Possível Vitória de Trump em 2020
Facebook e Twitter restringem matéria polêmica sobre Joe Biden
Redes sociais impuseram limite na circulação de matéria do tabloide americano New York Post com a justificativa que que havia dúvidas sobre sua veracidade
O Facebook e o Twitter impuseram na quarta-feira, 14, restrições aos links para um artigo do tabloide americano New York Post, que expõe supostas negociações corruptas do candidato democrata nas eleições de novembro, Joe Biden, e seu filho, Hunter Biden, na Ucrânia, dizendo que havia dúvidas sobre sua veracidade.
No Facebook, apareceram restrições ao link, com o aviso de que havia dúvidas sobre a validade.
“Isso faz parte do nosso processo padrão para reduzir a disseminação de informações falsas”,
justificou Andy Stone, porta-voz do Facebook.
O Twitter explicou que estava limitando a divulgação do artigo devido a dúvidas sobre “as origens do material” incluído na matéria.
O New York Post afirmou que o material da reportagem foi obtida por um computador foi deixado por Hunter Biden em uma loja de conserto de computadores no Estado de Delaware em abril de 2019.
A política do microblog proíbe
“distribuir diretamente o conteúdo obtido por meio de hacking que contém informações privadas.”
Usuários do Twitter que tentassem compartilhar o conteúdo encaravam uma mensagem, que dizia:
“Não podemos concluir esta solicitação porque este link foi identificado pelo Twitter ou por nossos parceiros como potencialmente prejudicial.”
Pessoas que retuitassem a notícia já presente na rede recebiam a mensagem que o link pode não ser seguro.
O CEO do Twitter, Jack Dorsey, lamentou a maneira como sua rede social comunicou o que estava sendo feito com o artigo.
“Nossa comunicação em relação às ações que tomamos com o artigo do @nypost não foi boa. E bloquear o compartilhamento de endereços URL via tuíte ou mensagem privada sem qualquer contexto: inaceitável”, tuitou o executivo.
Computador abandonado
O dono da loja, que não foi identificado, declarou ao jornal que, após a máquina de Hunter Biden ter sido dada como esquecida, uma cópia do disco rígido foi feita e o computador foi entregue a autoridades federais.
Ele entregou uma cópia do disco rígido a Rudy Giuliani, ex-prefeito de Nova York e advogado pessoal de Donald Trump, que o entregou ao jornal.
Embora a campanha de Biden não tenha negado a existência do computador ou a veracidade dos e-mails, Giuliani tem um histórico de espalhar desinformação sobre os Biden e a Ucrânia.
Em setembro, o Tesouro dos Estados Unidos disse que uma “fonte” com quem Giuliani se reuniu várias vezes, o político ucraniano Andrii Derkach, “é um agente russo em atividade há mais de uma década”.
O Post criticou o Facebook e o Twitter por ajudar a campanha eleitoral de Biden, dizendo que ninguém contestou a veracidade da história.
“O Facebook e o Twitter não são plataformas de mídia, são máquinas de propaganda”, escreveu em um editorial.
Reação republicana
“A censura do Twitter contra este artigo é bastante hipócrita, dada a sua disposição de permitir que os usuários compartilhem reportagens de fontes menos críticas de outros candidatos”, lamentou o senador republicano Ted Cruz em uma carta ao CEO do Twitter, Jack Dorsey.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também criticou duramente o Facebook e o Twitter pela ação.
“É terrível que o Facebook e o Twitter retiraram o artigo dos e-mails incriminatórios relacionados ao ‘Sonolento’ Joe Biden e seu filho, Hunter, no @NYPost”, postou Trump no Twitter. “É só o começo para eles. Não tem nada pior do que um político corrupto.”
Ainda na quarta-feira, durante um comício de campanha em Iowa, Trump revelou que a conta de sua assessora de imprensa, Kayleigh McEnany, foi bloqueada após compartilhar o artigo do New York Post.
“Eles fecharam sua conta só porque ela estava noticiando a verdade!”, disse o presidente.
O artigo tinha o título:
“Um e-mail incriminatório revela como Hunter Biden apresentou um empresário ucraniano ao pai vice-presidente.”
O caso reacendeu as polêmicas dos últimos dois anos envolvendo Joe Biden, que, quando era responsável pela política do governo Obama na Ucrânia, adotou medidas para ajudar seu filho e a empresa de energia ucraniana Burisma, da qual Hunter Biden era membro do conselho.
Biden rejeitou repetidamente tais alegações. “Nunca falei com meu filho sobre seus negócios no exterior”, disse categoricamente o ex-vice-presidente em setembro de 2019.
A polêmica se baseia em um e-mail de abril de 2015, no qual Vadym Pozharskyi, um conselheiro da Burisma, agradece a Hunter por convidá-lo para uma reunião em Washington com seu pai. Mas não houve indicação de quando a reunião foi agendada ou se aconteceu.
“Revisamos as programações oficiais de Joe Biden da época e nenhuma reunião, como alegado pelo New York Post, jamais ocorreu”, disse a campanha de Biden.
A campanha de Trump, que corre contra o tempo para reverter o cenário pessimista apresentado pelas pesquisas antes das eleições presidenciais de 3 de novembro, rapidamente divulgou um comunicado de campanha dizendo que os e-mails eram a prova de que Biden “mentiu para o povo americano” sobre os negócios de seu filho. /AFP
Redação, O Estado de S.Paulo
Link original da matéria:
https://internacional.estadao.com.br/noticias/geral,facebook-e-twitter-restringem-materia-polemica-sobre-joe-biden,70003476261
Continua o assunto:
Política Mundo
Jornal dos EUA publica matéria com denúncias envolvendo filho de Joe Biden
By Jovem Pan News
Nesta quarta-feira (14), o jornal norte-americano The New York Post publicou uma reportagem que faz afirmações polêmicas sobre Hunter Biden, filho do candidato democrata à presidência dos Estados Unidos, Joe Biden. Em destaque no site do veículo de comunicação, a manchete afirma:
“e-mails revelam como Hunter Biden apresentou um empresário ucraniano ao pai vice-presidente”.
O texto dá ênfase a uma troca de e-mails entre Hunter Biden e Vadym Pozharskyi, alto executivo da empresa de energia ucraniana Burisma – que em 2014 contratou Hunter com um salário de US$ 50 mil mensais, segundo o The New York Post.
No mesmo ano, Pozharskyi teria enviado uma mensagem para Hunter perguntando como ele poderia usar a sua influência a favor da companhia. Em 2015, outra mensagem comprovaria que Hunter apresentou o seu pai, que na época era vice do ex-presidente Barack Obama, ao ucraniano.
Dois meses depois desse suposto encontro, Joe Biden pressionou o então presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, a demitir o procurador-geral Vitor Shokin, sob a ameaça de reter uma garantia de empréstimo de US$ 1 bilhão.
Esses acontecimentos foram confirmados pelo próprio Joe para o Conselho de Relações Exteriores em 2018.
Na ocasião, ele afirmou que os Estados Unidos quiseram essa demissão por preocupações com a corrupção, que eram inclusive compartilhadas pela União Europeia. Vitor Shokin, por sua vez, afirmou suspeitar que a sua remoção do cargo estava relacionada com a empresa de energia Burisma e todos os membros de seu conselho executivo, incluindo Hunter Biden.
O jornal norte-americano explica que essas informações foram obtidas através de uma loja de concerto de computadores em Delaware, que recuperou os dados de um notebook deixado ali em abril de 2019.
Segundo o dono do estabelecimento, a pessoa que trouxe o MacBook Pro nunca pegou o aparelho de volta.
Ele não confirmou se o cliente em questão era de fato Hunter Biden, mas afirmou que o computador possuía um adesivo da Fundação Beau Biden, assim batizada em homenagem a um falecido filho de Joe Biden.
O dono da loja de concertos eletrônicos alertou agentes federais sobre os dados encontrados no notebook, cujo disco rígido foi apreendido pelo FBI em dezembro de 2019.
Na matéria, o The New York Post exibe fotos da intimação federal que comprovariam essa apreensão.
No entanto, o proprietário manteve consigo uma cópia do drive e a entregou ao ex-prefeito de Nova York, Rudolph Giuliani, que repassou as informações para o jornal no último domingo (11).
A denúncia da existência desse material, porém, teria vindo de Steve Bannon, antigo conselheiro do atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O The New York Post afirma que também foi encontrado um vídeo de 12 minutos em que Hunter Biden aparecendo fumando crak e fazendo sexo, além de outras imagens de sexo explícito.
Esse conteúdo não foi divulgado.
O filho do candidato à presidência dos Estados Unidos já admitiu ter problemas com dependência de drogas no passado.
Facebook e Twitter restringem divulgação da matéria
Horas após a matéria ter sido publicada pelo jornal norte-americano The New York Post, o Facebook e o Twitter restringiram a sua divulgação.
O Facebook reduziu a frequência com que a matéria aparece nos feeds e em outros locais da sua plataforma, enquanto o Twitter proibiu os seus usuários de publicar o link para a reportagem.
Através do seu perfil oficial Twitter, o porta-voz do Facebook, Andy Stone, afirmou:
“Isso faz parte do nosso procedimento padrão para reduzir a disseminação de informações incorretas. Reduzimos temporariamente a distribuição pendente de revisão do verificador de fatos”.
Já a conta oficial @TwitterSafety fez uma série de postagens explicando a decisão da empresa de bloquear a reportagem.
O Twitter alega que o artigo do The New York Post exibe informações pessoais privadas, como endereços de e-mail e números de telefone, o que viola as regras da rede social.
Além disso, os posts explicam que o uso do Twitter para distribuição de conteúdo obtido sem autorização também é proibido pelo regulamento.
Mais denúncias
Nesta quinta-feira (15), o The New York Post publicou uma nova reportagem com denúncias envolvendo Hunter Biden.
Dessa vez, o jornal norte-americano afirmou que o filho do candidato democrata à presidência dos Estados Unidos buscou fazer negócios com a maior empresa privada de energia da China, a CEFC China Energy, dizendo que isso seria “interessante para ele e sua família”.
O e-mail que denúncia esses fatos teria sido enviado em 13 de maio de 2017.
Em outra mensagem, de 2 de agosto de 2017, ficaria comprovado que Hunter fechou um acordo com o presidente da empresa por metade de uma holding, que forneceria a ele US$ 10 milhões ao ano “apenas pelas apresentações”.
Essas informações teriam sido obtidas pelo jornal norte-americano da mesma forma que as anteriores, envolvendo a empresa de energia ucraniana Burisma.
Até o momento, o Facebook e o Twitter ainda não restringiram a publicação da nova reportagem.
Não se sabe se o The New York Post pretende continuar publicando denúncias sobre Hunter Biden nos próximos dias e tampouco como isso impactará as eleições de novembro.
No momento, Joe Biden está liderando as pesquisas eleitorais à frente do republicano Donald Trump, sendo que milhões de cidadãos já anteciparam seus votos pelo correio.
A conta oficial no Twitter utilizada pela campanha eleitoral de Trump publicou um vídeo resumindo as acusações contra Hunter Biden. Em menos de uma hora, a postagem teve mais de 4 mil compartilhamentos e mais de 5 mil curtidas.
Link original da matéria:
http://jornalipanema.com.br/n/?url=noticia/jornal-dos-eua-publica-materia-com-denuncias-envolvendo-filho-de-joe-biden
Jornal dos EUA publica matéria com denúncias envolvendo filho de Joe Biden. Jovem Pan News Reprodução[/caption]
Joe Biden encurralado e sem saída. Reprodução[/caption]



