Vander Lúcio comenta no 7Minutos
Tempos difíceis…
Os crimes de homicídio são imprevisíveis. Ninguém sabe quando vai irromper uma discussão, uma briga de bar, ou um desentendimento familiar.

Depois de um período de calmaria nos crimes de morte em Anápolis, a população voltou a se assustar com o aumento de ocorrências, a ponto de serem tomadas providências administrativas para se colocar um freio no recrudescimento do fenômeno.
Tanto é assim que foi trocado o comando da Polícia Militar e registrado o reforço de agentes e equipamentos, inclusive helicóptero para policiamento aéreo, a fim de se oferecer à sociedade, pelo menos, uma sensação de segurança.
Os anapolinos estavam meio que desacostumados com a alta taxa de assassinatos, muitos em via pública, à luz do dia e de forma assustadora.
Os crimes de homicídio são imprevisíveis.
Ninguém sabe quando vai irromper uma discussão, uma briga de bar, ou um desentendimento familiar.
E, é, de fato, em episódios assim que surgem os conflitos mortais.
É justo, contudo, afirmar que as polícias têm um papel importante na elucidação dos casos de assassinato na cidade.
A porcentagem é animadora e, nos últimos tempos, homicídios em Anápolis raramente se tornam insolúveis. Isso é resultado de planejamento e capacidade operacional.
Mesmo assim, o desconforto é latente e as formas dos crimes têm se diversificado.
O emprego de armas brancas (facas, canivetes e facões) está mais presente.
Mas, este tem sido o retrato do que passa a sociedade anapolina, não diferente do que ocorre no restante do País.
Voltamos a figurar nas avaliações do que se convencionou chamar de violência urbana.
Trata-se de um termo que se refere a atos de brutalidade que ocorrem em áreas urbanas, em cidades de todos os portes.
Esse tipo de violência pode incluir crimes como assaltos, homicídios, tráfico de drogas, vandalismo, e conflitos armados entre gangues.
A violência urbana é um dos maiores desafios enfrentados pelo Brasil.
Com uma combinação complexa de fatores sociais, econômicos e culturais, ela, em áreas habitadas, se manifesta de várias formas e impactam, profundamente, a sociedade brasileira.
Os estudos científicos que procuram decifrar o enigma da violência urbana são inconclusos.
Não existe uma causa, existem várias causas.
Estas passam pelo viés do narcotráfico, pelo desemprego, pelo processo cultural, pela falta de estrutura familiar e pela índole dos agentes criminosos.
A multiplicidade de fatores determinantes impede o encontro de soluções mais simples.
É que os crimes de morte, em sua maioria, são antecedidos do chamado fator surpresa, ou seja, podem acontecer em qualquer hora, em qualquer lugar pelos motivos mais diversos.
Em assim sendo, há de prevalecer a prudência e os cuidados naturais.
É a vida. Depois da consumação do ato, não há o que se fazer.
Por Vander Lúcio Barbosa
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