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Quebrando tabus: mulheres vencem preconceitos para “chegar lá”

O orgasmo não deve ser encarado como uma pressão social ou uma imposição, mas sim como uma busca por satisfação física e emocional nas relações íntimas, que contribui para a saúde integral das pessoas

O orgasmo não deve ser encarado como uma pressão social ou uma imposição, mas sim como uma busca por satisfação física e emocional nas relações íntimas, que contribui para a saúde integral das pessoas

Neste artigo, especialistas destacam a necessidade de igualdade de oportunidades para homens e mulheres explorarem seus corpos e ressaltam que o orgasmo não deve ser tratado como uma ditadura ou pressão social, mas sim como uma busca por satisfação física e emocional nas relações íntimas.

Ditadura do Prazer
Todas as mulheres são capazes de sentir orgasmo, mas é importante enfatizar que o orgasmo não deve ser tratado como uma imposição ou medida de normalidade.

A sexóloga Claudia Petry destaca que é fundamental que as mulheres busquem a satisfação física e emocional nas relações, seja consigo mesmas ou com parceiros, sem se sentirem pressionadas pelo ideal do orgasmo como obrigação.

Benefícios para a Saúde
O orgasmo traz diversos benefícios para o corpo e mente. Entre eles, estão a liberação do hormônio da felicidade, a tonificação do assoalho pélvico devido às contrações involuntárias, a melhora do humor, a diminuição da ansiedade, a melhoria da intimidade e da parceria, além de proporcionar prazer em diversos aspectos da vida.

No entanto, é importante ressaltar que algumas mulheres podem relatar dor de cabeça após o orgasmo, e nesses casos, é recomendado procurar um médico que compreenda a sexualidade para investigar as causas do desconforto.

Percepção do Orgasmo
É fundamental que a mulher tenha uma boa compreensão do próprio corpo e explore diferentes estímulos para ampliar a sensação corporal.

Nesse sentido, os vibradores e brinquedos eróticos podem ser aliados valiosos, pois ajudam a manter o foco no prazer, permitindo que a mulher se concentre nas sensações físicas durante a relação sexual, evitando distrações cognitivas.

Anorgasmia
A anorgasmia é uma disfunção sexual feminina em que algumas mulheres não conseguem chegar ao orgasmo.

Para tratar esse problema, a especialista Claudia Petry destaca que o primeiro passo é que a mulher aprenda a ter um orgasmo sozinha, pois, durante a interação com outra pessoa, ela pode se preocupar mais em dar prazer ao outro do que em buscar o próprio prazer. A descoberta individual e a erotização da mente são fundamentais para que a mulher alcance o orgasmo.

Estímulo
O beijo é uma parte fundamental da experiência sexual humana e desempenha um papel importante na busca pelo orgasmo feminino. Um estudo da Universidade de Barcelona aponta que o beijo estimula a liberação de neurotransmissores que geram prazer e bem-estar na mulher. Ele também é uma forma de conexão emocional entre os parceiros, contribuindo para a preservação de uniões satisfatórias.

Autoconhecimento
O orgasmo múltiplo é possível para todas as mulheres, mas requer prática e autoconhecimento. A sexóloga Dani Fontinele recomenda que a mulher mude os estímulos para alcançá-lo.

É fundamental que a mulher se conheça, se toque e explore suas preferências para compartilhar essas informações com o parceiro. Para aquelas que enfrentam dificuldades, é aconselhável buscar ajuda médica ou terapeuta sexual.

Prazer Compartilhado
O orgasmo é parte essencial da experiência sexual, mas o foco deve estar na jornada de prazer compartilhado e não apenas no destino.

A especialista Natali Gutierrez destaca que o autoconhecimento e o entendimento do que gera prazer são essenciais para que a mulher busque relações satisfatórias, permitindo que ela alcance orgasmos que a preencham de prazer.

O orgasmo não deve ser encarado como uma pressão social ou uma imposição, mas sim como uma busca por satisfação física e emocional nas relações íntimas, que contribui para a saúde integral das pessoas.

Equidade de Gênero
A pedagoga e sexóloga clínica, Claudia Petry, membro da Sociedade Brasileira de Sexualidade Humana (Sbrash) e especialista em educação para a sexualidade pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), destaca que historicamente o homem foi mais estimulado a conhecer seu próprio corpo e a se masturbar, enquanto que para a mulher, por questões culturais e de educação, isso sempre foi tabu e reprimido.

Claudia explica que a anatomia do órgão sexual masculino, externo e visível, permite um acesso mais direto ao estímulo sexual, enquanto o órgão feminino é interno, tornando o processo mais complexo. Essas questões sociais e anatômicas criam uma desigualdade na busca pelo orgasmo.

Com informações da Agência Brasil

Por Vander Lúcio Barbosa
Vander Lúcio Jornalista e editor do Jornal Contexto, também é colaborador do Portal 7Minutos

 

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  • Vander Lúcio

    Fundador e diretor do Jornal Contexto; foi repórter mirim, aos 15 anos, do Jornal de Brasília; editor, repórter e apresentador da TV Tocantins e editor de vários jornais, revistas e publicações periódicas. Também foi presidente da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE e diretor de comunicação da Associação Comercial e Industrial de Anápolis (ACIA), dentre outras atividades.

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