Além-fronteiras:
Anápolis está presente na economia globalizada
A história conta que a região onde, hoje, está a cidade de Anápolis, foi caminho para os tropeiros que seguiam em direção às lavras de ouro de Bonfim (Silvânia), Meia Ponte (Pirenópolis) e Vila Boa (Cidade de Goiás).
Não se sabia, então, que caminho levaria essa história.
O caminho foi longo, o povoado que se formou no lugar de passagem dos tropeiros, se transformou em cidade, no dia 31 de julho de 1907.
Na década de 1920, começavam a chegar os imigrantes de outros países: japoneses, italianos, sírio-libaneses, alemães, dentre outros.
Em 1935, com a chegada da Estrada de Ferro Goyaz, Anápolis já era uma referência pela efervescência econômica.
Essa locomotiva nunca parou. Veio o ciclo da indústria do arroz, da indústria cerâmica e do comércio atacadista, que deram importante suporte à implantação de duas capitais no Planalto Centro: Goiânia e Brasília.
Em meados da década de 1970, deu-se a criação do Distrito Agro Industrial de Anápolis, o DAIA.
Seguindo adiante, veio a Estação Aduaneira Interior (Eadi- Porto Seco), o Polo Farmacêutico, a indústria automotiva.
E, claro, não poderia ser diferente, Anápolis também “ganhou asas” para se inserir na globalização econômica.
Balança comercial
Em 2023, a corrente de comércio- resultado das importações mais as importações- somou o valor de R$ 2,063 bilhões em negócios internacionais feitos a partir do município.
O valor exportado por Anápolis foi de US$ 26013 milhões. As exportações bateram à casa de US$ 1,803 bilhão.
No balanço da balança comercial, Anápolis fechou o ano de 2023 em 1º lugar no ranking de importadores goianos.
No Brasil, ocupou o 35º lugar.
A participação nas importações de Goiás foi de 36,9%. No país, de 0,7%.
Em relação às exportações, o município ficou no 13º lugar em Goiás e no 235º lugar no país. A participação foi de 2,1% nas exportações goianas e de 0,08% nas exportações brasileiras.
A essa altura, alguém já pergunta por que o município tem melhor desempenho nas importações?
Resposta rápida: o fato de ser um polo industrial. Muitas empresas buscam produtos e insumo de outros países.
Portanto, importar mais do que exportar, no caso de Anápolis, é um bom negócio.
Países parceiros
Ainda com relação aos dados consolidados de 2023 e considerando a corrente de comércio (exportações mais importações), os principais parceiros comerciais de Anápolis, além-fronteiras, foram:
China (32% de participação);
Alemanha (21%);
Suíça (13%);
Estados Unidos (5,6%);
Índia (5,3%);
Itália (4,3%);
Japão (3,6%);
Coreia do Sul (2,9%);
Polônia (2,0%) e
Indonésia (1,8%).
Por: Claudius Brito