VENEZUELA
Autoridades suíças encontraram mais de US $ 10 bilhões
Em fundos suspeitos ligados ao regime de Maduro. Promotores em Zurique descobriram que pessoas próximas a Chavismo têm centenas de contas em cerca de 30 bancos daquele país
O Ministério Público suíço identificou contas bancárias com mais de 10 bilhões de dólares que, segundo eles, provêm de fundos públicos desviados na Venezuela , informou o jornal Le Matin Dimanche .
Desde as investigações abertas no final de 2019, promotores em Zurique descobriram que pessoas próximas ao regime de Nicolás Maduro têm fundos em centenas de contas em cerca de 30 bancos , de acordo com o relatório.
A promotoria de Zurique não respondeu imediatamente aos pedidos de comentários da Bloomberg .
Em fevereiro de 2020, um Tribunal Federal Suíço ordenou a liberação de documentos bancários vinculados a um desfalque da petroleira PDVSA por 4,5 bilhões de dólares.
A decisão afetou os irmãos Luis Oberto e Ignacio Obertoy e dois outros empresários venezuelanos suspeitos de terem sido seus cúmplices:
Alejandro Betancourt, que mora na Espanha, e seu primo
Francisco Convit, que reside na Venezuela.
Os outros envolvidos na causa são o banqueiro suíço Charles Henry De Beaumont e dois ex-funcionários da linha de frente Chavista:
Rafael Ramírez,
o ex-czar da PDVSA, e
Nervis Villalobos, o ex-vice-ministro da Energia.
A hipótese da investigação é que os empresários subornaram os dirigentes da petroleira para montarem o conveniente “esquema de negócios” entre 2012 e 2014 .
A maior parte dos dividendos foi transferida para os bancos Compagnie Bancaire Helvetique e EFG Bank AG, e o restante foi distribuído entre outras instituições financeiras na Suíça, sempre em contas vinculadas aos irmãos Oberto.
“A operação, realizada graças a atos de corrupção, teria permitido o desfalque de mais de US $ 4.500 milhões, principalmente lavado por meio de contas abertas na Suíça”,
disse o mais alto tribunal de Justiça suíço ao rejeitar as propostas dos advogados dos réus , que queria manter suas operações secretas.
Ainda em 2020, uma reportagem da rede suíça Radio Televisión Suisse assegurou que o país europeu é um dos destinos do regime de Maduro para economizar os lucros que a extração ilegal de ouro lhe proporciona e seu posterior contrabando .
Além disso, indicou que diferentes bancos locais – Compagnie Bancaire Helvétique e Credit Suisse – são suspeitos de lavagem de dinheiro de altos funcionários da ditadura.
O relatório indica que a Suíça também tem ligações indiretas com ouro ilegal. Para fundamentar sua afirmação, ele se referiu a dois eventos: o primeiro ocorreu em maio de 2019, quando autoridades britânicas interceptaram um avião particular que havia decolado do país caribenho e feito escala nas Ilhas Cayman .
Eles garantiram que a remessa, de 104 quilos de ouro ilegal e no valor de aproximadamente 5 milhões de marcos suíços (US $ 5,1 milhões), havia sido comprada por um cidadão suíço.
A segunda, por sua vez, ocorreu em fevereiro de 2019. Na época, um avião oficial do regime pousou em Zurique com ouro ilegal, segundo denúncias da oposição. No entanto, protegida pelo status diplomático, a aeronave não foi registrada e seguiu para Abu Dhabi.
O relatório indicava em outra passagem que a Suíça é capaz de processar o ouro que entraria da Venezuela , considerando que possui 4 das 6 maiores refinarias do mundo, que movimentam entre 60 e 70 por cento do ouro do planeta.
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Link original da matéria:
https://www.infobae.com/america/venezuela/2021/01/18/las-autoridades-suizas-encontraron-mas-de-10-mil-millones-de-dolares-en-fondos-sospechosos-vinculados-al-regimen-de-maduro/
O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro. EFE / Miguel Gutiérrez / Arquivo[/caption] 
1.000 notas de francos suíços em uma caixa em um banco em Zurique. Suíça, 9 de abril de 2019. REUTERS / Arnd Wiegmann /[/caption]
