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ex da inteligência venezuelana

“El Pollo” Carvajal, revela como o chavismo financiou líderes e partidos estrangeiros.

Ele também reconheceu ter colaborado com guerrilheiros colombianos e participado do envio de toneladas de cocaína para a América do Norte.

Hugo Armando Carvajal, conhecido como “El Pollo”, ex-chefe da inteligência do regime chavista, tornou-se uma figura-chave para o sistema judiciário dos EUA após sua extradição em 2023 e sua decisão de cooperar com as autoridades.

Sua cooperação pode permitir uma redução significativa de sua pena por acusações relacionadas ao tráfico de drogas e ao narcoterrorismo.

Em 25 de junho, Carvajal se declarou culpado no Tribunal Distrital do Sul de Nova York por quatro acusações de tráfico de drogas, admitindo sua participação no Cartel dos Sóis, considerado uma organização terrorista pelos Estados Unidos.

Ele também reconheceu ter colaborado com guerrilheiros colombianos e participado do envio de toneladas de cocaína para a América do Norte.

Após sua declaração de culpa, o tribunal autorizou uma audiência adicional na qual Carvajal poderá fornecer informações sobre as redes internacionais do chavismo em troca de uma possível redução de sua pena, que poderia ter chegado a vinte anos de prisão.

A queda de Carvajal foi amplamente divulgada e prolongada.

Após sua prisão em Madri, em 2021, e um período na prisão de Estremera, ele compareceu perante os tribunais espanhóis, onde detalhou o financiamento internacional do chavismo.

Segundo documentos obtidos pelo THE OBJECTIVE, Carvajal descreveu a estatal petrolífera PDVSA como o principal instrumento financeiro utilizado para enviar fundos a campanhas políticas, veículos de comunicação afiliados e projetos ideológicos fora da Venezuela.

Em sua declaração, ele listou líderes e partidos que, segundo ele, receberam recursos do chavismo:

  • Lula da Silva (Brasil),
  • Néstor Kirchner (Argentina),
  • Evo Morales (Bolívia),
  • Fernando Lugo (Paraguai),
  • Ollanta Humala (Peru),
  • Manuel Zelaya (Honduras),
  • Gustavo Petro (Colômbia),
  • Podemos (Espanha) e o
  • Movimento Cinco Estrelas (Itália).

Carvajal afirmou que essa prática permaneceu ativa sob o governo de Nicolás Maduro, que continuou a estratégia como parte da política externa venezuelana.

Um dos casos mais notórios envolveu o Movimento Cinco Estrelas (M5S) na Itália.

Segundo Carvajal, o regime transferiu € 3,5 milhões em dinheiro vivo para Gianroberto Casaleggio, o ideólogo do movimento, utilizando a mala diplomática, uma operação supervisionada por Tareck El Aissami e aprovada por Maduro.

Carvajal indicou que o mesmo método foi usado para enviar dinheiro ao Podemos e aos Kirchner.

Após sua extradição e confissão de culpa, Carvajal intensificou sua cooperação com as autoridades americanas, fornecendo documentos inéditos que podem ser cruciais para as investigações sobre o financiamento internacional do chavismo.

Sua cooperação não só tem implicações legais, como também revela a dimensão das operações do regime venezuelano para influenciar a política de outros países por meio de recursos ilícitos e estratégias secretas.

Fonte: Infobae

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CubitaNOW Cuba

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O ex-general venezuelano Hugo Armando Carvajal, que foi chefe da contrainteligência de Hugo Chávez e Nicolás Maduro, em 2019. EFE/ Víctor Lerena
Ex-líder do Podemos Pablo Iglesias. POLÍTICA Diego Radamés – Europa Press
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro
O ditador venezuelano Nicolás Maduro (à esquerda) e a ex-presidente argentina Cristina Fernández de Kirchner.

 

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  • Gildo Ribeiro

    Gildo Ribeiro é editor do Grupo 7 de Comunicação, liderado pelo Portal 7 Minutos, uma plataforma de notícias online.

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