Etanol foi destaque
Produção industrial em Goiás fechou 2022 com pequena alta.
De acordo com os dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), a produção goiana fechou 2022 com alta acumulada no ano de 1,4%.
A variação positiva indica retomada no crescimento após queda de 3,9% no fechamento de 2021.
Ainda assim,
é menos significativa que a alta de 2020 (1,6% e se coloca como a menor variação positiva desde 2015.
Na comparação mensal, dezembro de 2022 registrou queda de 3,7% em relação a novembro e de 10,2% em relação ao mesmo período do ano anterior.
As informações são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Cenário nacional
Em âmbito nacional, segundo o órgão, a produção industrial brasileira terminou o ano passado com queda de 0,7%.
Na comparação mês com mês imediatamente anterior, a produção industrial do país ficou estável (0,0%) em dezembro de 2022, após -0,1% em novembro e 0,3% em outubro de 2022, quando interrompeu dois meses consecutivos de taxas negativas.
Já na comparação com dezembro de 2021, a produção nacional registrou queda de 1,3%.
Produção de etanol puxa o crescimento
Para explicar a alta de 1,4% da produção industrial goiana no valor acumulado de 2022, investigam-se as principais atividades que compõem a indústria goiana.
Destaca-se a fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos, que acumulou alta de 11,3% no ano e registrou variação expressiva de 46,7% em dezembro. Lidera o crescimento nesse grupo a fabricação de estruturas de ferro e aço em chapas ou em outras formas.
Na sequência,
a Fabricação de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis registrou alta de 6,4% no acumulado de 2022.
Esse grupo possui maior peso no ano na composição da produção industrial goiana, principalmente por causa do álcool etílico, cuja fabricação foi a que mais contribui para o crescimento do ano.
Altas
Terminaram 2022 com alta os demais grupos: Indústria extrativa (3,3%), com destaque para castinas e pedras calcárias, Fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (2,9%), com destaque para os medicamentos, Fabricação de produtos alimentícios (1,5%), destaque para o açúcar cristal e o óleo de soja refinado, e Fabricação de produtos de minerais não metálicos (0,8%), com destaque para as misturas betuminosas, o cimento “Portland” e a massa de concreto.
Quedas
Por outro lado, o ano fecha com queda na fabricação de adubos, fertilizantes e automóveis.
Entre as atividades que apresentaram queda em 2022, destacam-se a Fabricação de outros produtos químicos, com variação de -14,8%, grupo cujos principais produtos em Goiás são os adubos e fertilizantes.
A pesquisa indicou que adubos ou fertilizantes com fósforo e potássio, nitrogênio e potássio, minerais ou químicos apresentaram diminuição produtiva em 2022. Já os adubos ou fertilizantes NPK, os superfosfatos e os fosfatos de monoamônio, apresentaram alta.
Da mesma forma,
a Fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias indicou variação negativa de -6,1% no acumulado de 2022.
A queda se deve sobretudo à redução na fabricação de automóveis com motor a gasolina, álcool ou biocombustível.
Dezembro: indústria cresce em dez dos 15 locais pesquisados
Com variação nula da indústria nacional (0,0%), de novembro para dezembro, na série com ajuste sazonal, dez dos 15 locais pesquisados pelo IBGE apresentaram taxas positivas.
As maiores altas foram em Mato Grosso (5,8%) e Amazonas (5,6%) e as menores variações foram observadas no Espírito Santo (-6,8%), Minas Gerais (-4,9%) e Goiás (-3,7%).
Em 2022, a produção industrial caiu em oito dos 15 locais, destacando-se o Pará (-9,1%) e o Espírito Santo (-8,4%).
Na média móvel do trimestre terminado em dezembro, houve aumento em cinco dos 15 locais pesquisados frente ao trimestre encerrado em novembro.
Frente a dezembro de 2021, houve quedas em 11 dos 15 locais pesquisados.
Sobre a PIM-PF
A Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) gera indicadores de produção mês a mês para as indústrias extrativa e de transformação. As informações nos permitem analisar o nível da produção ao longo do tempo para uma mesma unidade da Federação ou entre unidades da Federação, em diferentes setores de atividade.