Com oficinas abertas ao público
Projeto Continuança do Jongo Iracema leva cultura negra e resistência a Anápolis
Grupo pioneiro em Goiás promove formações gratuitas; próximo encontros serão nos dias 20 e 27 de julho e 3 de agosto

O Jongo Iracema, primeiro grupo contemporâneo de jongo em Goiás, está realizando o Projeto Continuança, contemplado pela Lei Aldir Blanc, com apoio da Secretaria de Estado de Cultura de Goiás.
A iniciativa oferece oficinas gratuitas à comunidade em Anápolis, celebrando a cultura negra com práticas de dança, música e ancestralidade.
Neste mês de julho e agosto, o grupo programou quatro encontros, totalizando 10 horas de atividades, no espaço da Casa da Juventude.
O primeiro, realizado no dia 13 de julho, foi um momento de celebração e aprendizado.
Os próximos acontecerão nos dias 20 e 27 de julho e 3 de agosto, sempre às 15h.
As vagas são limitadas, e as inscrições podem ser feitas pelo Instagram @jongoiracema.
Produtora cultural e pesquisadora Andreza Rigo explicou a origem do projeto:
O Continuança surge da ideia de seguir em frente,
de sustentar a base do grupo Jongo Iracema, da necessidade de manter vivas suas ações de forma contínua e estruturada.
Nossa missão é fortalecer o jongo como ferramenta de resistência cultural e como linguagem artística em nosso território.
Fundado em 2012 por Mestre Tuísca, o Jongo Iracema é um marco na cultura goiana, sendo o primeiro grupo contemporâneo do estado dedicado a esta manifestação de matriz afro-brasileira.
Embora nascido no Sudeste, a presença do jongo em Goiás reafirma a diversidade cultural goiana e dá visibilidade às expressões negras que nos constituem, destaca Andreza.
Intercâmbios e Formações
O projeto inclui intercâmbios com grupos tradicionais, como o Jongo da Serrinha (RJ) e o Jongo Filhos da Semente (SP), enriquecendo a prática local.
Essas trocas renovam saberes, conectam Anápolis e Goiás
a territórios tradicionais do jongo e ampliam o repertório artístico-cultural do grupo, afirma Andreza.
Além das oficinas abertas, o Continuança prevê apresentações em Pirenópolis e Anápolis, formações internas e uma vivência no Rio de Janeiro.
Em novembro, mês da Consciência Negra, está prevista uma 2ª turma da oficina de jongo na Casa da Juventude e uma apresentação no IFG Campus Anápolis.
A produtora ressalta a importância das oficinas para a democratização cultural:
Isso rompe barreiras sociais e estimula o pertencimento cultural.
Quanto mais pessoas conhecem o jongo, mais o valorizam.
Segundo ela, o projeto também é uma forma de resistência:
Sua execução já representa um enfrentamento ao racismo, ao valorizar uma tradição negra e ocupar espaços públicos com cultura afro-brasileira.
Serviço:
📅 Datas das oficinas: 20 e 27/07, 03/08
⏰ Horário: 15h
📍 Local: Casa da Juventude (Anápolis)
🔗 Inscrições: Instagram @jongoiracema
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