
Neste momento agudo de sua história, Brasília precisa de um Presidente estadista e ao mesmo tempo de um poeta.
Estadista para colocar o governo no rumo certo e poeta para transformar manhãs cinzentas e tenebrosas em alvoradas da esperança.
Em 1956, o presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira, idealizador e construtor de Brasília e também o poeta imortal da Capital da Esperança, proclamou a sua convicção e exaltou a sua determinação para vencer um desafio que poucos acreditavam:
“Deste planalto central, desta solidão que em breve se transformará em cérebro das altas decisões nacionais, lanço os olhos mais uma vez sobre o amanhã do meu país e antevejo esta alvorada com fé inquebrantável e uma confiança sem limites no seu grande destino”.
Ao construir Brasília, JK ergueu a bandeira do Brasil sobre o Planalto Central que viveria 50 anos em 5.
Ele nunca escondeu o sonho de viver até o seu derradeiro dia em Brasília, mas depois do exílio não pode mais sequer visitar a cidade que idealizou e realizou.
Na solidão de seu sítio perto de Luziânia, sem energia elétrica e sem telefone, foi condenado a contemplar de longe o clarão das luzes que anunciavam a aurora que ele próprio fez brilhar no coração do Brasil.
JK sonhou Brasília como centro das decisões do país, mas não imaginava que ela viria a ser palco dosacontecimentos que abalam o Brasil na atualidade.
Toda alvorada, em Brasília, traz consigo a esperançada eleição de um novo Presidente estadista e também poeta.
By: MVANDERIC
Jornalista (Reg. 128/1969 – Federação Nacional dos Jornalistas Profissionais e Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Goiás) escreve hoje para o 7Minutos
