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Por Nilton Pereira

Cães X humanos

Animal, Artigo, Causa Animal, Opinião, Saúde animal

Ferimentos e mortes de pessoas causados por ataques de cães (de variadas raças) têm se tornado frequentes em todo o Brasil.

A mídia relata, quase que diariamente, casos semelhantes, o que tem levado autoridades a uma série de reflexões.

No último dia 5 de abril, três cães da raça pitbull atacaram a escritora Roseana Murray, 73 anos, enquanto ela caminhava perto de sua casa no Rio de Janeiro.

Ela perdeu uma orelha e precisou amputar o braço direito. Nove dias depois desse episódio, outro pitbull matou o próprio dono na cidade de Mogi Mirim, em São Paulo.

São apenas dois exemplos do que ocorre Brasil afora, sem que haja um consenso sobre causas e efeitos dessa agressividade canina.

E, justiça seja feita, não são apenas os cães da raça pitbull os protagonistas dessas tragédias.

Outras raças, mais ou menos agressivas, também estão envolvidas. Dados do Ministério da Saúde mostram que, em 2023, o Brasil registrou 51 mortes causadas por cães, 27% a mais que em 2022.

É o maior número desde 1996, quando o órgão começou a fazer a contagem.

Mas, o que se discute é a saída para estas tragédias.

As explicações são muitas, as justificativas também. Mas, a realidade mostra no dia a dia mais e mais ataques de cães contra humanos.

O que precisa se entender é que animal é animal e humano é humano. Não existe essa história de que um animal seja “inteligente”.

Ele é, sim, instintivo, age por instinto, a depender do ambiente, da criação, do momento. Independentemente do porte, da raça, da idade.

O cão não pensa, não raciocina.

Claro que existem raças qualificadas e classificadas como ferozes.

Teoria que cai por terra quando se veem cães dessas qualificações conviverem docilmente em meio a famílias, ao passo que outros pets, tidos como “de companhia”, de porte pequeno, podem ser altamente agressivos.

Então, o que fazer? Provavelmente, o melhor caminho seja a família discutir a conveniência, ou não, de se ter um cão. Depois, que raça, que tamanho, para que finalidade. E, o mais importante, saber se estão preparados para manter um cão em seu ambiente doméstico.

Isso já seria um bom passo dado.

Mas, não é tudo.

É preciso que um respeite o ambiente do outro. Não se pode tratar cachorro como se trata gente.

Isso nunca deu certo.

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  • Gildo Ribeiro

    Gildo Ribeiro é editor do Grupo 7 de Comunicação, liderado pelo Portal 7 Minutos, uma plataforma de notícias online.

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