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Celso Amorim relativiza violência contra mulher no Irã e é rebatido por diplomata dos EUA

O embaixador Celso Amorim, assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assuntos internacionais, comparou o duro tratamento comportamental dado às mulheres do Irã com a pena de morte nos Estados Unidos.

A comparação ocorreu durante uma palestra em Washington na última semana, em que Amorim relativizou a infração de direitos humanos das mulheres.

Eu não concordo com a forma como as mulheres são tratadas no Irã, por exemplo, mas não concordo com a pena de morte, que ainda existe nos Estados Unidos,

disse o embaixador ao discutir a inclusão do país no G20, que tem o Brasil como presidente temporário.

A declaração de Celso Amorim gerou uma reação imediata de Dan Baer, ex-embaixador dos Estados Unidos na Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).

Para ele, a comparação foi inadequada.

Traçar uma equivalência entre os Estados Unidos e a aplicação de pena de morte e o regime iraniano não é moralmente respeitável, afirmou Baer.

Ele acrescentou que essa comparação mina a credibilidade moral daqueles que traçam esse tipo de equivalência.

A repressão iraniana aos direitos humanos das mulheres já levou várias à morte por conta das penalidades aplicadas – que são negadas pelo governo. Uma delas, a jovem Mahsa Amini, de 22 anos, morreu sob custódia por violar o código de vestimenta em 2022 com “falência múltiploa de órgãos causada por hipóxia cerebral”, segundo informou a agência estatai Irna.

As mulheres iranianas são obrigadas a usar o hijab, uma espécie de véu islâmico, a partir dos 9 anos de idade, além de vestimentas que cobrem os braços e as pernas. Elas também precisam de autorização do marido para viajar ou trabalhar.

Por outro lado, a pena de morte nos Estados Unidos é autorizada em 27 estados, com outros seis em moratória devido a decisões de governadores. A principal forma de execução é a injeção letal, que envolve a aplicação de um anestésico ou sedativo, seguido de uma droga paralisante e, finalmente, uma droga que para o coração.

Por: Guilherme Grandi

https://youtu.be/XI03Nmw9gPE?si=lpjZzBZX_g5zbWC9 https://youtu.be/zvRwvS3qv3U?si=iY5YvITPggbvwZHq    
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  • Gildo Ribeiro

    Gildo Ribeiro é editor do Grupo 7 de Comunicação, liderado pelo Portal 7 Minutos, uma plataforma de notícias online.

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