Economia e morte
Morte de CEO: o que já se sabe sobre o crime na frente de hotel em Nova York
Investigações iniciais indicam que o assassinato do presidente da UnitedHealthcare, Brian Thompson, foi executado por alguém que tem ‘proficiência’ no manejo de armas
NOVA YORK – Para a polícia de Nova York, não há dúvida de que o assassinato do CEO da UnitedHealthcare, Brian Thompson, à luz do dia e nas imediações de um hotel famoso de uma movimentada rua de Manhattan, foi a execução de um alvo em um crime planejado.
Mas os investigadores, nesta noite de quarta-feira, 4, ainda tentavam descobrir a motivação para o homicídio ocorrido ao amanhecer.
Uma pista surgiu em declarações da viúva a uma emissora de TV. Leia a seguir o que se sabe até agora e como a polícia, com a ajuda de imagens, depoimentos e outras pistas, está tentando esclarecer o caso e chegar até o assassino.
Ameaças
A viúva, Paulette Thompson, disse à NBC News que o marido tinha lhe dito que “havia algumas pessoas que o estavam ameaçando”.
Ela disse que não tinha detalhes, mas sugeriu que as ameaças podem ter envolvido problemas com a cobertura de seguro de saúde vendido pela empresa.
Porém, Eric Werner, o chefe de polícia no subúrbio de Minneapolis onde Thompson morava, disse que seu departamento não recebeu nenhum relato de ameaças contra o executivo.
O assassinato
O executivo estava a caminho de um evento, a reunião anual com investidores, no New York Hilton Midtown. Vindo de um hotel próximo, passou pelo atirador, que o esperava havia alguns minutos. Imagem de vídeo de câmera de segurança obtida pelos investigadores mostra o atirador surgindo de trás de um carro estacionado, parando e apontando uma arma para as costas de Thompson, segurando-a com as duas mãos e atirando várias vezes, interrompido por um breve emperramento da arma, enquanto Thompson tropeça para frente e cai na calçada.
A fuga
O atirador, vestido com um moletom com capuz e carregando uma mochila cinza, passou pelo executivo, caído, fugiu a pé por um beco e em seguida pegou uma bicicleta elétrica na direção do Central Park, localizado a cinco quarteirões do Hilton.
Pistas
Os investigadores recuperaram vários cartuchos de 9 mm do lado de fora do hotel e um celular no beco por onde o atirador fugiu. A e-bike que o atirador usou para ir ao Central Park veio do programa de compartilhamento de bicicletas da cidade, CitiBike, operado pela empresa Lyft.
Investigações
A operação para tentar localizar o atirador incluiu drones, helicópteros e cães. Em busca de pistas, os policiais revistaram o quarto de hotel do executivo assassinado, entrevistaram seus colegas da UnitedHealthcare e revisaram suas redes sociais.
O perfil
Ao assistir ao vídeo, o chefe de detetives da polícia de Nova York, Joseph Kenny, concluiu que o atirador é “proficiente” no uso de armas de fogo, “pois conseguiu resolver os problemas de funcionamento muito rapidamente”.
Por Redação ESTADÃO