
A exemplo da esmagadora maioria das cidades brasileiras, Anápolis cresceu sem qualquer planejamento e agora sente os efeitos de um crescimento desordenado.
Da década de 50 em diante,
os bairros se multiplicaram e hoje somam, aproximadamente, 400, entre pequenos, médios e grandes. Anápolis pode, até, ser dividida em quatro macrorregiões distintas, ancoradas pelo que se convencionou chamar de “Grande Vila Jaiara”; Grande Bairro de Lourdes”, Grande Vivian Parque” e “Grande Recanto do Sol”, em referência a esses bairros que exercem forte influência socioeconômica e cultural sobre dezenas de outros.
Mas,
junto com esta explosão de crescimento em pouco mais de meio século, os problemas estruturais, também, se avolumaram e eles não são poucos. Os governos municipais que se instalaram desde então, em que pese haverem se esforçado, até hoje não conseguiram dar um direcionamento adequado à proposta urbanística municipal.
Ainda temos dificuldades
com a oferta de água tratada e coleta de esgoto sanitário de maneira mais confiável. O mesmo problema é sentido, também, na questão da energia elétrica, no transporte urbano e em outras áreas fundamentais e essenciais para uma melhor qualidade de vida do povo.
Agora,
a necessidade emergencial é a elaboração e execução de um plano para o escoamento de águas pluviais. De uns anos para cá, basta cair uma chuva com intensidade maior que a média, para o pânico se espalhar por diferentes setores de Anápolis. Inundações; alagamentos; desmoronamentos; desabrigados, prejuízos, são termos que passaram a ser comuns no cotidiano dos anapolinos.
O rastro de destruição foi impressionante no sábado e no domingo.
Gente inocente perdeu tudo (tudo mesmo) o que tinha. E, a julgar pelo histórico progressivo, caso não se adotem providências eficazes, os prognósticos não são nada animadores. Ou seja: as próximas chuvas mais pesadas (e, elas virão) devem trazer consigo mais pânico, mais medo, mais temor.
Alguma coisa precisa ser feita imediatamente.
Há de haver um plano diretor eficaz que defina a realização de obras estruturais para se devolver a paz social e a tranquilidade a um povo, que está amedrontado com as últimas chuvas que se abateram sobre Anápolis.
By Vander Lúcio Barbosa
Vander Lúcio Jornalista e editor do Jornal Contexto, também é colaborador do Portal 7Minutos

