Ser Rico ou Parecer Rico:
Dicas para o Equilíbrio Financeiro Muitos gastam desnecessariamente adquirindo itens que simbolizam status
Autoconhecimento ajuda a consumir de forma mais consciente A autoconsciência é essencial para alinhar as finanças com os valores pessoais.Autoconhecimento ajuda a consumir de forma mais consciente
A autoconsciência é essencial para alinhar as finanças com os valores pessoais.
Em uma sociedade frequentemente movida pelas aparências, muitos caem na armadilha de gastar esperando em itens que simbolizam status, como carros de luxo e gadgets modernos.
No entanto, será que essa busca frenética por status realmente nos leva a uma vida mais plena e significativa?
Considero importante que você repense seus hábitos de consumo visando construir uma relação mais saudável com o dinheiro, pois a autoconsciência é um passo muito importante para quem deseja conquistar liberdade financeira e, mais importante, a felicidade genuína.
É possível equilibrar suas finanças sem abrir mão de uma vida confortável no presente e ao mesmo tempo, construir um futuro próspero e tranquilo.
Autoconhecimento ajuda a consumir de forma mais consciente
A autoconsciência é essencial para alinhar as finanças com os valores pessoais.
Ao identificar o que realmente importa, você consegue diferenciar os gastos que agregam valor daqueles que apenas satisfazem desejos momentâneos e impulsos causados por mera vaidade ou insegurança.
Questione-se antes de cada compra: Essa escolha me aproxima ou me afasta dos meus objetivos?
Essa reflexão ajuda a evitar decisões financeiras impensadas, das quais você pode se arrepender.
A verdadeira liberdade financeira
A verdadeira liberdade financeira não tem a ver com acumular bens materiais.
Ela reside na tranquilidade de ter suas necessidades básicas supridas, sem se preocupar com o próximo boleto e ter a possibilidade de fazer escolhas sem ser limitado por questões financeiras.
É claro que essa liberdade também contempla possuir coisas, mas quero que você entenda que isso é consequência de uma vida equilibrada, e que independência financeira não é sinônimo de riqueza, posse e ostentação.
Com hábitos financeiros saudáveis, como a criação de um orçamento detalhado que contemple suas despesas essenciais, supérfluas e, principalmente, seus investimentos, é possível definir qual o seu ponto de equilíbrio, ou seja, a partir de qual valor, o seu dinheiro investido custeia todas as suas despesas sem que você dependa do seu salário.
Quando você atinge esse platô, está independente financeiramente e daí por diante, terá mais paz e tranquilidade para traçar novos planos, que podem até incluir o acúmulo de patrimônio visando se tornar muito rico.
Reserva de emergência é sua reserva de tranquilidade
Imprevistos acontecem, e a reserva de emergência é o seu escudo protetor contra as turbulências da vida. Ter de 6 a 12 meses de seus gastos mensais guardados te dará a segurança para lidar com situações inesperadas, como perda de emprego, problemas de saúde ou reparos no seu lar.
Construir essa reserva exige disciplina e foco, mas a tranquilidade proporcionada por ela não tem preço. Imagine a paz de espírito de saber que, em momentos de crise, você terá recursos para se reerguer sem comprometer seu futuro financeiro.
Escolhas conscientes: dizer “não” pode ser libertador
Em uma sociedade consumista, somos bombardeados com propagandas e ofertas tentadoras a todo momento.
Desenvolver a capacidade de dizer “não” para compras impulsivas é essencial para alcançar seus objetivos financeiros e realizar seus sonhos.
Lembre-se: cada vez que você cede a um impulso no presente, está abrindo mão de algo que seria importante no futuro.
Aquele jantar caro só para impressionar pessoas, pode te impedir de realizar a viagem dos seus sonhos ou de alcançar a tão sonhada independência financeira.
E não estou dizendo que você deva levar uma vida sem pequenos prazeres.
É importante viver o presente, mas equilibrando os gastos e sempre se perguntando se determinado “excesso” está sendo feito porque é importante de verdade para você, ou se é apenas seu ego o induzindo a fazer algo para aparentar o que não é.
Equilíbrio entre economia consciente e excesso de poupança
Economizar não significa viver sem conforto.
O segredo é priorizar aquilo que realmente importa, sem sacrificar experiências ou itens que são importantes para o bem-estar.
Ser consciente financeiramente significa ter controle sobre seus gastos, priorizar o que realmente importa e buscar alternativas mais econômicas sem se privar de tudo.
Por outro lado, ser muquirana é viver em função da economia, abrindo mão de momentos de lazer e bem-estar por medo de gastar.
Encontre o meio termo e construa uma relação mais leve e prazerosa com o dinheiro.
Afinal, a alegria, bem-estar e saúde mental são pilares essenciais na construção de um futuro próspero e consciente.
Inteligência financeira e autoestima
Aprender a lidar com o dinheiro de forma inteligente impacta positivamente a sua autoestima e a sua auto percepção.
A cada meta financeira alcançada, seja montar sua reserva de emergência, quitar uma dívida ou fazer seu primeiro investimento, você reforça a crença em sua capacidade de realizar seus sonhos e construir a vida que deseja.
Comece com pequenas metas e celebre cada conquista, por menor que ela seja.
Ao longo do caminho, você desenvolverá disciplina, confiança e a certeza de que é capaz de alcançar grandes objetivos
O perigo de buscar felicidade no consumo
Um dos objetos de estudo da neurociência e especialmente das ciências comportamentais, é a tendência humana de se acostumar rapidamente às novas posses, um salário maior, conforto, etc.
Algo que num primeiro momento nos traz euforia e contentamento, rapidamente é assimilado e se torna natural, não mais causando grande felicidade.
Isso explica por que compras impulsivas trazem felicidade instantânea.
A paixão inicial de adquirir algo novo se dissipa rapidamente, gerando um ciclo de insatisfação e novo anseio por algo que faça a sensação inicial se repetir.
Priorizar experiências que criem memórias intensas, como viagens e momentos com pessoas queridas, em vez de objetos que perdem o encanto rapidamente, são uma ótima forma de “educar” a mente para reações de prazer e alegria focadas em ser e não no ter.
Construindo riqueza de verdade
No final, a escolha entre parecer rico e ser rico está em suas mãos. A busca incessante por status e bens materiais pode te levar a um ciclo vicioso de consumo e insatisfação, comprometendo seu futuro financeiro e sua felicidade.
A verdadeira riqueza não é medida por carros ou roupas de grife, mas pela capacidade de viver em linha com seus valores e propósitos, proporcionando alegria, qualidade de vida e segurança financeira a quem você ama.
Estabeleça prioridades claras e abrace uma abordagem equilibrada para o dinheiro.
Muitas vezes, as pessoas não começam a investir, com o argumento:
não adianta, pois com o que eu ganho, não ficarei rico nunca.
No entanto, o que a maioria não percebe é que está definindo riqueza a partir de patamares irreais.
Você não começa a investir para ficar rico,
Começa para atingir a liberdade de não depender mais do salário.
Depois de superada essa fase, aí sim você estará pronto para definir o que significa riqueza material e, a partir de então, torná-la sua próxima meta se assim o quiser.
Dessa forma, você criará um futuro próspero e saudável, onde a felicidade vem não do que você possui, mas do que você construiu com consciência.
Por: Eduardo Mira
Eduardo Mira é investidor profissional, analista CNPI, pós graduado em pedagogia empresarial, coordenador do MBA em Planejamento Financeiro e Análise de Investimentos da Anhanguera Educacional, sócio do Clube FII e sócio fundador da holding financeira MR4 Participações.
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