Bem estar
Sinais de que você passou dos limites ao ajudar financeiramente os filhos
Por acaso teve que refazer o orçamento e começar a se privar de coisas para atender às demandas da prole?
Você teve boas oportunidades e foi diligente, conseguindo juntar dinheiro para ter uma reserva financeira razoável para complementar a aposentadoria.
No entanto, seus filhos ainda lutam com enorme dificuldade para equilibrar o orçamento.
Impossível ignorar suas necessidades, mas como saber quando se passou dos limites e a ajuda não só compromete seu futuro como também está envenenando o relacionamento familiar?
O site “SixtyandMe” publicou artigo afirmando que, mesmo nos Estados Unidos, onde a economia vem crescendo ininterruptamente há anos, 23% dos millenials (a geração que nasceu entre 1980 e 2000) ainda moram com os pais.
Um estudo da Merrill Lynch mostrou que 58% dos jovens entre 18 e 34 anos não teriam como bancar seu estilo de vida sem a ajuda dos pais.
Aqui a situação é ainda mais desafiadora e pode ganhar contornos dramáticos se o patrimônio for dilapidado.
Há alguns indicadores que dão o alerta sobre a gravidade da situação.
O primeiro deles é, claro, seu próprio bolso: você teve que refazer seu orçamento e começar a se privar de coisas para atender às demandas dos filhos?
Como pais, nossa tendência é encontrar justificativas:
“ele não consegue encontrar um emprego”; “ela precisa de um carro para trabalhar”.
O problema é que o passo seguinte é provavelmente lançar mão das reservas, se descapitalizando.
Lá na frente, quem cuidará de você?
Mais um sinal de que as relações familiares estão sob estresse: todas as conversas com seus filhos adultos giram sobre o tema dinheiro.
Os telefonemas são basicamente para pedir grana, os encontros são pontuados por lamúrias – ou povoados por planos mirabolantes – que descambam em pedidos de ajuda.
A sensação que se tem é de que eles estão cada mais dependentes, o que nos leva a outro “sintoma” que chama a atenção: sua ajuda não somente é esperada, como praticamente exigida!
A tensão já pode estar provocando em você pensamentos sombrios sobre o que será desses jovens adultos, o que não é nada bom para a saúde.
Não se culpe achando que errou feio na educação dos filhos.
Com certeza você se esforçou para ser o melhor pai, a melhor mãe durante esses anos.
E errou, claro, como todo ser humano, mas merece o amor e o respeito deles.
Não existe uma receita mágica, nem se trata de suspender toda e qualquer ajuda, mas é preciso encontrar uma solução negociada que não ponha em risco toda a família.
Se houver possibilidade, um terapeuta pode servir como mediador sobre expectativas e limites a serem acordados.
Por Mariza Tavares




