"Unidos por Gouvelândia"
Mais da metade dos vereadores Gouvelândia têm mandatos cassados pela Justiça Eleitoral
Dos nove vereadores que compõem a Câmara Municipal de Gouvelândia, cinco tiveram os mandatos cassados recentemente pela Tribunal Regional Eleitoral de Goiás, incluindo o presidente da Casa.
De acordo com investigação do MP Eleitoral, a coligação “Unidos por Gouvelândia” teria simulado o cumprimento da regra que estabelece 30% de candidaturas femininas. Quatro de cinco candidatas não receberam um único voto
Dos nove vereadores que compõem a Câmara Municipal de Gouvelândia, cinco tiveram os mandatos cassados recentemente pela Tribunal Regional Eleitoral de Goiás, incluindo o presidente da Casa. A decisão da Corte aceitou recomendação do Ministério Público decorrente de uma investigação por fraude na última eleição municipal.
Os cassados são o presidente da Casa, Roneide Alves de Assis, José Aldo Moreira, Camilo Sarkis Martins, Orozimbo Lemes do Prado, todos do MDB, além de João Batista Silveira dos Santos do PDT.
O presidente do Legislativo, Roneide Alves de Assis, e o vereador José Aldo Moreira disseram que não foram notificados, mas que devem recorrer da decisão. Os vereadores Camilo Sarkis Martins e Orozimbo Lemes do Prado preferiram não se manifestar. O parlamentar João Batista Silveira dos Santos não atendeu as ligações.
Recontagem de votos
O MP diz ainda que os suplentes também foram cassados por participarem da mesma coligação. O Cartório Eleitoral de Quirinópolis, responsável por Gouvelândia, vai refazer a recontagem dos votos para definir os novos substitutos. O trabalho deve acontecer nesta semana.
O chefe do Cartório Eleitoral de Quirinópolis, Leonine Monteiro, esclarece que será feita uma audiência para esse processamento dos votos do município. “Os nomes que irão surgir como eleitos serão repassados à Câmara Municipal para tomarem posse”. Monteiro descarta a possiblidade de nova eleição.
Investigação
De acordo com a investigação do Ministério Público Eleitoral, a coligação “Unidos por Gouvelândia” teria simulado o cumprimento da regra que estabelece destinar 30% das vagas para candidaturas femininas, na eleição municipal de 2016.
A coligação registrou cinco candidatas para disputar a eleição, mas quatro delas são parentes de vereadores eleitos, de acordo com o Ministério Público.
As candidatas não receberam um único voto e o órgão aponta que deixaram de declarar os gastos à Justiça e realizar campanha eleitoral. A manobra permitiu, segundo a investigação, a inscrição de 11 candidatos do gênero masculino.
Por Rafael Oliveira, G1 GO
De acordo com investigação do MP Eleitoral, a coligação "Unidos por Gouvelândia" teria simulado o cumprimento da regra que estabelece 30% de candidaturas femininas. Quatro de cinco candidatas não receberam um único voto[/caption]
