Estilo : Saúde

"Terapia mais eficaz"

A hidroxicloroquina é o tratamento mais eficaz contra o coronavírus atualmente disponível

Segundo pesquisa internacional feita com 6 mil médicos. Cerca de 37% dos médicos disseram que a hidroxicloroquina é a "terapia mais eficaz" para o vírus no momento

A hidroxicloroquina, medicamento usado para a malária, é o que tem se apresentado mais eficiente contra o coronavírus, segundo pesquisa feita pela Sermo, uma empresa global de pesquisa em saúde, com 6.200 médicos, ​​em 30 países.

A maioria, cerca de 37% dos médicos, disse que ela é a “terapia mais eficaz” para o vírus no momento, de uma lista com mais de 15 opções. Na Espanha, 72% dos médicos disseram que estão usando o medicamento, na Itália são 55% deles, enquanto na China são 44%. Apenas 13% dos médicos britânicos pesquisados ​​disseram ter prescrito cloroquina a pacientes com coronavírus, em hospitais particulares, conforme informou o jornal Daily Mail.

A azitromicina, antibiótico usado para infecções bacterianas, foi classificada como a segunda terapia mais eficaz com 32%, conforme informou o jornal The Washington Times. Observou-se também que os três tratamentos mais comumente prescritos pelos médicos eram analgésicos (56%), azitromicina (41%) e hidroxicloroquina (33%).

O executivo-chefe da Sermo, Peter Kirk, descreveu os resultados da pesquisa como um “tesouro de insights globais para os formuladores de políticas”, conforme informou o jornal Daily Mail.

Ele acrescentou:

“Os médicos devem ter mais voz na maneira como lidamos com essa pandemia e podem compartilhar rapidamente informações entre si e com o mundo. Em todo o mundo, os países estão expandindo o acesso à cloroquina, uma forma sintética, proveniente das árvores cinchona e usada há séculos para tratar a malária”, disse.

Os primeiros testes na China mostraram que a droga pode reduzir os efeitos graves do coronavírus e lá os médicos estão até considerando o uso da drogas como um ‘profilático’ para dar às pessoas que dão positivo para o vírus, mas ainda não demonstraram sintomas. Médicos de toda a América, inclusive no Brasil, podem prescrever Cloroquina (CQ) e Hidroxicloroquina (HCQ) como recurso para pacientes com COVID-19 em estado crítico.

Um porta-voz do Departamento de Saúde e Assistência Social, do Reino Unido, disse que lá até terem evidências claras e definitivas de que esses tratamentos são seguros e eficazes, eles devem ser usados ​​apenas em um ensaio clínico.

“A hidroxicloroquina parece ser segura, mas sua eficácia para o COVID-19 ainda é desconhecida”, informou ao jornal Daily Mail.

Vale lembrar que a Organização Mundial da Saúde (OMS) alega que “não há evidências” de que qualquer medicamento “possa prevenir ou curar a doença”.

Com uma pandemia crescente e sem cura à vista, médicos na Europa, EUA, China e Brasil receberam licença para prescrever o medicamento para pacientes com COVID-19 em casos específicos.

A CQ e HCQ são medicamentos bem estabelecidos e prescritos também para o tratamento de artrite reumatoide e o lúpus desde a década de 1940. As drogas estão entre os mil medicamentos testados contra o coronavírus em um laboratório, como parte de um estudo da Queens University, em Belfast.

Testes maiores foram iniciados, inclusive nos EUA, onde muitas mortes ocorreram nesta semana. A Itália está realizando um teste com 2.000 pessoas, enquanto os cientistas também aguardam os resultados de testes maiores na China.

“Um estudo europeu chamado Discovery estudará quatro terapias experimentais, incluindo a cloroquina, usando 3.200 pacientes que foram hospitalizados pelo vírus no Reino Unido, Espanha, Alemanha, França, Suécia e Luxemburgo.”

A médica Ellie Cannon, do hospital britânico NHG, disse em entrevista ao Daily Mail que a droga não é uma cura milagrosa. “Por favor, parem de pensar que os comprimidos antimaláricos são a bala mágica até que se prove que ela é a bala mágica”, informa.

Segundo ela, estes medicamentos podem causar problemas cardíacos e ser perigosos para pessoas com problemas no figado e rins.

Ela acrescentou: ‘Acho que todos estamos procurando uma cura, todos estamos procurando uma resposta para nós mesmos, para nossos parentes vulneráveis. Mas temos que ter muito cuidado com esses perigos ocultos no que parece ser uma bala mágica”, disse ao Daily Mail.

Link original da matéria
https://revistacrescer.globo.com/Criancas/Saude/noticia/2020/04/hidroxicloroquina-e-o-tratamento-mais-eficaz-contra-o-coronavirus-atualmente-disponivel-segundo-pesquisa-internacional-feita-com-6-mil-medicos.html

NA ITÁLIA

Farmácias italianas distribuem Hidroxicloroquina gratuitamente para pacientes com covid-19

As farmácias de duas cidades da Itália passaram a distribuir gratuitamente a hidroxicloroquina para todos os pacientes com covid-19 tratados em casa.

O medicamento foi prescrito por médicos, em mais de 1.500 farmácias locais de Piemonte, no norte do país e de Ligúria, na região noroeste, informa o jornal italiano La Repubblica.

O anúncio feito pela ‘Federfarma’ e pelo sindicato das farmácias do país diz que a entrega é sujeita a disponibilidade e realizada de acordo com os procedimentos do Dpc (Distribuição em nome), já aplicado em outras especialidades:

“A Federfarma Piemonte salienta que a distribuição é realizada pelas mesmas farmácias gratuitamente, sem, portanto, aplicar a taxa prevista para o Dpc dos outros medicamentos”.

A cientista italiana, Annalisa Chiusolo, aponta a hidroxicloroquina/cloroquina como eficaz em tornar as pessoas imunes ao novo coronavírus (covid-19). Sua afirmação mostra que o vírus precisa de porfirinas para sobreviver e atacar as hemoglobinas – proteína que transporta oxigênio no sangue – e reduzir a quantidade de oxigênio no corpo.

Chiusolo afirma que a hidroxicloroquina pode atuar como profilático, prevenindo ou limitando os sintomas da doença, enquanto aguarda a formulação da vacina que estimula especificamente a resposta de anticorpos do organismo. E que isso pode tornar o paciente imune, de acordo com ela, a covid-19 ou limitar seus efeitos colaterais.

A Agência Italiana de Medicamentos (AIFA), tem um estudo aprovado de hidroxicloroquina em 2.500 pacientes, que começará no início de julho e se concentrará no método preventivo, afirmou a cientista ao jornal Il Tempo.

Por Gazeta Brasil –

Link original da matéria:
https://gazetabrasil.com.br/mundo/farmacias-italianas-distribuem-hidroxicloroquina-gratuitamente-para-pacientes-com-covid-19/

NA RÚSSIA

O governo russo autorizou o tratamento de pacientes com COVID-19 com a hidroxicloroquina, um derivado do remédio contra malária cloroquina, cuja eficácia é alvo de debate mundial.

Em um decreto publicado na quinta-feira à noite (16), o governo russo deu instruções às organizações médicas nesse sentido, acrescentando que a China entregou mais de 68.000 caixas deste remédio ao país.

O texto foi publicado depois de um telefonema ontem entre os presidentes russo, Vladimir Putin, e chinês, Xi Jinping.

A hidroxicloroquina será distribuída nos hospitais que tratam os pacientes que deram positivo para coronavírus, ou sob suspeita de contaminação.

A agência russa de controle dos serviços médicos deverá monitorar o quadro para garantir a segurança e a eficácia do remédio.

A hidroxicloroquina, assim como a cloroquina, derivada da quinina, são há várias décadas prescritas para tratar a malária.

Embora sejam conhecidas por suas propriedades antivirais, ambas têm graves efeitos colaterais – em especial, se forem ministradas em altas doses, ou junto com outros medicamentos.

Alguns médicos e governantes defendem o amplo uso deste fármaco na conjuntura atual, classificado de “presente dos céus” pelo presidente americano, Donald Trump.

Uma grande parte da comunidade científica e das organizações de saúde pedem, porém, que se espere uma validação científica rigorosa, alertando para os riscos para os pacientes.

Embora estudos preliminares na França e na China apontem resultados promissores, a eficácia da cloroquina e da hidroxicloroquina “ainda está por ser demonstrada”, segundo a Agência Europeia de Medicamentos (EMA).

No início de abril, a EMA pediu que se usasse a substância apenas em testes clínicos, ou “programas de emergência”.

Link original da matéria:
https://www.em.com.br/app/noticia/internacional/2020/04/17/interna_internacional,1139577/russia-autoriza-tratamento-com-hidroxicloroquina-para-covid-19.shtml

 

Farmácias italianas distribuem Hidroxicloroquina gratuitamente para pacientes com covid-19. Reprodução

https://youtu.be/khYWRZ4TbzE

https://youtu.be/f3gRPTXUqcQ

E NO PIAUI PANDEMIA

MPF no Piauí pede uso imediato de hidroxicloroquina em pacientes com Covid-19

Ação requer uso 48 horas após primeiros sintomas; estudos científicos apontam riscos e não comprovam eficácia

O Ministério Público Federal no Piauí ajuizou uma ação civil pública pedindo a adoção, de imediato, do uso da hidroxicloroquina como protocolo de tratamento para pacientes com a Covid-19, inclusive em estágios iniciais e menos graves da doença.

A ação foi movida contra a União, o estado do Piauí e o município de Teresina, com apelo para que o protocolo seja aplicado em todo o território nacional. O pedido, no entanto, contraria estudos científicos mais recentes que comprovaram que o uso da hidroxicloroquina não reduziu a mortalidade de contaminados pelo coronavírus.

Na ação, o órgão pede a disponibilização regular e suficiente de toda medicação do protocolo, composto por hidroxicloroquina, cloroquina e azitromicina, em toda rede do Sistema Único de Saúde (SUS) do país, com o oferecimento imediato de treinamento aos médicos.

O documento determina ainda que seja dada ampla publicidade de tal protocolo nos grandes meios de comunicação e à população, para que os pacientes procurem os postos de saúde em 48 horas após os primeiros sintomas, mudando, assim, a atual orientação do Ministério da Saúde.

O procurador Kelston Pinheiro Lages afirma que vem acompanhando a execução de políticas públicas para o enfrentamento da Covid-19, bem como a aplicação de recursos orçamentários do estado e que, por meio de ofícios, indagou ao secretário estadual de Saúde e o presidente da Fundação Municipal de Saúde sobre o protocolo de tratamento contra o coronavírus, mas não obteve resposta.

Diante disso, verificou a “necessidade de adoção de providências urgentes” levando em conta as experiências de profissionais de saúde que relataram êxitos com o uso da hidroxicloroquina. A ação cita o depoimento de três médicos piauienses, arrolados como testemunhas.

A ação pede que, em caso de descumprimento da decisão, seja aplicada multa diária de R$ 100 mil aos réus (União, Estado e Município) e de R$ 10 mil aos respectivos gestores.

Pesquisas mostram riscos e ineficácia da hidroxicloroquina
O pedido foi protocolado nesta quarta-feira (13/5), dois dias depois de a revista Jama (Journal of the American Medical Association), um dos principais periódicos médicos do mundo, divulgar os resultados de uma pesquisa que não verificou redução de mortalidade por Covid-19 em pacientes que usaram a hidroxicloroquina.

A pesquisa foi realizada pela Universidade de Albany (Nova York) com 1.438 pacientes e é um dos maiores estudos sobre a substância no contexto da pandemia do coronavírus. O estudo investigou ainda o uso associado da hidroxicloroquina com a azitromicina, mas também não obteve resultados que comprovassem a eficácia das substâncias no tratamento, pelo contrário: pacientes que usaram os dois medicamentos tiveram duas vezes mais chances de sofrer parada cardíaca.

Outra pesquisa publicada na semana passada no The New England Journal of Medicine — conhecido e respeitado período científico —, feita com 1.376 pacientes, também não encontrou evidências de que a hidroxicloroquina possa reduzir mortes.

No Brasil, o Conselho Federal de Medicina (CFM), em parecer divulgado no final de abril, afirmou que “após analisar extensa literatura científica, a autarquia reforçou seu entendimento de que não há evidências sólidas de que essas drogas [cloroquina e hidroxicloroquina] tenham efeito confirmado na prevenção e tratamento dessa doença [Covid-19]”.

Ainda assim, a entidade fixou critérios para que os medicamentos possam ser usados no contexto da pandemia de coronavírus, como a prescrição médica e o aceite do tratamento por parte do paciente.

O ministro Nelson Teich chegou a anunciar, na semana passada, que um estudo do Ministério da Saúde sobre o uso das substâncias passaria por avaliação de pares australianos e seria divulgado. Contudo, até o momento não houve qualquer anúncio da pasta sobre o resultado da pesquisa ou de alteração no protocolo para uso dos medicamentos, apesar da pressão exercida publicamente pelo presidente Jair Bolsonaro.

Postado pelo JOTA em 14/05/2020 16:24

Link original da matéria:
https://www.jota.info/tributos-e-empresas/saude/mpf-piaui-hidroxicloroquina-covid-19-14052020

  • Fonte da informação:
  • Leia na fonte original da informação
  • Gildo Ribeiro

    Gildo Ribeiro é editor do Grupo 7 de Comunicação, liderado pelo Portal 7 Minutos, uma plataforma de notícias online.

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