Alternativa frustrada
Câmara Municipal é obrigada a acelerar busca por novo espaço para funcionar
Vistoria do Corpo de Bombeiros recomenda interdição de parte do Palácio Santana, onde funcionam vários gabinetes
A Câmara Municipal terá que encontrar uma solução mais rápida sobre para onde levar a sua estrutura física.
O fato novo, da novela que já dura mais de três anos, desde a interdição da obra que deveria abrigar a nova sede do Poder Legislativo, é que após uma vistoria nas atuais instalações, sobretudo, no Palácio Santana, o Corpo de Bombeiros recomendou uma interdição parcial do local.
O Presidente da Câmara Municipal, vereador Leandro Ribeiro, confirmou que, de fato, houve a inspeção do Corpo de Bombeiros.
Nesta vistoria, foram apontadas várias exigências para a adequação do prédio do Palácio Santana, que é uma construção bastante antiga (1.973) e que teve parte demolida quando da execução das obras daquele que seria o novo prédio da Casa de Leis.
Leandro Ribeiro considera difícil atender tais exigências, devido às instalações precárias do prédio, principalmente, após a demolição de parte do mesmo.
E, na sua avaliação, não haveria como fazer uma interdição parcial e permanecer com parte funcionando.
Para agravar a situação, na última terça-feira, 26/11, um forte temporal derrubou o telhado do prédio colado ao anexo onde funciona o Plenário “Teotônio Vilela”, local onde as sessões e eventos do Legislativo são realizados, geralmente, abertos à participação da coletividade.
Segundo o Presidente, o telhado do plenário só não desabou porque na reforma do prédio para abrigar o plenário, as telhas francesas foram substituídas por telhas de cimento/amianto.
Porém, observa Leandro Ribeiro, é uma situação que causa temor e, dessa forma, não há mais como postergar a mudança do espaço físico.
“Não dá tempo mais de esperar. Agora temos de mudar”, ressaltou.
Alternativas
Leandro Ribeiro convocou uma reunião com todos os vereadores para a próxima terça-feira (26), quando a situação será avaliada.
Conforme disse, alguns prédios já estão sendo visitados para que sejam observadas as condições de abrigar toda a estrutura do Legislativo Municipal.
“Nós queremos mudar com tudo. Não adianta irmos para algum lugar e ficar uma parte”, ponderou.
Chegou a ser ventilado que uma das alternativas seria o prédio onde funcionou o Supermercado Bretas, próximo ao setor Anápolis City.
O Presidente da Câmara Municipal, no entanto, adiantou que é muito difícil essa alternativa, uma vez que o referido prédio foi alugado a um grupo chinês há cerca de dois anos e, de lá para cá, não sinalizou qual será a utilização.
No caso, teria que se fazer uma rescisão contratual para que o prédio pudesse ser locado.
“É muito difícil”, assinalou Leandro Ribeiro.
Obra retomada
Em relação ao prédio que está sendo construído ao lado do Palácio Santana, na Praça 31 de Julho, o Presidente Leandro Ribeiro destacou que essa alternativa já foi descartada.
Mas, ele informou que, em conversa com o Prefeito Roberto Naves, o mesmo teria dito que há a intenção de que a obra seja retomada e, neste caso, a estrutura do Palácio Santana, teria de ser desocupada. Mais um motivo para reforçar a necessidade de mudança.
A Prefeitura ainda não confirmou oficialmente a retomada das obras do prédio da Praça 31 de Julho.
Um estudo técnico deve ser feito para apontar a viabilidade de aproveitamento total ou integral da referida obra, paralisada após a descoberta de sucessivos e grosseiros erros de projetos de engenharia e arquitetura.
Tantos que virou notícia em todo o País, trazendo uma imagem negativa para o País.
Alternativa frustrada
Este ano, foi realizada uma tentativa de resolver, em definitivo, o problema.
Mas, a tentativa não avançou, de acordo com o próprio Presidente do Legislativo, por “interferências políticas”.
A proposta era abrir uma licitação para escolher uma empresa que construiria um prédio e o locaria à Câmara Municipal por um período de 20 ou 30 anos.
Um modelo de Parceria Público Privada (PPP), nos moldes do que foi feito com sucesso pelo Ministério Público de Anápolis, que já está instalado em um novo prédio no Setor Jamil Miguel.
A licitação foi feita, uma empresa apenas se habilitou e venceu o certame, mas desistiu logo em seguida, com os rumores de que a próxima Mesa Diretora poderia não aceitar o modelo.
Esse fato gerou insegurança em relação ao projeto que acabou, portanto, sendo sepultado de vez.
De Claudius Brito
Vistoria do Corpo de Bombeiros recomenda interdição de parte do Palácio Santana, onde funcionam vários gabinetes . Foto: JCPotenciando[/caption]



