Dra Juliana Caixeta,
A importância do sono de qualidade
Em 15 de março comemorou o Dia Mundial do Sono, data que chama a atenção para a importância do sono para a saúde

Especialistas apontam que são três os pilares para manter uma boa saúde: alimentação equilibrada, prática de exercícios físicos regularmente e sono de qualidade. Entretanto, segundo estudos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), 72% dos brasileiros sofrem de doenças relacionadas ao sono.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 45% da população mundial sofrem com algum distúrbio do sono.
Entre os incômodos estão episódios como passar a noite em claro, ter o sono fracionado ou mesmo insônia.
A qualidade do sono impacta diretamente na qualidade de vida dos indivíduos.
Acordar cansado, indisposto ou desanimado para desempenhar atividades diárias é sinal de que a qualidade do sono pode estar prejudicada.
Para chamar a atenção para este tema, foi criado o Dia Mundial do Sono, celebrado em 15 de março, uma iniciativa da Associação Mundial do Sono, em 2008, com o objetivo sensibilizar a população mundial para a importância deste indispensável estado fisiológico para a saúde física e mental.
De acordo com a médica otorrinolaringologista Juliana Caixeta, o sono é uma necessidade básica, assim como a higiene e a alimentação, porém devido a alguns estigmas de normalização dos sintomas muitas pessoas acabam ignorando o problema e sofrendo por anos.
A medicina do sono faz parte da formação do otorrinolaringologista.
A pessoa percebe que tem um sono muito leve, que acorda várias vezes à noite, principalmente para ir ao banheiro, mas acha normal.
Na verdade, a pessoa acorda por conta da apneia ou da insônia, mas não procura ajuda profissional, esclarece.
Juliana Caixeta explica que dormir bem melhora o equilíbrio físico, mental e emocional do ser humano, fortalece o sistema imunológico, ajuda a prevenir doenças e tem grande importância para o bom funcionamento do cérebro.
Durante o sono o organismo exerce funções restauradoras do corpo, como síntese de proteínas, reparo dos tecidos e descanso para o cérebro, explica a médica.
A data faz um alerta para os altos índices de doenças do sono em todo mundo.
Juliana Caixeta destaca algumas delas.
Existem diversos problemas relacionados ao sono e que fazem parte do dia a dia do otorrinolaringologista,
como a síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS), a síndrome das pernas inquieta, a insônia e a narcolepsia,
que se configura em sonolência bastante excessiva e pode levar a pessoa a adormecer em vários momentos do dia, destaca a especialista.
Higiene do sono
A preocupação com a insônia fez surgir a expressão ‘Higiene do Sono’, criada em 1977, pelo pesquisador norte-americano Peter Hauri, para auxiliar no tratamento da insônia.
Ela é utilizada para indicar um conjunto de estratégias formadas por hábitos simples que aumentam a qualidade do sono.
A médica Juliana Caixeta destaca que existem algumas táticas para evitar noites de sono mal dormidas.
A pessoa deve ir deitar apenas quando estiver com sono, para evitar ficar rolando na cama,
evitar bebidas estimulantes e, por último, mas não menos importante, abandonar o uso de aparelhos celulares
ou telas até uma hora antes de dormir, orienta a otorrinolaringologista.
Ela também destaca que se não houver melhoras a partir da aplicação desses protocolos, é preciso ir ao médico para averiguar a situação e diagnosticar o problema.
A negligência em tratamentos pode desencadear problemas graves. Juliana Caixeta destaca que em estágio avançado, os transtornos do sono podem elevar o risco de doenças cardiovasculares e metabólicas, ocasionando episódios de infarto e o derrame, que podem levar à morte do indivíduo.
Por isso, para que os tratamentos para recuperar a qualidade do sono sejam eficazes é necessário que haja colaboração entre médico e paciente, ou seja, os procedimentos recomendados pelo profissional sejam seguidos com disciplina pelo indivíduo em tratamento.
Roncar não é normal
De acordo com a médica otorrinolaringologista Juliana Caixeta, a Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono, percebida por meio do ronco, é uma das doenças mais sérias.
Ela resulta numa qualidade de sono muito ruim, o que vai interferir em todas as atividades do indivíduo como o trabalho e as relações interpessoais, destaca.
A especialista também alerta para o aumento do risco de doenças cardiovasculares e metabólicas que podem levar à morte, em pacientes com (SAOS).
Segundo Juliana Caixeta, os problemas noturnos não terminam quando o dia amanhece.
A principal queixa da pessoa com apneia é, sem dúvida nenhuma, o cansaço de diurno que acarreta dificuldades para realizar atividades diárias,
perda de concentração e de memória, facilidade para cochilar, ansiedade e irritabilidade, explica a médica.
Os tratamentos de apneia variam de simples mudanças de hábito como dormir de lado, praticar atividades físicas, evitar o consumo de bebidas alcoólicas.
Serviço:
Dia Mundial do Sono
Quando: 15 de março
Fonte: Médica otorrinolaringologista Juliana Caixeta
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