caiado.
Desembargador do TJ de Goiás advoga o fim da Polícia Militar. O Governador @ronaldocaiado deu uma resposta contundente e promete providências contra a atitude do desembargador em plena votação. pic.twitter.com/2hF0RLCdWM
— Bia Kicis (@Biakicis) November 2, 2023
Ao jornal O Popular, o desembargador Adriano Linhares ressaltou que não fez críticas de caráter institucional e nem pessoal e lamentou o ocorrido. Afirmou que estava somente se posicionando acerca de “episódios que me inquietavam”.
O desembargador também disse que “jamais faria qualquer comentário desairoso sobre a pessoa do governador”.
Lamentável a postura desse desembargador que pediu o fim da polícia militar.
Parabéns governador @ronaldocaiado por defender uma das instituições mais importantes do nosso país! pic.twitter.com/xpJAOPFhFU— MarioFrias (@mfriasoficial) November 2, 2023
Agora, resta ver o desenrolar da polêmica e se, de fato, a Procuradoria irá representar contra o magistrado.
De Claudius Brito

