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É FAKE que remédios para Covid-19 levaram pacientes a fila de transplante de fígado

Em julho de 2020 a mesma entidade emitiu nota defendendo a "autonomia do médico" em prescrever medicamentos que pudessem salvar vidas.

Diversas reportagens de jornais como o Estadão, G1 e outros, vêm associando episódios de
hepatite medicamentosa e casos de possível necessidade de transplante de fígado ao chamado
“kit covid”, conjunto de medicamentos que vêm apresentando eficácia contra Covid-19. Contudo,
não existem estudos científicos que vinculem medicamentos como ivermectina a risco de
complicações no fígado.

“O uso do chamado kit covid, que reúne medicamentos sem eficácia contra a doença, mas que
continua sendo prescrito por alguns médicos e propagandeado pelo presidente Jair Bolsonaro,
levou cinco pacientes à fila do transplante de fígado em São Paulo e está sendo apontado como
causa de ao menos três mortes por hepatite causada por remédios, segundo médicos ouvidos pelo
Estadão“.

A afirmação acima É FALSA.

Não há vínculos estatísticos, médicos ou científicos que apontem
para a causalidade entre o uso do medicamento amplamente receitado há 40 anos e um evento
adverso que leva ao risco de transplante de fígado. Se o jornal quisesse fazer afirmação mais
segura poderia ter escrito que os casos podem ter levado cinco pacientes à fila do
transplante de fígado e não levou, como sentenciou o jornal.

Ainda assim, a relação é complexa e necessitaria de estudos que comprovassem, uma vez que se
trata de medicamento que, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), é 38 vezes
mais seguro que a aspirina, que tem anualmente 3.790% mais notificações de reações adversas
do que a ivermectina.

Os médicos envolvidos com os casos citados de pacientes que adoeceram
após terem covid e tomarem ivermectina deveriam fazer notificações junto à Anvisa para que os
casos fossem estudados.

Até isso acontecer, assustar as pessoas com medicamentos que estão
entre os mais seguros do mundo pode representar desserviço à saúde pública.

De acordo com o infectologista Ricardo Zimmerman, em uma live recente, a Ivermectina já
possui mais de 4 bilhões de receita e só agora aparecem casos suspeitos, mesmo assim, sem
relação comprovada com o medicamento.

Ter algum problema com a Ivermectina, disse Zimmerman,
“é como ganhar na loteria ao contrário”.

A matéria do Estadão misturou argumentações, confundindo os leitores.

“Apresentou uma observação de médicos, associando a dados estatísticos de aumento de uso de ivermectina, sem
qualquer base para relação científica entre medicamentos e as complicações, que são
raríssimas há mais de 40 anos.”

Em termos de notificação de reações adversas, dentre os
medicamentos mais perigosos hepaticamente está, por exemplo, o paracetamol, remédio preferido
de médicos contrários ao chamado “kit covid-19”, que não inclui paracetamol.

“Segundo a médica e ultrassonografista, dra. Lucy Kerr, a metabolização hepática da
Ivermectina é mínima e isso é amplamente conhecido na comunidade médica. Em vídeo recente,
ela explicou que o risco de problemas hepáticos com a Ivermectina é baixíssimos, podendo ser
receitada com segurança até mesmo para pacientes com cirrose hepática.”

Para se ter uma ideia, pode-se comparar o uso desses medicamentos com as vacinas atuais que
estão sendo administrada a milhares de brasileiros, que contam ainda com poucas, mas
relevantes reações adversas.

Todas as notificações de reações adversas necessitam de uma
investigação, a cargo da Anvisa, e portanto não seriam ainda motivo para preocupação. No caso
de vacinas administradas de modo emergencial e experimental, porém, a situação é um pouco
diferente.

Em relação às suspeitas de óbitos que podem ter sido causados por vacinas, jornais da grande
mídia alegam frequentemente que não há evidências estabelecidas de vínculos entre vacinas e
óbitos, o que é verdade. Em termos gerais, o mesmo se dá com medicamentos usados há décadas e
sem histórico de complicações.

A diferença é que, além dos recentes estudos que mostram
eficácia de mais de 70% no tratamento precoce para Covid, e 89% no uso profiláxico, há sobre
eles tempo suficiente de uso para que fosse estabelecida evidência de riscos, o que não
ocorreu.

A Ivermectina é um dos medicamentos mais seguros do mundo.

Em 2015, um Prêmio Nobel de Medicina foi concedido aos seus descobridores,

Satoshi Ōmura no Japão e William Campbel, nos  Estados Unidos.

Além dessa ação sobre os parasitas, a ivermectina tem ação viricida, testada
e adotada inicialmente em uma série de infecções virais em animais, como a pseudo-raiva suína
causada por um vírus de RNA, como o Sars-COV-2.

Em humanos, estudos estão em andamento contra
diferentes variedades de flavivírus, como dengue, Zika, Chikungunya e o vírus responsável
pela infecção do Nilo Ocidental.

Os resultados clínicos do Sars-cov-2 são muito promissores
(esta apresentação do Dr. Paul Marik fornece uma visão geral do estado de conhecimento e
hipóteses sobre os modos de ação da ivermectina).

Na medicina, quanto mais eficaz um tratamento, maior a probabilidade de ter efeitos
colaterais em outros órgãos, o que faz sentido. Mas não para ivermectina, ele é inofensivo.

Se olharmos para o Vigibase, o banco de dados da OMS que há 30 anos coleta os efeitos
colaterais de cada agência de medicamentos em mais de 130 países, encontraremos 175.208
notificações para Aspirina, 159.824 para Doliprano e 4.614 para Ivermectina.

De 4 bilhões de prescrições neste período, isso é 0,0001% de efeitos colaterais.

É difícil atribuir todos
esses efeitos apenas à ivermectina, muitos dos quais se devem à liberação de resíduos de
parasitas mortos e, para Covid, a outras drogas associadas.

Em comparação, desde o início do
ano, este banco de dados relata 65.188 notificações para Comirnaty (vacina da Pfizer), em
comparação com 46 para Ivermectina.

Em seu relatório de 11 de janeiro sobre esses efeitos colaterais no tratamento da Covid, o
ANSM não relata quaisquer problemas.

Das 15.143 especialidades farmacêuticas reembolsadas na
França, certamente é a molécula, ou uma das moléculas que apresenta o menor risco.

“A ivermectina é segura e pode ser usada em grande escala”, escreve a OMS.

Estudos in vitro e arquivos MA mostram que as doses efetivas são baixas em comparação com as doses
potencialmente problemáticas, isto foi testado até 10 vezes a dose em humanos, sem reação.

Um estudo foi feito até em cães com 30 vezes a dose (10mg / kg), sem problema.

By Cristian Derosa –

Link original da materia:
https://www.estudosnacionais.com/31643/e-fake-que-remedios-para-covid-19-levaram-pacientes-
a-fila-de-transplante-de-figado/

De 4 bilhões de prescrições neste período, isso é 0,0001% de efeitos colaterais.
  • Fonte da informação:
  • Leia na fonte original da informação
  • Gildo Ribeiro

    Gildo Ribeiro é editor do Grupo 7 de Comunicação, liderado pelo Portal 7 Minutos, uma plataforma de notícias online.

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