Até quando!
O Julgamento de Jesus Cristo: A Hipocrisia do Ontem e de Hoje
O julgamento e a condenação de Jesus Cristo não se deram apenas por questões religiosas, tampouco apenas por razões políticas.

Foram fruto de uma confluência de hipocrisias — religiosas, políticas e sociais — que se uniram para silenciar uma voz que denunciava as injustiças, confrontava o poder e anunciava o Amor acima da lei fria.
Jesus foi condenado porque incomodava.
Do ponto de vista religioso, os líderes do Templo viam em Jesus uma ameaça à sua autoridade.
Ele curava no sábado, comia com pecadores, tocava leprosos e anunciava o Reino de Deus não aos poderosos, mas aos marginalizados.
Desafiava a interpretação legalista das “Leis Religiosas” e denunciava a hipocrisia dos fariseus e saduceus:
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! […] purificais o exterior do copo e do prato, mas por dentro estais cheios de rapina e intemperança (Mateus 23:25).
Do ponto de vista político, sua popularidade entre o povo e suas falas sobre um “Reino” despertaram o medo dos líderes judeus e romanos.
Os líderes judeus estavam em acordo com os romanos para manter a opressão do povo às custas de uma pseudo-pacificação que permitisse manter as rendas e os privilégios.
Pôncio Pilatos, representante do Império Romano na região, sabia que Jesus era inocente — mas lavou as mãos.
Cedeu à pressão da multidão manipulada pelos sacerdotes.
A verdade foi sacrificada em nome da conveniência política e econômica.
Muito semelhante aos dias de hoje…
A Hipocrisia como Instrumento de Condenação
Jesus foi morto por ser verdadeiro em um mundo acostumado à mentira.
A hipocrisia daqueles que diziam defender a lei de Deus usou da própria lei para assassiná-lo.
O julgamento foi uma farsa: testemunhas falsas, acusações distorcidas, silêncio cúmplice.
Nenhuma defesa.
Sua morte foi o preço por ser Luz em meio à escuridão.
O Reflexo nos Dias de Hoje
Dois mil anos depois, a hipocrisia segue viva. Ainda inocentes são condenados por interesse político.
Ainda nações inteiras estão sendo dizimadas em nome da “segurança do Estado”.
Ainda a fé é manipulada para justificar injustiças, manter privilégios, manter altas “autoridades” religiosas em seus castelos de contos de fadas.
Usam das mídias sociais, dos meios de comunicação e dos seus inúmeros templos para a opressão e a venda de “milagres”.
Ainda as leis — religiosas ou civis — são usadas para preservar o poder, o privilégio e o status.
Pessoas continuam sendo marginalizadas por falarem a verdade, por confrontarem sistemas injustos, por anunciarem um Amor que ultrapassa as fronteiras da religião ou da ideologia.
O julgamento de Jesus ecoa em todos os julgamentos injustos de nossa era. Em cada vítima da intolerância, da mentira institucionalizada, da religião corrompida e da política oportunista, vemos os mesmos mecanismos que o levaram à cruz.
A Vitória sobre a Hipocrisia
Mas a história não termina na morte perversa da Cruz. Ao terceiro dia, Jesus ressuscita.
A pedra do túmulo foi removida.
A vida venceu a morte.
A verdade calada na cruz levantou-se mais forte que nunca.
A ressurreição de Cristo é a declaração eterna de que a hipocrisia pode triunfar por uma noite, mas a verdade sempre terá a última palavra.
Assim, o Cristo ressuscitado é também o símbolo da vitória sobre toda injustiça e hipocrisia.
Ele continua desafiando os sistemas e restaurando os corações. Ele segue vivo, onde quer que alguém levante a voz pela Justiça verdadeira, pela correção de valores, pelos pobres sem querer que sejam manipulados, pelos oprimidos, pela justiça.
Cristo vive — e com Ele, a esperança de um mundo onde a hipocrisia já não terá mais lugar.
Que a hipocrisia deixe de ser uma prática.
Que as pessoas reflitam um pouco e que os poderosos tenham suas máscaras jogadas ao chão.
Cristo Vive!
Por Cel Carlos Marcelo Cardoso Fernandes
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