Idêntico perdão teve o sanguinário Ismail Haniyeh , recentemente assassinado em pleno Teerão pelas cirúrgicas (e não genocidas, conforme dizem os media) forcas militares de Israel.

Os mesmos mentirosos media que se referem a Ismail como um “político moderado” Como pudesse haver muçulmanos moderados em países radicalizados.

Um muçulmano moderado num país radicalizado é um muçulmano morto.

Devia ser uma verdade óbvia.

Tao evidente como haver homens e mulheres.

Parece que as Olimpíadas tem um diferente entendimento de biologia.

Cromossomas, o que é isso?, quase ouço alguém perguntar em Paris.

Onde um pugilista argelino derrotou a colega italiana na competição feminina com uma questão de socos, leia-se de segundos.

O argelino não se terá limitado a fazer batota com o chamado privilégio de ser homem.

Além dos ringues, também terá treinado nas horas livres a dar porrada em mulheres, tudo em nome do Corão.

Como se o supracitado não chegasse para transformar o torneio num circo, o Comité Olímpico da Palestina acaba de emitir uma carta de solidariedade para com o pugilista argelino, expressando indignação contra os comentários islamofóbicos e transfóbicos.

Vou escrever outra vez: islamofóbicos E transfóbicos.

Creio que percebo agora o porquê de decretarem o cancelamento da comédia. Podemos parar de fazer piadas, perdeu-se a necessidade de puxar pela cabeça.

O mundo, já de si, é uma anedota.
Absurda e sem graça.

Por: Vitor Vicente

Escritor português e vive na Irlanda. Publicou no Brasil os títulos “Israel, Jezebel”, “Bravo, Brasil”, “Sobre Vivências em Barcelona” e “À Beira do Danúbio”.

Alguns dos seus trabalhos estão traduzidos para inglês, húngaro, espanhol e polonês.

Recentemente, iniciou o seu podcast e também co-fundou o canal de youtube Guerra da Informação e é colaborador no Portal 7Minutos.

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