Amigos para sempre
Jabutis e cágados, como pets, exigem cuidados especiais de tutores
Professor do curso de Medicina Veterinária da Anhanguera faz orientações para manter bem-estar do animal dentro de casa

A busca por pets pouco convencionais aumenta no Brasil: de acordo com o último levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há 2,3 milhões de répteis de estimação e pequenos mamíferos em lares do país, o que representa o crescimento de 6,1% entre 2013 e 2018.
Uma das opções
mais queridas entre os brasileiros são as tartarugas e especialistas recomendam cuidados especiais para a manutenção desses animais.
Como explica o médico
veterinário e professor do curso de Medicina Veterinária da Faculdade Anhanguera, Thiago Bastos, no Brasil os quelônios se dividem em três grupos: as tartarugas (marinhas), os jabutis (terrestres) e os cágados (semiaquáticos de água doce), sendo apenas os dois últimos permitidos por lei para como animal de estimação.
Uma característica
muito importante sobre estes animais de casco é que eles têm expectativa de vida que pode ultrapassar os 50 anos.
“Esses bichinhos têm longo tempo de vida, algumas espécies podem viver mais que 100 anos”, pontua o especialista.
AMBIENTE
Os jabutis
são criaturas completamente terrestres, com casco alto e patas grandes (algumas vezes chamadas de “patas de elefante”), que se adaptam bem a áreas externas, como a de quintal e jardins com facilidade.
No caso de apartamentos, é necessário investir em um terrário, uma vez que o ambiente interno não permite o bem-estar completo desses pets. O piso de azulejo liso, por exemplo, promove escorregões e faz com que haja um esforço desnecessários das pernas, podendo ocasionar problemas com o tempo. Também é indispensável um comedouro seco para alimentação e uma toca para sua proteção.
As tartarugas e cágados,
diferentemente dos jabutis, têm características hidrodinâmicas e precisam ter contato constante com a água. As tartarugas são marinhas e só saem do mar para a desova (apenas as fêmeas). Os cágados, que podem ser cuidados em casa, saem da água periodicamente para tomar sol e se aquecer – a água é importante para estes animais, pois é lá que eles se protegem, se alimentam e fazem suas necessidades.
Por conta disso,
criadores de cágados, precisam providenciar um aquário ou um tanque grande, pois esses animais crescem bastante até a fase adulta. É preciso de espaço o suficiente para natação (pelo menos, dois terços da área total) e aquecimento artificial para os dias frios (recomendado deixar a temperatura entre 25 ºC e 30 ºC). Também é importante manter a limpeza do aquário, pois a sujeira acumula rapidamente e o mau cheiro pode incomodar.
LIMPEZA
Para permitir a qualidade de vida desses pets, a limpeza do espaço deve ser feita com a periodicidade máxima de um mês ou conforme necessário – quanto maior os animais e quanto mais espécies viverem juntas, maior a necessidade de higienização. O acúmulo de fezes e restos de comida podem provocar doenças, tanto para os humanos quanto para os répteis. No caso dos aquários, é recomendado um sistema de filtragem. Os desinfetantes devem ser utilizados apenas com a autorização de um médico veterinário.
Os animais podem ser limpos com água corrente, mensalmente, em temperatura média de 20 ºC. Em dias frios não é recomendado banhos e o tutor deve tomar cuidado ao secar os jabutis.
ALIMENTAÇÃO
Os jabutis têm sua dieta baseada em frutas, legumes e verduras ou rações balanceadas, que já estão disponíveis no comércio. Já os cágados e tartarugas possuem hábito alimentar diferente dos jabutis. Consomem minhocas, crustáceos, moluscos e pequenos peixes – o alimento deve ser depositado na área alagada do terrário, o que aumenta a importância da filtragem dos tanques.
AUTORIZAÇÃO
Os tutores devem verificar se os criadouros dispõem da documentação necessária, como certificados de nascimento entre outros, antes de adotar ou comprar seus bichinhos. É necessária uma autorização feita pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama) para possuir répteis, ou qualquer outra espécie de animal que faz parte da fauna silvestre brasileira. O documento de registro é uma forma de garantir que não foram retirados do meio ambiente de maneira ilícita, prática que contribui com a biopirataria. A infração é passível de multa e, em alguns casos, prisão.
Portanto, o vendedor e criatório devem ser legalizados junto ao Ibama.
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