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Manter a regularidade nutricional

Da academia para as ruas: como a alimentação esportiva virou hábito urbano

Suplementos e produtos antes restritos ao mundo fitness agora fazem parte da rotina de quem busca praticidade na cidade

O que antes ficava restrito ao pós-treino na academia agora aparece no balcão do café, na mochila de quem pega metrô e até na gaveta do escritório.

A alimentação esportiva, que por muito tempo se associou apenas a atletas e praticantes assíduos de musculação, encontrou espaço no dia a dia de quem vive a correria urbana.

Este movimento acompanha uma mudança no comportamento alimentar.

De acordo com estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV), a prática regular de atividade física não influencia só a saúde, mas também as escolhas de consumo.

Pessoas que passam a se exercitar tendem a mudar a forma como planejam e compram alimentos, incorporando itens mais práticos e nutritivos.

Nas cidades grandes, em que o tempo parece sempre escorrer pelos dedos, as refeições rápidas se tornaram parte da sobrevivência diária.

Muitas vezes, o café da manhã é tomado em pé, antes de entrar no transporte, e o almoço acaba sendo substituído por algo comprado no caminho.

Neste cenário, produtos como barras proteicas, shakes prontos e isotônicos se encaixam bem. São fáceis de levar, exigem pouco preparo e entregam energia rápida.

Entre estes produtos, o whey protein ganhou destaque.

Originalmente usado para auxiliar no ganho de massa muscular, hoje ele aparece na rotina de quem nem sempre está em busca de hipertrofia.

Misturado com frutas no liquidificador ou apenas diluído na coqueteleira, ajuda a complementar a ingestão de proteína em dias mais corridos.

É o tipo de solução que substitui, por exemplo, a necessidade de cozinhar ovos ou carne no meio da tarde.

Esta mudança não significa que o suplemento virou substituto das refeições tradicionais.

Nutricionistas alertam que ele deve funcionar como complemento, e não como base da dieta.

O consumo excessivo, sem acompanhamento profissional, pode sobrecarregar o organismo e não trazer benefícios extras.

Por outro lado, quando usado com equilíbrio, ajuda a manter a regularidade nutricional em rotinas apertadas.

A presença destes itens fora da academia também tem relação com um conceito que mistura saúde e conveniência.

A alimentação esportiva se adapta ao modelo urbano de “fracionar” a energia ao longo do dia.

É comum ver pessoas saindo de uma reunião e pegando um shake para segurar até o jantar, ou mantendo barras na gaveta para evitar longos períodos em jejum.

Ainda assim, especialistas reforçam que o maior desafio não está na proteína, mas na variedade.

O brasileiro consome pouca fruta, legume e verdura, e essa lacuna não pode ser preenchida apenas com suplementos.

A combinação entre comida fresca e itens práticos é o que mantém o equilíbrio.

O crescimento deste mercado mostra como a fronteira entre dieta esportiva e alimentação funcional ficou mais difusa.

Hoje, o que antes era visto como estratégia de treino passou a ser também uma resposta para um estilo de vida.

A garrafinha com shake na bolsa ou a barrinha no bolso do casaco não indicam necessariamente que a pessoa saiu da academia, mas, sim, que ela encontrou uma forma de encaixar a nutrição no ritmo acelerado da cidade.

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  • Gildo Ribeiro

    Gildo Ribeiro é editor do Grupo 7 de Comunicação, liderado pelo Portal 7 Minutos, uma plataforma de notícias online.

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