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By CNNB Tecnologia e Deutsche Welle

Twitter remove contas vinculadas a Pequim com mensagens falsas sobre Covid-19

O Twitter informou nesta quinta-feira (11) que está removendo centenas de milhares de contas vinculadas a uma operação apoiada por Pequim, que espalhou enganosamente mensagens favoráveis ao governo chinês, inclusive sobre o coronavírus.

A empresa de mídia social suspendeu uma rede principal de 23.750 contas altamente ativas, além de uma rede maior de cerca de 150.000 contas “amplificadoras”, que foram usadas para impulsionar o conteúdo das contas principais.

O Twitter, juntamente com pesquisadores que analisaram as contas, disse que a rede não ganhou muita força e, em vez disso, criou uma câmara de eco de contas falsas.

A empresa afirmou que a rede tinha ligações com uma operação anterior apoiada pelo Estado chinês desmontada no ano passado por Twitter, Facebook e YouTube, que vinha impulsionando narrativas enganosas sobre a dinâmica política em Hong Kong.

A nova operação se concentrou fortemente em protestos em Hong Kong, mas também promoveu mensagens sobre a pandemia de coronavírus, o bilionário chinês exilado Guo Wengui e Taiwan, disseram os pesquisadores.

De acordo com Renée DiResta, gerente de pesquisa do Observatório da Internet de Stanford, a atividade da rede em torno do coronavírus aumentou no final de janeiro e elogiava amplamente a resposta da China ao vírus, enquanto também usava a pandemia para antagonizar com os Estados Unidos e ativistas em Hong Kong.

By Katie Paul, Reuters

https://www.cnnbrasil.com.br/tecnologia/2020/06/11/twitter-remove-contas-vinculadas-a-pequim-com-mensagens-falsas-sobre-covid-19

Atualização DW

Twitter bane mais de 170 mil perfis ligados ao governo da China

Segundo rede social, perfis disseminavam informações falsas para difamar movimento pró-democracia em Hong Kong e espalhar críticas aos EUA e Taiwan. Contas também publicavam notícias falsas sobre pandemia de covid-19.

O Twitter informou nesta sexta-feira (12/06) que cancelou mais de 170 mil perfis ligados ao governo da China que propagavam campanhas de desinformação que tinham como alvo o movimento pró-democracia em Hong Kong, além de disseminar propagandas antiamericanas.

Após uma análise realizada juntamente com grupos de pesquisadores, o Twitter disse que desmantelou redes associadas ao governo chinês administradas por um núcleo bastante ativo de 23.750 contas, além de outros 150 mil perfis que funcionavam como “amplificadores” desse conteúdo.

“Eles tuitavam predominantemente no idioma chinês e disseminavam narrativas geopolíticas favoráveis ao Partido Comunista da China, ao mesmo tempo em que empurravam narrativas sobre a dinâmica política em Hong Kong”,

afirmou a rede social em sua análise.

O Twitter foi banido na China, assim como as plataformas Youtube, Google, Instagram e Facebook, com a imposição do chamado “Grande Firewall”, que restringe o acesso a sites de notícias e de informação de fora do país. Mesmo assim, diplomatas chineses e a imprensa estatal do país costumam recorrer a esses meios para difundir a narrativa de Pequim.

Além de disseminar a narrativa chinesa sobre os protestos em Hong Kong, os tuítes chineses também espalhavam informações falsas sobre a pandemia de covid-19 e críticas ao governo de Taiwan. Analistas e alguns governos ocidentais já vinham alertando sobre as suspeitas de que a China manipula perfis e contas controladas pelo Estado, disfarçados de usuários normais, para disseminar os pontos de vista do governo e espalhar desinformação.

Um analista do Instituto Australiano de Políticas Estratégicas (Aspi), que estudou os dados antes do anúncio feito pelo Twitter, disse que os perfis chineses lançavam críticas à reação do governo americano aos protestos antirracistas no país, no intuito de

“criar uma percepção de equivalência moral com a supressão dos protestos em Hong Kong”.

“Nossa análise mostra que, ao mesmo tempo em que não permite que os cidadãos utilizem o Twitter, o Partido Comunista chinês gosta de utilizá-lo para disseminar propaganda e desinformação internacionalmente”, disse Fergus Hanson, diretor do Aspi.

O especialista observou também que as postagens da rede chinesa eram feitas, na maioria das vezes, durante o horário de expediente no país e nos dias úteis. Esse padrão, segundo Hanson,

“demonstra claramente a não autenticidade e a coordenação” da divulgação de informações falsas.

O anúncio do Twitter veio no mesmo dia que o aplicativo Zoom, de conversas em grupo, acatou exigências impostas pelo governo chinês e fechou contas de ativistas pró-democracia dos Estados Unidos e de Hong Kong.

A plataforma, que ganhou milhões de novos usuários durante a pandemia do novo coronavírus, foi utilizada para relembrar o massacre promovido pelo regime na Praça da Paz Celestial, em Pequim.

RC/rtr/afp

A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas.

Link original da matéria:
https://www.dw.com/pt-br/twitter-bane-mais-de-170-mil-perfis-ligados-ao-governo-da-china/a-53787774

[caption id="attachment_82823" align="alignnone" width="1024"] Twitter bane mais de 170 mil perfis ligados ao governo da China. @ Reuters/ D.Ruvic[/caption]
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  • Gildo Ribeiro

    Gildo Ribeiro é editor do Grupo 7 de Comunicação, liderado pelo Portal 7 Minutos, uma plataforma de notícias online.

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