Esporte : Luta

Mulheres no Krav Maga:

Como é possível prevenir e combater a violência

Em plena pandemia, são registrados aumentos constantes de casos de violência contra a mulher em todo o país. A Federação Sul Americana de Krav Maga explica como é possível mudar esse quadro

Os casos de feminicídio registrados entre março e abril de 2020 aumentaram em 22,2% em relação ao mesmo período de 2019 (de 117 para 143), segundo o estudo “Violência Doméstica durante a pandemia de Covid-19”, realizado a pedido do Banco Mundial, pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública junto aos órgãos de segurança de 12 estados do país. O estudo também mostra que, durante a pandemia de Covid-19, também houve queda nos registros de boletins de ocorrência no mesmo período, o que reforça a dificuldade das mulheres denunciarem a violência praticada por seus parceiros.

Segundo explica Vanessa Gouveia, Instrutora que atua em São Paulo, Jundiaí e Mogi das Cruzes, habilitada pela Federação Sul Americana de Krav Maga, a violência contra a mulher encontra espaço no medo. “Qualquer mulher se torna capaz de se prevenir contra a violência, quando muda a forma com que lida com o medo e com sua autoestima”, afirma a instrutora.

Vanessa explica que o medo tem o lado bom, que nos deixa alertas e nos protege, e tem o lado ruim, que nos paralisa diante de uma determinada situação. “O treinamento de Krav Maga, que é uma modalidade de defesa e não um esporte, dá à mulher a condição psicológica e física para que ela vença o medo e seja ativa no combate à violência, nem que seja por meio da denuncia”.

O Krav Maga foi desenvolvido em Israel, na década de 40, por Imi Lichtenfeld, para que todas as pessoas pudessem se defender de pessoas mais fortes, maiores, armadas ou não. Ou seja, á técnica do Krav Maga iguala grandes e pequenos, fortes e fracos.

Hoje, 30% dos praticantes da Federação sul Americana de Krav Maga são mulheres. Por meio dos treinos, elas aprendem a superar obstáculos físicos e mentais, adquirem coragem e confiança em si mesmas, equilíbrio emocional, mudam a postura frente a si próprias e ao seu oponente. O resultado é que, além de mais atentas nas ruas, elas conseguem controlar a reação no momento de uma violência e decidir como agir com segurança. “Quando falamos em reagir, estamos falando em denunciar, em sair de casa, em procurar ajuda e, até mesmo, em se defender fisicamente, quando ela está preparada para isso”, afirma Vanessa.

A instrutora reforça que, com a crescente demanda por defesa pessoal, é imprescindível que os praticantes procurem profissionais habilitados para praticar. “Estamos falando da vida das pessoas. Dessa forma, é preciso entender que não existe uma fórmula mágica. Somente o treinamento adequado é que vai preparar a sua mente e o seu corpo para defender sua integridade e da sua família”, completa.

A Federação Sul Americana de Krav Maga é a única representante oficial da modalidade no Brasil, com representação também no México, Argentina, Canadá e Portugal, além de ser a detentora da marca Krav Maga no Brasil.

O presidente da Federação é o introdutor do Krav Maga na América Latina, Grão Mestre Kobi Lichtenstein (faixa-preta – 8º Dan), aluno direto do criador do Krav Maga Imi Lichtenfeld, em Israel.

Em 2020, Grão Mestre Kobi comemora 30 anos de Krav Maga na América Latina, mantendo a modalidade, seu ensino e sua prática exatamente como foi criada por Imi.

Para conhecer mais acesse: www.kravmaga.com.br

Facebook: @mestrekobikravmaga

Instagram: @kravmaga_mestrekobi

Twitter: @KravMagaKobi

Youtube: Krav Maga das Américas

Segundo explica Vanessa Gouveia, Instrutora que atua em São Paulo, Jundiaí e Mogi das Cruzes, habilitada pela Federação Sul Americana de Krav Maga, Reprodução
Por meio dos treinos, elas aprendem a superar obstáculos físicos e mentais, adquirem coragem e confiança em si mesmas, equilíbrio emocional, mudam a postura frente a si próprias e ao seu oponente.
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  • Gildo Ribeiro

    Gildo Ribeiro é editor do Grupo 7 de Comunicação, liderado pelo Portal 7 Minutos, uma plataforma de notícias online.

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