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Intestino tem 100 milhões neuronios

Segundo cérebro humano é confirmado por recentes pesquisas

Intestinos desempenham papel decisivo na detecção de nutrientes e podem antecipar alterações metabólicas

Uma nova pesquisa vem reforçar o que muitos pacientes já intuíam: aquela sensação de que “algo não cai bem” pode ser muito mais do que impressão.

O endocrinologista Jorge Cecilio Daher, referência em saúde metabólica em Anápolis, destaca que o intestino possui uma rede de cerca de 100 milhões de neurônios capaz de identificar nutrientes e enviar sinais precisos ao cérebro.

Sempre que um paciente diz que um alimento não lhe faz bem, minha primeira reação é investigar, não descartar,

afirma Daher.

Segundo ele, essa percepção do corpo frequentemente antecipa exames laboratoriais e pode indicar desequilíbrios antes mesmo que os marcadores tradicionais mostrem alterações.

Intuição com base científica

Estudos recentes demonstram que cada tipo de nutriente, como açúcares, proteínas e gorduras, ativa uma rede neural específica no intestino, comunicando-se com o cérebro por meio da serotonina.

Esse mecanismo ajuda a explicar por que pessoas com diabetes ou síndrome metabólica, por exemplo, desenvolvem aversões instintivas a certos alimentos.

Não são caprichos nem frescuras.

É o corpo sinalizando algo que a medicina está apenas começando a compreender, explica o endocrinologista.

Para ele, essa descoberta reforça a importância de escutar atentamente as queixas dos pacientes e considerá-las parte do diagnóstico.

Repensando a prática clínica

A nova compreensão do sistema nervoso entérico também provoca uma reflexão sobre a prática clínica.

Quantas vezes sintomas foram minimizados por não se enquadrarem nos livros-texto?

Quantos diagnósticos poderiam ter sido antecipados se houvesse maior atenção aos relatos dos pacientes?

Daher observa que aversões alimentares “inexplicáveis” frequentemente têm fundamento fisiológico.

O corpo humano é fruto de milhões de anos de evolução e, muitas vezes, percebe desequilíbrios antes de nossos equipamentos mais modernos, destaca.

Segundo cérebro

O sistema nervoso entérico, conhecido como “segundo cérebro”, opera de forma independente e sofisticada.

Ele processa informações e influencia decisões metabólicas cruciais, incluindo a regulação do apetite e a resposta à glicose.

Para o endocrinologista, reconhecer a relevância desse sistema abre caminho para abordagens mais humanizadas e personalizadas.

Precisamos ouvir não só os exames, mas também os sinais silenciosos que o organismo transmite, afirma.

Compreender melhor essa comunicação pode revolucionar o tratamento de distúrbios metabólicos e digestivos.

Daher acredita que, em breve, tecnologias poderão traduzir os sinais do intestino em indicadores clínicos confiáveis, possibilitando terapias mais precisas.

No fundo, essa descoberta confirma algo que a sabedoria popular sempre disse:

o corpo fala, basta aprendermos a escutá-lo, conclui o especialista.

Por José Aurélio
Jornalista

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  • José Aurélio Mendes

    Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás (UFG), é especialista em Gestão de Tráfego e elaboração de textos. Também atua como apresentador em vídeos. Possui larga experiência, tendo atuado por 20 anos como repórter e apresentador nas TVs Globo, Record e Bandeirantes. Suas habilidades na comunicação se estendem ainda à edição de imagens e vídeos, design, fotografia e assessoria de comunicação. Possui graduação em Direito pela Universidade Evangélica de Anápolis (UniEvangélica) e presta serviços como Mestre de Cerimônias para os mais diversos eventos.

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