Estilo : Saúde» Estilo

Médica Geanna Resende comenta

O assunto é a saúde intestinal da mulher

Shopping Órion recebe projeto Conversa Privada na Semana da Mulher

Celebrando o Dia Internacional da Mulher, a médica coloproctologista Geanna Resende levará esclarecimentos sobre a relação do intestino na saúde das mulheres que, estatisticamente, são as que mais sofrem com os problemas intestinais, principalmente a constipação intestinal, popularmente conhecido como prisão de ventre.

 O problema traz repercussão a todo organismo.

Em parceria com o Órion Complex, Nestlé Health Science e o Grupo Soares, ela prepara um estúdio aberto no Piso 2 do Shopping Órion, onde receberá diversas especialistas da área da saúde para um bate-papo sobre a saúde feminina e o intestino.

Este será o podcast Conversa Privada, cujo tema da primeira temporada será “mulher, sente-se à vontade” em alusão ao comportamento desejável do ato de evacuar e também aos assentos para as convidadas durante o bate-papo: vasos sanitários decorados.

O público poderá acompanhar e fazer perguntas

Sobre o intestino da mulher

A constipação intestinal é a condição caracterizada pela dificuldade de evacuar, com frequência menor que três evacuações na semana, muitas vezes com necessidade de esforço excessivo.

De acordo com Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP), até 30% da população mundial sofre com este problema, que afeta mais as mulheres.

A médica explica que as mulheres acabam sofrendo mais de constipação intestinal por fatores hormonais, relacionados aos partos e/ou cirurgias obstétricas/perineais, estresse e questões culturais, comportamentais.

A progesterona, hormônio feminino, tem um efeito ‘relaxante’ na musculatura lisa intestinal,

diminuindo o peristaltismo, portanto lentificando a progressão das fezes, que vão se tornando mais ressecadas

e menos volumosas devido à maior absorção de água desse bolo fecal ao longo do intestino grosso.

Além disso, os partos e cirurgias obstétricas também podem comprometer a musculatura

e a inervação pélvica, com enfraquecimento muscular e dificuldade para evacuar’.

De acordo com a especialista, questões de comportamento e emocionais ligada ao universo feminino também interferem no funcionamento do intestino.

As mulheres crescem com a ideia de que só se deve evacuar em casa e vão bloqueando cada vez mais o reflexo evacuatório,

com subsequente ressecamento das fezes. A vida moderna feminina aumenta os níveis do cortisol e outros hormônios do estresse,

que interferem na nossa microbiota intestinal, levando ao desequilíbrio da mesma (disbiose).

Isso gera inflamação, com alterações na imunidade, digestão e absorção, e com diminuição na produção de proteínas

e hormônios, aumentando a fermentação, com distensão gasosa do abdome e constipação intestinal’, pontua.

Repercussões da prisão de ventre

Ficar sem evacuar provoca desconforto, dor abdominal, acúmulo de gases no abdômen, endurecimento das fezes, dores na hora de expeli-las e uma sensação de evacuação incompleta.

Pode ser, ainda, um sinal de alerta para o câncer de intestino e gerar outros problemas.

A função do intestino vai muito além de evacuar e absorver nutrientes.

Ele é o principal órgão de defesa do organismo e, através do eixo intestino-cérebro,

participa do equilíbrio das funções mentais de outros sistemas.

Mas para que tudo isso aconteça, o equilíbrio da microbiota intestinal e a evacuação regular são fundamentais, diz ela.

Doutora Geanna informa que o intestino é composto por mais de 100 milhões de neurônios, abriga 70% de todas as células do sistema imunológico que produzem anticorpos para a defesa do nosso corpo, além de produzir mais de 90% da serotonina, importante neurotransmissor cerebral responsável pela sensação de alegria, bem estar.

Em caso de desequilíbrio da microbiota, o paciente pode ficar mais ansioso, mais estressado, cansaço fácil,

dores difusas pelo corpo, memória ruim, distúrbios do sono, e sintomas semelhantes à depressão, lista.

Ela também acrescenta que pessoas constipadas têm um predomínio de bactérias ruins.

 

Bactérias ruins, por sua vez, levam a um processo fermentativo sobre os alimentos ingeridos, com produção de toxinas,

causando uma inflamação intestinal crônica sub-clínica. Isso aumenta a possibilidade de absorção para corrente sanguínea de substâncias inadequadas,

tóxicas, que por sua vez, podem ativar o nosso sistema imunológico, desenvolvendo ou ativando doenças auto-imunes,

como artrite reumatoide e lúpus, por exemplo, além de doenças dermatológicas como eczemas, acne, psoríase, diz.

 

Junte-se aos grupos de WhatsApp do Portal 7MINUTOS e fique por dentro das principais notícias de ANÁPOLIS, do BRASIL e do MUNDO siga aqui.

Siga o ‘ 7Minutos’ nas redes sociais

X (ex-Twitter)
Instagram
Facebook
Telegram
Truth Social

 

Médica coloproctologista Geanna Resende
  • Fonte da informação:
  • Leia na fonte original da informação
  • Gildo Ribeiro

    Gildo Ribeiro é editor do Grupo 7 de Comunicação, liderado pelo Portal 7 Minutos, uma plataforma de notícias online.

    Artigos relacionados

    Botão Voltar ao topo