Sua trajetória de vida é uma verdadeira ode à superação e ao talento, marcada por desafios que moldaram tanto sua arte quanto sua persona.

Grande Otelo, cujo nome de batismo era Sebastião Bernardo da Costa, nasceu em um ambiente familiar repleto de adversidades.

Filhos de uma mãe alcoólatra e tendo perdido o pai em circunstâncias violentas, sua infância não foi fácil.

No entanto, essas experiências difíceis contribuíram para formar o homem e o artista que conhecemos, cheio de humor, carisma e uma sensibilidade poética que permeou sua carreira.

Ele se destacou no cenário artístico brasileiro ao romper barreiras sociais e raciais.

Em uma época marcada por preconceitos, Grande Otelo brilhou nas telas e palcos, mostrando que o talento não tem cor nem classe.

Sua genialidade o tornou uma figura icônica no cinema nacional, especialmente em sua parceria com o também grande Oscarito.

Juntos, eles encantaram gerações com suas comédias que mesclavam humor e crítica social, ressoando profundamente na cultura popular.

A falta que Grande Otelo faz na cultura atual é indiscutível.
Em tempos em que buscamos representatividade e diversidade nas artes, sua ausência é sentida por todos que apreciam a riqueza da cultura brasileira.

A leveza de seu humor, a profundidade de suas interpretações e seu carisma inigualável são exemplos do que significa ser um verdadeiro artista.

Ele não apenas fez rir, mas também fez refletir, sempre utilizando o talento como uma ferramenta de transformação social.

Celebrar o nascimento de Grande Otelo é mais do que recordar um grande artista; é também um convite para que novas gerações de artistas sigam seu exemplo.

É essencial que continuemos a lutar contra o preconceito e a promover a inclusão na cultura.

Representatividade importa, e o legado de Grande Otelo deve nos inspirar a criar um ambiente artístico mais acolhedor e justo.

Neste 18 de outubro, vamos celebrar não apenas a vida de Grande Otelo, mas também os valores que ele representou: coragem, talento e a resistência contra as injustiças.

Que seu espírito continue a brilhar nas artes brasileiras, encorajando todos nós a seguir os passos de um verdadeiro gigante.

Grande Otelo seria homenageado no Festival dos Três Continentes; mas ator morreu de infarto aos 78 anos em 26 de novembro de 1993

Viva Grande Otelo!

Por: Gildo Ribeiro