feita por vizinhos em Anápolis
Pais são presos suspeitos de maus-tratos contra 5 filhos após denúncia
Segundo o Conselho Tutelar, as crianças têm idades entre 4 e 10 anos e ficaram sob a guarda da avó materna após serem resgatadas da própria casa.
Cinco crianças que seriam vítimas de maus-tratos pelos próprios pais foram resgatadas pelo Conselho Tutelar, na quinta-feira (16), depois que vizinhos ouviram os gritos e denunciaram à polícia os episódios de violência no bairro Copacabana, em Anápolis, a 55 km de Goiânia.
‘Os pais foram presos, de acordo com o órgão, e os quatro meninos e uma menina, com idades entre 4 e 10 anos, ficaram sob a guarda da avó materna.
Os nomes dos pais não foram revelados. Portanto, o G1 não conseguiu localizar a defesa deles para se manifestarem sobre as prisões.
“Umas das crianças mais velhas foi espancada pelo próprio pai, conivente com a mãe. Foram chutes, mangueiras e golpes com varas”, explica a conselheira tutelar Márgila Almeida.
Os conselheiros descobriram que esta não foi a primeira vez que os pais agrediram os filhos. Segundo relato das crianças, as agressões são constantes e diárias. “Uma criança nos relatou que a mãe sempre pede para eles fazerem o trabalho doméstico e quando eles não conseguem realizar, apanham também”, ressalta Almeida.
Registros de agressões crescem durante a pandemia
Um levantamento elaborado pelo conselho tutelar de Anápolis revela que as ocorrências por maus-tratos aumentaram 20% no último trimestre em todo o município, como explica Márgila Almeida.
Já a Secretaria Nacional de Defesa da Criança e do Adolescente registrou queda em outro índice, nas denúncias feitas pelo Disque 100, que caíram 18% durante a pandemia de coronavírus. Este canal é responsável por receber queixas de violência em todo o Brasil e encaminhar os registros para os conselhos tutelares e autoridades policiais.
Para a conselheira tutelar Márgila Almeida, apesar de os dados mostrarem a redução nas denúncias, as crianças continuam sofrendo violência durante o período de isolamento social, mas sem ter para quem contar.
“Creio que esse dado diminuiu porque as crianças estão confinadas dentro de casa. Elas não estão indo para a escola nem para parques. Então muitas são agredidas por familiares sem ter alguém para contar”, esclarece a conselheira.
Por Rafael Oliveira, G1 GO
Conselho Tutelar da região oeste em Anápolis, Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera[/caption]



