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Candidatos à Prefeitura de São Paulo se enfrentam em debate do SBT; assista
Concorrentes voltam a se encontrar após debates tumultuados na TV Cultura e na RedeTV!
Os candidatos à Prefeitura de São Paulo se enfrentaram em debate organizado pelo SBT nesta sexta-feira (20).
O evento é dividido em três blocos: no primeiro e no último, cada candidato pergunta a um adversário, em ordem já definida em sorteio. No bloco do meio, os jornalistas questionam os candidatos, com réplica de adversários e tréplica do candidato que respondeu primeiro.
Marina Helena acusa Boulos de atuar de movimento marginal: Por que gosta de defender bandido?
Durante comentário da resposta de Guilherme Boulos (PSOL) sobre como seria sua relação com a Guarda Municipal, caso seja eleito, Marina Helena (Novo) afirmou que é “impagável” ver Boulos dizer que quer cuidar da segurança do povo de São Paulo (SP).
A gente ver o Guilherme Boulos que faz parte de um movimento marginal que invade propriedade, que foi contra tirar as barracas que vendem drogas na cracolândia,
apoiador do presidente Lula, que é um ladrão, vir aqui e dizer que quer cuidar da sua segurança?, indagou Marina
Em seguida, a candidata questionou:
Boulos, por que você gosta tanto de defender bandidos?.
Antes do comentário de Marina Helena, o psolista ressaltou que fazem parte de sua campanha guardas municipais e ex-comandantes da polícia e, caso eleito, que a relação com a guarda será “tranquila” e “respeitosa”. (Victória Cócolo)
Discussão de propostas marca 1º bloco de debate; Tabata e Marçal travam embate
O primeiro bloco do debate do SBT teve discussão de propostas e clima civilizado, após as trocas de ataques que marcaram os programas anteriores. Pablo Marçal (PRTB) foi escanteado pelos adversários até ser questionado por Tabata Amaral (PSB).
Pablo Marçal é como jogo do tigrinho, com promessas falsas que podem atrair quem está desiludido. […]
Por isso é importante conhecer a história das pessoas, disse Tabata, relembrando polêmicas envolvendo o influenciador.
Marçal, por sua vez, pediu perdão e disse que vai mudar de postura.
A minha pior [versão] eu já mostrei nos debates, a parir de agora você vai ver postura de governante, disse.
A nova versão do candidato do PRTB vem após ele alcançar 47% de rejeição no Datafolha. (Carolina Linhares)
Análise: Rejeição em disparada força correção de rota tardia de Marçal
A rejeição em disparada forçou uma tentativa tardia de correção de rota na campanha de Pablo Marçal (PRTB). Depois de protagonizar vexames históricos na TV, o candidato tentou uma guinada radical no debate do SBT: pediu perdão aos eleitores, disse que a disputa começa agora e disse que terá “postura de governante”.
A transformação do ex-coach, que se orgulhava de se comportar “como idiota” para chamar atenção, é reflexo de um exagero que deixou sua campanha com a água no pescoço. A taxa de rejeição de Marçal medida pelo Datafolha chegou a 47%, índice considerado proibitivo para qualquer candidato que pense, de fato, em ganhar uma eleição.
Marçal tem duas semanas para fazer uma reformulação convincente de seu personagem. A principal dificuldade para essa tarefa é o repertório limitado de alternativas, algo que já aparece neste debate.
O ex-coach voltou a citar propostas fantásticas, como a construção de um teleférico na periferia, e abusou de um tradicional discurso sobre prosperidade, que é tão sedutor quanto vago. (Bruno Boghossian)
Marçal diz que sua pior versão ficou para trás e que agora terá postura de governante
Pablo Marçal (PRTB) mudou sua postura nos debates no programa do SBT, após atingir 47% de rejeição.
Quero pedir perdão, meu objetivo até agora, e a campanha começa agora, foi expor o perfil de cada um, disse.
A minha pior [versão] eu já mostrei nos debates, a partir de agora você vai ver postura de governante, completou.
Ele listou propostas de educação e criticou Tabata Amaral (PSB) por baixar o nível do debate. Tabata afirmou que Marçal é como “o jogo do tigrinho”, que pode até “atrair quem está iludido”.
Marçal ganhou um direito de resposta e afirmou que
nunca fui o palhaço, eu sempre respondi o palhaço.
(Carolina Linhares e Victória Cócolo)
Marina faz piada com Datena por gaguejar
Em sua primeira participação no debate do SBT, Marina Helena (Novo) afirmou que até o Datena que gaguejava nos primeiro debates aprendeu a fazer propostas.
O candidato do PSDB chegou a pedir desculpas a sua equipe após ir mal no primeiro debate e explicou que gagueja, mas, mesmo assim, se tornou um dos maiores comunicadores da TV. (Carolina Linhares)
Datena comete gafe e diz que defende agressores e bandidos há 26 anos
No primeiro embate entre candidatos, Guilherme Boulos (PSOL) perguntou a José Luiz Datena (PSDB) quais suas propostas para a área da segurança da mulher.
Datena se confundiu, ao responder disse que todos os dias defendia agressores no programa que apresentava na TV Bandeirantes.
Primeiro vou aumentar as patrulhas que são fundamentais para a segurança da mulher.
Eu venho há 26 anos todos os dias defendendo no meu programa esses agressores, bandidos, canalhas que agridem mulheres, afirmou. (Victória Cócolo)
Boulos inicia debate com pergunta sobre violência doméstica, vidraça de Nunes
Ao fazer uma dobradinha com José Luiz Datena (PSDB) em pergunta sobre segurança, Guilherme Boulos (PSOL) escolheu o tema da violência doméstica, assunto sensível para Ricardo Nunes (MDB).
Em 2011, a mulher de Nunes, Regina Carnovale, fez um boletim de ocorrência acusando o prefeito de ameaça.
O tema costuma tirar Nunes do sério.
Boulos não mencionou o caso especificamente, mas disse que “agressor de mulher será tratado como criminoso” em seu eventual governo. Nos últimos dias, o candidato do PSOL levou para a campanha o tema do BO da esposa de Nunes de violência doméstica. (Carolina Linhares)
Com 47% de rejeição, Marçal diz que campanha começa hoje e culpa todos baixarias em debates
Após atingir 47% de rejeição no Datafolha, Pablo Marçal (PRTB) afirmou que não é o único responsável pelas baixarias em debates e que todos deveriam mudar a partir de agora.
Quem produz as toxinas dentro dos debates são todos, sei que tenho levado essa fama, quero provar para vocês que eu não sou o causador, disse ele.
Eu sozinho não controlo a temperatura de um debate.
Todo o eleitorado paulista já sabe quem é desequilibrado e precisa sair daqui para uma ala psíquica”, continuou ele, completando que as pessoas querem ouvir sobre propostas e checar a viabilidade emocional do candidato.
“O debate do SBT vai ser o melhor da história. […] Hoje começa a campanha oficialmente”, disse ainda.
Marçal disse que está em primeiro lugar na corrida, apesar de o Datafolha o mostrar em terceiro.
Quem acredita no Datafolha é o mesmo povo que acredita em alienígena, completou.
Ele não se comprometeu a respeitar o resultado das urnas e disse que, quando entrar na política, vai acabar com eleições a cada ano par.
Marçal disse ainda que ficará com a mão imobilizada ao menos 7 dias, após a cadeirada de José Luiz Datena (PSDB) que o atingiu.
(Carolina Linhares)
SBT diz que optou por não parafusar cadeiras, mas que tem ‘seguranças experientes’
A produção do SBT optou por não parafusar as cadeiras usadas pelos candidatos, opção adotada pela Rede TV! no último debate. A iniciativa foi tomada após o evento realizado na TV Cultura, quando José Luiz Datena (PSDB) usou uma cadeira para agredir Pablo Marçal (PRTB).
O SBT informou que sua equipe está bem preparada e que “tem muitos seguranças experientes” para garantir a realização do debate.
(Victória Cócolo)
Marina Helena crítica cobertura da imprensa sobre acusação contra Tabata
A candidata Marina Helena (Novo) questionou a cobertura da imprensa sobre as acusações que ela fez de que Tabata Amaral (PSB) usava jatinho particular.
“É fácil de comprovar, se fosse um candidato da direita estavam atrás. Se é mentira, ela pode apresentar os comprovantes de passagem das vezes que foi para Recife”, disse.
Sobre o debate, a candidata disse que a expectativa é que a população possa conhecer suas propostas para São Paulo. Ela afirmou que as pessoas estão cansadas da política feita por políticos tradicionais.
(Victória Cócolo)
Link original da matéria:
FOLHA DE SÃO PAULO