Dani Brandi:
A voz que guiou um país e a mulher que venceu pelo trabalho
Dani Brandi já habitava o cotidiano de milhões, discretamente, conduzindo o país com suas palavras.
Poucos brasileiros sabem o nome, mas milhões já ouviram a voz.
A cada “vire à direita”, “siga em frente” ou “recalculando rota”, lá estava ela — presente nos carros, nas cancelas de shoppings, em elevadores e aplicativos de GPS.
Antes de se tornar um rosto conhecido da TV, Dani Brandi já habitava o cotidiano de milhões, discretamente, conduzindo o país com suas palavras.
🎙 Você já ouviu essa voz milhares de vezes… mas nunca soube quem é! Ela é Dani Brandi — a mulher da voz do GPS. pic.twitter.com/Gse2pARyAz
— 7Minutos Notícias (@7minutos_news) October 19, 2025
O que pouca gente imagina é a história por trás dessa voz.
Antes de se tornar jornalista, apresentadora e referência no jornalismo policial, Dani foi faxineira, atendente de padaria e mãe solo em busca de uma chance.
A coragem veio antes da oportunidade, e o trabalho veio antes do reconhecimento.
Da faxina aos microfones
Paulistana, nascida em 22 de fevereiro de 1984, Dani Brandi iniciou a vida profissional bem longe dos estúdios.
Foi na faxina que registrou sua primeira carteira de trabalho.
Em seguida, encarou jornadas em padarias e no setor de telefonia.
Foi nesse período que descobriu uma força que nem ela mesma sabia que tinha — e uma voz que chamaria a atenção de todo o país.
Determinada, decidiu estudar e se formou em publicidade.
Mas o verdadeiro sonho ainda estava guardado: o jornalismo.
Quando conseguiu migrar para a comunicação, já trazia consigo disciplina, humildade e uma noção muito concreta da palavra “superação”.
Antes da TV, brilhou no rádio, com passagens por emissoras como Antena 1, NovaBrasil FM e Rádio Disney.
Nessa fase, surgiram os convites para gravações de voz — e foi assim que se tornou, sem alarde, a mulher que guia o trânsito brasileiro pelos caminhos da tecnologia.
Durante anos, um contrato a impediu de revelar que era ela a voz por trás das rotas dos aplicativos.
Quando, enfim, pôde contar, em 2024, o Brasil descobriu que aquela voz firme e acolhedora vinha de uma mulher que mudava a própria rota desde a adolescência.
A virada na televisão
Em 2020, Dani chegou ao SBT como repórter.
O talento rapidamente chamou atenção e, em pouco tempo, assumiu quadros no Primeiro Impacto e no Direto da Redação.
A virada histórica veio ao comandar o telejornal policial Tá na Hora, tornando-se a primeira mulher a assumir, sozinha, esse formato na TV aberta brasileira — um território tradicionalmente masculino.
Sem caricaturas nem apelos fáceis, trouxe ao gênero uma assinatura própria: firmeza com empatia, denúncia com responsabilidade e sensibilidade sem fragilidade.
Mais tarde, assumiu também a bancada do Aqui Agora, ao lado de nomes de peso do jornalismo popular.
Hoje, divide a apresentação entre o Aqui Agora e o telejornal Alô Você, com Luiz Bacci, ocupando um espaço que poucas mulheres conseguiram conquistar — e nenhum percurso foi dado, todos foram vencidos.
A jornalista que o Brasil já conhecia sem saber
A mesma voz que avisava sobre o trânsito, abria cancelas e guiava aplicativos, hoje anuncia manchetes, cobra autoridades e entrega informação em rede nacional.
Mas é a história — e não apenas a carreira — que faz de Dani Brandi um nome singular.
De mãe solo a apresentadora de telejornal.
De faxineira a referência.
De voz anônima a rosto diário na TV.
Sua caminhada reúne três elementos raros: trabalho incansável, autenticidade e coragem de ocupar espaços onde antes não havia mulheres como ela.
Sem autopromoção e sem atalhos, colocou o país em movimento — primeiro pela voz, agora pela presença.
E talvez ainda haja quem não saiba seu nome.
Mas poucos brasileiros nunca foram guiados por ela.
Por Gildo Ribeiro
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