Protocolado na Comissão de Ética
Mais uma acusação de assédio na CBF
Ex-diretora pede à Comissão de Ética afastamento de presidente da CBF por assédio moral
Primeira mulher a assumir um cargo de diretora na CBF, Luísa Rosa protocolou na Comissão de Ética da Confederação, na sexta-feira (5), uma notícia de infração pedindo o afastamento do presidente Ednaldo Rodrigues.
Ela solicita que ele e o diretor de Governança e Conformidade, Helio Menezes Jr, sejam investigados internamente sobre as denúncias que faz sofre ter sofrido assédio moral no período em que trabalhou na entidade, entre 2020 e 2023.
Na denúncia Luísa alega que assediar é uma regra geral de conduta da CBF comandada por Ednaldo e que há um
forte esquema de espionagem para monitorar os funcionários.
Ela diz ter informações sobre a instalação de câmeras escondidas na sede da entidade, na Barra da Tijuca, Rio, e que convivia com conversas sobre a contratação de prostitutas para servir convidados.
Rosa baseia sua denúncia em sete tópicos: ela diz, por exemplo, que foi coagida a não aceitar uma proposta da Fifa, quando ainda era gerente, e que promovida à diretora teve equipe reduzida, esvaziamento de atribuições e pessoas que não tinham cargo específico dentro da entidade, ligadas a Ednaldo, dando ordens a ela.
A ex-funcionária afirma que sua nomeação como diretora foi apenas uma jogada de marketing da CBF, que a usou para se mostrar uma entidade que abordava a igualdade de gênero, mas que na prática ela nunca teve autonomia na função.
E que era alvo de constantes comentários misóginos e inconvenientes.
Rosa já havia procurado a Comissão de Ética anteriormente, em maio de 2023 e, em julho, foi demitida com o argumento de que havia vazado informações para a imprensa.
No pedido, Rosa pede o afastamento de Ednaldo e de Hélio Menezes para que não interfiram em uma possível investigação que a comissão fará.